sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Consumir mais calorias no café da manhã pode ajudar mulheres com problemas de infertilidade



Um novo estudo, feito por pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém e da Universidade de Tel Aviv, revelam que comer uma boa refeição pode ter um impacto positivo em mulheres com problemas de infertilidade.

A pesquisa, conduzida pelo professor Oren Froy, diretor do Centro de Pesquisa Nutrigenômico e de Alimentação Funcional na Faculdade Robert H. Smith de Agricultura, Alimentos e Meio-Ambiente da Universidade Hebraica; Ma'ayan Barnea; Daniela Jocabovitz e Julio Weinstein , da Universidade de Tel Aviv e do Centro Médico Wolfson, mostra que um café da manhã reforçado aumenta a fertilidade entre as mulheres que sofrem de irregularidade menstrual, causada pela Síndrome dos Ovários Policísticos.

O problema afeta aproximadamente 6% a 10% das mulheres em idade reprodutiva, interrompendo suas capacidades de gestação. A síndrome cria uma resistência a insulina, provocando um aumento nos hormônios masculinos — o androgênio —, podendo causar também irregularidades menstruais, perda de cabelo e aumento de pelos corporais, acne, problemas de fertilidade e diabetes futura.

O experimento foi realizado no Centro Médico Wolfson em 60 mulheres durante 12 semanas. Elas tinham entre 25 e 39 anos, Índice de Massa Corporal (IMC) perto de 23 e sofriam da Síndrome dos Ovários Policísticos. Elas foram divididas em dois grupos, e permitidas a consumir 1800 calorias diárias. Metade delas consumiu mais calorias durante o café da manhã — aproximadamente 980 —, enquanto a outra metade durante o jantar.

Os pesquisadores examinaram, então, se o horário em que é feita a maior refeição diária afeta a resistência a insulina e o aumento nos andrógenos entre esse grupo de mulheres.

Os resultados, publicados recentemente no jornal Clinical Science, mostraram melhores índices para o grupo que consumiu um café da manhã mais reforçado. Neste, os níveis de glicose e resistência à insulina diminuíram 8%, enquanto que no outro não houve alterações.

Outra descoberta mostrou que, entre o "grupo do café da manhã", os níveis de testosterona diminuíram cerca de 50%, enquanto no outro manteve-se neutro.

Além disso, houve um grande aumento da taxa de ovulação, em comparação com o grupo que consumiu mais calorias no jantar, indicando que a ingestão de um café da manhã reforçado pode levar a um aumento no nível de fecundidade entre as mulheres com ovários policísticos.

Confira a matéria no site do jornal Zero Hora

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Álcool reduz fertilidade feminina em dois terços


Estudo conduzido pela “Reproductive Medicine Associates” de Nova York sobre os hábitos de consumo das mulheres nos meses antes de começarem o tratamento de fertilidade descobriu que mesmo pequenas quantidades de álcool, como três taças de vinho por semana, podem reduzir a capacidade de engravidar em dois terços.

A pesquisa analisou o comportamento de casais que já haviam falhado em pelo menos três tentativas de fertilização in vitro, apontando que as mulheres que não consumiram álcool tiveram 90% de chance de conseguir uma gravidez bem sucedida em até três anos. No entanto, as mulheres que bebiam uma média de apenas três taças de vinho por semana tinham a sua capacidade reduzida para 30% durante o mesmo período.

Mesmo aquelas que bebiam apenas um ou dois copos de vinho por semana, dentro dos limites recomendados pelo governo americano para quem está tentando engravidar, tinham algum comprometimento na sua fertilidade, diminuindo as chances para 66%.

Apresentado na Conferência Anual da “American Society for Reproductive” realizada em Boston, EUA, o estudo foi realizado com 90 mulheres e os pesquisadores disseram não saber o motivo de quantidades relativamente pequenas de álcool gerarem um impacto tão grande na fertilidade.

- Meu conselho para os pacientes é sempre limitar ou abster-se de álcool. O álcool definitivamente tem um efeito negativo sobre sucesso da gravidez - disse Dara Godfrey, especialista em fertilização in vitro e autora do estudo da “Reproductive Medicine Associates”, ressaltando que a pesquisa não identificou o mecanismo do álcool que reduziria a fertilidade, mas que era possível que o problema estivesse no comprometimento do desenvolvimento normal do óvulo.

Segundo Godfrey, o mesmo impacto provavelmente poderia acontecer com mulheres que estavam tentando engravidar naturalmente, com maior efeito para aquelas que bebiam várias doses de álcool na mesma noite.

