segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Uso de anabolizante pode provocar infertilidade e até câncer



Na luta pelo corpo sarado, torneado e com pouca gordura, há quem escolha pagar um preço alto pela saúde. Viciado em academia, o jovem David Tadeu Oliveira, de 24 anos, contou ao R7 que usa anabolizantes para ajudar a aumentar sua massa muscular. Se usado por um longo período, estas substâncias podem causar desde problemas cardiovasculares a infertilidade e até mesmo câncer.

De acordo com a endocrinologista da SBE (Sociedade Brasileira de Endocrinologia) Claudia Chang, geralmente, os anabolizantes mais utilizados atualmente são os injetáveis, que são derivações do hormônio masculino, a testosterona.

— Se usado de forma prolongada pode provocar aumento significativo da próstata e provocar quadros de infertilidade, já que prejudica a formação de espermatozoides. Além disso, tende a piorar o colesterol ruim e reduzir o colesterol bom. Há também a possibilidade de se ter o aumento da pressão arterial e até apneia do sono.

Além disso, o uso do hormônio testosterona em excesso pode provocar o desenvolvimento de mamas femininas em homens, chamado de ginecomastia. Já nas mulheres, o anabolizante pode desenvolver “acnes, queda de cabelo" e a voz pode engrossar, segundo a médica.

— Além disso, o hormônio pode aumentar a irritabilidade, alteração do colesterol, casos de elevação da pressão arterial.

Apesar de “mais antigas”, Claudia afirma há substâncias anabolizantes de uso oral que prejudicam ainda mais o organismo, já que atingem as funções hepáticas. Segundo ela, nesses casos a pessoa poderá desenvolver até mesmo um câncer.

— Por isso, o ideal para ter músculos mais avantajados é combinar uma alimentação balanceada, hiperproteica. Porém os próprios suplementos proteicos tem que ser acompanhados por prescrição médica, pois o indivíduo que tem cálculo renal, por exemplo, pode ter uma sobrecarga. O ideal é sempre procurar a ajuda médica.

Qual limite?

De acordo com o psicólogo e diretor do Instituto Paulista de Sexualidade, Ângelo Monesi, a busca desenfreada e a todo custo pelo corpo escultural pode é uma espécie de compulsão.

— Melhoro minha autoestima [malhando bastante], mas quando vejo que estou melhorando, vou sempre querer mais e mais. A compulsão esta relacionado ao corpo. Tem haver com o prazer. Não existe um fim. Todo excesso vai gerar doença, por mais que esteja melhorando autoestima.

Segundo o psicólogo, a academia pode ser comparada ao Facebook. De acordo com ele, as "pessoas estão sempre bonitas nas fotos da rede social, a ideia é aparecer feliz".

— Esse fenômeno é o de parecer feliz e aí aparecer para os outros. Na academia é a mesma coisa. Tem a questão de parecer e aparecer com saúde. Mas, na verdade, a grande motivação porque precisamos malhar é a saúde e não é essa o ideal de quem tem vício.

Foto: Eduardo Enomoto/R7

Confira a matéria no portal R7

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Semelhança entre sintomas da endometriose e de outros problemas ginecológicos atrasa diagnóstico



Entre 10 e 15% das mulheres brasileiras são portadoras da endometriose. A doença acontece quando o tecido que reveste o útero, o endométrio, se desloca da parede uterina em direção a outros órgãos do corpo, como intestino e bexiga, ocasionando uma reação inflamatória. O maior problema da doença são os sintomas silenciosos: a dor pélvica, muito confundida com a cólica menstrual, pode atrasar o diagnóstico da paciente em um tempo superior a cinco anos, resultando em quadros de dor incapacitante e até infertilidade. 

Não há faixa etária exata para que a mulher apresente um quadro de endometriose, pois a doença surge durante a idade reprodutiva.

— A endometriose é uma doença que ainda não sabemos a verdadeira causa. A única certeza que temos é que ela está relacionada à menstruação — afirma a médica ginecologista Raquel Dibi.

Segundo a especialista, pacientes que já têm um histórico familiar e apresentam dores persistentes durante o ciclo menstrual devem procurar o médico.

— Quando utilizamos analgésicos recomendados para eliminar essa dor e o procedimento não funciona, é sinal de que devemos procurar uma orientação especializada — alerta.

Outra dificuldade está na análise dos sintomas correlacionados à extensão da doença. Além da dor pélvica, principalmente quando provém da menstruação sem o uso de pílula anticoncepcional, dores na relação sexual e para urinar, dificuldade e incômodo para evacuar, podem ser sintomas da endometriose, porém não estão restritos à enfermidade. Isso também vale para intensidade das dores em relação ao avanço da doença, que vai do estágio I ao IV.

— Alguns estudos demonstram que os focos de endometriose parecem apresentar uma inervação autônoma, explicando porque alguns casos são mais sintomáticos — comenta Raquel.

Como tratar 

O tratamento pode ser cirúrgico, clínico ou combinado, segundo a médica. No consultório, o médico deve fazer uma avaliação detalhada dos sintomas e uma análise de toque, pois esses dados vão ajudar na hora do diagnóstico do estágio da endometriose. Em um primeiro momento, a pílula anticoncepcional pode aliviar os sintomas e reduzir os focos da doença, já que o endométrio fora do útero cresce sob ação dos hormônios femininos. Em outros casos, a cirurgia pode ser a melhor alternativa.

— Um tipo mais agressivo da doença, a endometriose profunda, tende a responder muito pouco ao tratamento clínico. Em casos de infertilidade, por exemplo, deve-se realizar apenas cirurgia ou, dependendo do grau de infertilidade, reprodução assistida — explica a ginecologista.

Infertilidade e câncer têm relação com a doença? 

A infertilidade, uma dúvida comum que surge nos consultórios, é um problema sério desencadeado pela endometriose, descoberto pela paciente geralmente quando ela decide engravidar. A reação de inflamação que causa a doença do endométrio pode resultar em aderências entre os órgãos reprodutivos, ocasionando alteração na anatomia e, como resultado, causando a infertilidade. O problema não tem cura, mas dispõe de tratamento, segundo especialistas.

— A endometriose é uma das principais causas de infertilidade feminina da atualidade, sendo a fertilização in vitro seu principal tratamento quando se está buscando um filho. O congelamento de óvulos pode auxiliar as mulheres que ainda não desejam engravidar ou aquelas em que a doença compromete os ovários e, consequentemente, a quantidade de óvulos no futuro — explica o ginecologista e especialista em reprodução humana Fernando Badalotti.

Outra dúvida comum é a associação da endometriose com o câncer de endométrio. Apesar de se desencadearem de formas parecidas, as enfermidades não têm relação uma com a outra. As células da endometriose crescem e se multiplicam fora do útero da mesma forma que acontece o processo de carcinogênese, mas o problema não desencadeia um tumor maligno do endométrio, que acomete principalmente as mulheres na pós-menopausa, depois dos 60 anos.

— Não existe ainda nenhum estudo que comprove esta associação — esclarece a ginecologista Raquel Dibi.

Confira a matéria no site do jornal Zero Hora

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Má alimentação está relacionada a infertilidade de homens e mulheres



Quem nunca ouviu a frase “você é o que você come”? Casais que pretendem ter filhos devem ter essa premissa em mente. Existem alguns alimentos capazes de prevenir uma queda na fertilidade das mulheres e homens, inseridos em uma dieta equilibrada e adequada. “Não sabemos até que ponto o cardápio explica uma melhora ou piora no grau de fertilidade das mulheres e homens, mas não custa nada corrigir a dieta”, conta a ginecologista e obstetra Alessandra Bedin, do Hospital Israelita Albert Einstein (SP).

Uma pesquisa feita pelo Journal of Human Reproduction mostrou que mulheres que ingerem uma maior quantidade de ômega-3, substância encontrada em peixes de águas frias e profundas, como o salmão e a sardinha, têm 22% menos risco de desenvolver a endometriose, doença que pode inviabilizar uma gravidez. 