O estudo cita que algumas clínicas de fertilidade já recomendam que as mulheres parem de beber três meses antes de iniciar o tratamento de fertilização in vitro, porque leva muito tempo para o óvulo se desenvolver. Allan Pacey, especialista em fertilidade da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, disse que as diferenças nas taxas de gravidez entre os grupos foram substanciais, e que o álcool deve ser evitado para quem está tentando engravidar.

- Eu me pergunto se o álcool poderia ser um indício para outra coisa. Como as mulheres que bebem serem mais propensas ao estresse - afirmou Godfrey.

Níveis altos de estresse afetam hormônios como o cortisol, que pode interferir no ciclo reprodutivo. A pesquisa da mesma universidade realizada no ano passado com o esperma sugeriu que o consumo moderado de álcool não afeta a fertilidade masculina.

- Há certamente uma dificuldade em aconselhar os homens a parar de beber quando estão tentando engravidar, mas as mulheres não devem entrar nessa questão, pois poderia gerar tensões em muitas famílias - completou Godfrey.

Confira a matéria no site do jornal O Globo

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

10 coisas que você ainda não sabe sobre sua fertilidade


A fertilidade é um assunto muito questionado nos consultórios médicos pelas mulheres. Mas existem muitas informações que a maioria ainda desconhece. Saiba quais são elas, de acordo com o portal Huffington Post:

1. Sua fertilidade é principalmente determinada pela genética

Os médicos acreditam que o número de óvulos que você tem no nascimento determina o período de tempo que você vai permanecer fértil. Ao nascer, as mulheres têm cerca de dois milhões de óvulos em seus ovários. Para cada ovo ovulado durante a sua vida reprodutiva, cerca de 1.000 ovos sofrem morte celular programada.

2. Ciclos menstruais regulares são um sinal de ovulação regular

A maioria das mulheres tem ciclos regulares com duração entre 24 e 35 dias. Isso geralmente é um sinal de a ovulação regular. As mulheres que não ovulam regularmente têm ciclos menstruais irregulares. Aqueles que não ovulam podem ter uma condição genética chamada síndrome do ovário policístico (SOP).

3. Tabelas de temperatura basal não preveem a ovulação 

O método mais antigo de rastreamento de ovulação envolve medir sua temperatura corporal por via oral, todas as manhãs antes de sair da cama. Isso é chamado de temperatura corporal basal. Este método é usado para detectar um aumento da temperatura basal, que é um sinal de que a progesterona está sendo produzida. O principal problema com a utilização deste método é que sua temperatura sobe após a ovulação.

4. A maioria das mulheres com trompas de falópio bloqueadas são completamente inconscientes que podem ter tido uma infecção pélvica durante a vida

Cerca de 10% dos casos de infertilidade são devido à doença tubária, ou bloqueio completo, ou cicatrizes pélvicas, causando um mau funcionamento das trompas. Uma das principais causas de doença tubária é uma infecção pélvica prévia de uma doença sexualmente transmissível, como a clamídia.

5. Na maioria dos casos, o estresse não causa infertilidade 

Exceto em casos raros de sofrimento físico ou emocional extremo, as mulheres vão continuar ovulando regularmente.

6. Aos 44 anos, a maioria das mulheres são inférteis, mesmo se ainda estiverem ovulando regularmente 

Mesmo com o tratamento de fertilidade já bastante evoluído, as taxas de concepção são muito baixas após 43 anos. A maioria das mulheres que concebem a gravidez com tratamento de fertilidade estão usando óvulos doados por mulheres mais jovens.

7. Ter sido pai numa gravidez no passado não garante a fertilidade do homem 

A contagem de esperma pode mudar um pouco com o tempo, por isso é errado assumir que uma gravidez antes garante esperma fértil. A obtenção de uma análise do sêmen é a única maneira de ter certeza de que o esperma ainda está saudável.

8. Na maioria dos casos, a dieta tem pouco ou nada a ver com a fertilidade 

Apesar da imprensa popular dizer o contrário, há poucos dados científicos que mostram que uma dieta especial ou alimentos promove a fertilidade.

9. A vitamina D pode melhorar os resultados de tratamentos de fertilidade

Um estudo recente da Universidade do Sul da Califórnia sugeriu que as mulheres que foram submetidas a tratamentos de fertilidade, mas tinham baixos níveis de vitamina D, podem ter menores taxas de concepção. Esta vitamina também é essencial durante a gravidez.

10. Estar abaixo do peso ou com sobrepeso pode estar claramente ligado aos níveis reduzidos de fertilidade 

A evidência nestes últimos anos é que a obesidade é claramente associada com um maior demorar para conseguir a concepção. Ter um índice de massa corporal inferior a 18 ou superior a 32 está associado com problemas de ovulação e concepção, bem como problemas durante a gravidez.

Confira a matéria no portal Dicas de Mulher

Foto: Thinkstock