Por outro lado, é preciso tomar cuidado com a quantidade de carne e frango consumida diariamente, já que a alta concentração de hormônios encontrada nos animais pode causar uma alteração nos hormônios humanos. Por isso, sempre que possível, dê prioridade aos alimentos orgânicos. “Há vários estudos associando o consumo exagerado de proteínas animais a falhas na produção de óvulos”, comenta a nutricionista Marisa Resende Coutinho, do Hospital São Camilo (SP).

Dê preferência ainda a proteínas vegetais, como frutas e legumes, que são ricas em vitaminas e minerais. Também devem compor as refeições os alimentos com gordura de boa qualidade, como as encontradas em frutas secas, azeite e alimentos integrais - mas sempre de forma moderada e sem exageros.

O ácido fólico, uma vitamina do complexo B, também é fundamental e deve ser ingerido na forma de suplemento - se possível desde 3 meses antes de engravidar até completar o primeiro trimestre de gestação - já que ele ajuda na formação do tubo neural do bebê, estrutura que dá origem ao cérebro e à medula espinhal do feto. Ele pode ser encontrado em alimentos como espinafre, brócolis, vegetais de folhas verde-escuras, gema de ovo e frutas cítricas.

Vale lembrar que os homens também são protagonistas na concepção. Um estudo da Harvard Public School of Health analisou o esperma de homens que consumiam diariamente uma grande quantidade de carne processada, como bacon e linguiça. O resultado mostrou que eles têm um esperma de pior qualidade se comparados aos homens que mantinham em sua dieta uma variedade maior de carnes.

Fatores externos, como a poluição e o nervosismo do dia a dia, também representam ameaça à capacidade reprodutiva masculina. Eles podem levar ao chamado “estresse oxidativo”, um processo de oxidação no organismo que está por trás da infertilidade. Alimentos com antioxidantes, como as vitaminas B e E, selênio e zinco, neutralizam esse processo. Eles estão presentes em nozes, amendoim, brócolis, frutos do mar, laranja, couve-flor, abóbora, alho, cogumelos e fígado que, portanto, são importantes para os futuros pais, já que auxiliam na preservação das células reprodutivas.

Outras fontes: Alexandra Savino e Maria Cláudia Gomes dos Santos, responsáveis pelo Serviço de Nutrição da unidade Morumbi do Hospital São Luiz (SP).

 Confira a matéria no site da Revista Crescer

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

7 impulsionadores naturais de fertilidade



Se você está pensando em engravidar, mas teme que alguns de seus hábitos possa te prejudicar nesta jornada, conheça sete mudanças simples que podem aumentar sua fertilidade quando for a hora. E o melhor de tudo: nenhum deles requer uma viagem até a farmácia.

1. Encontre seu peso para engravidar de forma saudável 

Sua fertilidade pode estar comprometida se você estiver elevando demais o ponteiro da balança. "As células de gordura estocam estrogênio, as mulheres que estão com sobrepeso têm níveis acima do normal e muitas vezes não ovulam", explica o dr. Allison Hill, coautor de O Último Guia para Mães sobre Gravidez e Nascimento (tradução livre). E não pense que é só cortar as calorias livremente que tudo se resolve, pois o mesmo acontece com mulheres que estão abaixo do peso, já que elas, normalmente, têm diminuição de estrogênio. Dr. Hill orienta suas pacientes que querem engravidar a calcular seu índice de massa corporal para saber se está tudo dentro dos conformes.

2. Mexa-se! 

"Exercícios ajudam a controlar o açúcar no sangue, a pressão arterial e o peso corporal, os quais estão relacionados com a sua capacidade de engravidar", diz o dr. Hill. Ele recomenda exercícios regulares para todos os seus pacientes saudáveis ​​que estão tentando ter um bebê. Isso significa acelerar seu coração quatro a cinco vezes por semana durante pelo menos 30 minutos. Não gosta de exercício individual? Tente encontrar uma aula em grupo para uma motivação extra ou um parceiro de treino. Praticar atividades físicas realmente pode afetar sua fertilidade.

3. Conheça o seu ciclo 

Há um intervalo de cinco a sete dias por mês em que você pode engravidar. Para as mulheres com ciclos menstruais regulares (entre 28 e 32 dias), esta janela significa que você está mais fértil por volta do 14° ou 15° dia. Mas, se você tiver períodos irregulares ou não passou muito tempo mapeando o seu ciclo, experimente duas maneiras simples e convenientes que você pode começar a controlar os “melhores dias”: use um kit de ovulação sem receita, ou, se você sabe o dia do seu último período e quanto tempo o ciclo normalmente dura, você pode usar uma calculadora de fertilidade. Isso vai ajudá-la a aproveitar o máximo da fertilidade que você tem.

4. Sem cigarros nem álcool 

Todos nós já ouvimos histórias de mulheres que descobriram que estavam grávidas depois de passarem uma noite louca com cigarros e bebidas. Para a maioria das mulheres , no entanto, é muito mais difícil engravidar quando o álcool ou nicotina estão envolvidos. Dr. Hill lembra as aspirantes a mães que "a fumaça do cigarro pode levar a um início precoce da infertilidade e o consumo excessivo de álcool pode levar ao aborto". Então, se você é uma fumante, pare agora. E, apesar de alguns relatos dizerem que um pouco de álcool pode ser bom durante a gravidez, estamos de acordo com os médicos que dizem que não vale a pena correr o risco. Tente cortar os dois hábitos antes de conceber e, depois, pare de uma vez quando souber que um bebê está a bordo.

5. Menos estresse 

Parece mais fácil falar do que fazer, principalmente se você já está nervosa sobre suas chances de conceber a cada mês. Mas, uma das maneiras mais simples de dar um empurrão à sua fertilidade é acalmar seu estilo de vida. "Altos níveis de estresse crônico causam variações nos níveis hormonais naturais do corpo e podem afetar negativamente a ovulação", diz dr. Hill. Então, experimente uma aula de ioga, leia um livro calmo, durma mais. Qualquer coisa que você puder fazer para promover a serenidade e a paz vai ajudar, não só agora enquanto você ainda está tentando engravidar, mas também depois, quando você estiver lidando com todas as mudanças da gravidez.

6. Pense mais em você 

Ao tentar engravidar, é importante ter todas as doenças crônicas, como diabetes ou doenças da tireoide, sob controle. Verifique também a sua pressão arterial: pressão elevada pode dificultar a sua capacidade de gerar um bebê. Além disso, se você sofre de crises de depressão ou ansiedade, procure por um profissional para ter certeza que tudo está sob controle.

7. Coma de forma inteligente 

Se você ainda não faz isso, comece a fazer uma dieta equilibrada em carboidratos, gorduras e proteínas. "Os alimentos, especialmente aqueles com gorduras trans, encontrada em óleos hidrogenados, e os carregados de açúcar refinado, podem sabotar uma dieta saudável", observa dr. Hill. "Certifique-se de que você está consumindo proteínas magras. Coma muitas frutas e vegetais e beba os recomendados seis a oito copos de água por dia”.


Confira a matéria no portal Pais e Filhos

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Consumir mais calorias no café da manhã pode ajudar mulheres com problemas de infertilidade



Um novo estudo, feito por pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém e da Universidade de Tel Aviv, revelam que comer uma boa refeição pode ter um impacto positivo em mulheres com problemas de infertilidade.

A pesquisa, conduzida pelo professor Oren Froy, diretor do Centro de Pesquisa Nutrigenômico e de Alimentação Funcional na Faculdade Robert H. Smith de Agricultura, Alimentos e Meio-Ambiente da Universidade Hebraica; Ma'ayan Barnea; Daniela Jocabovitz e Julio Weinstein , da Universidade de Tel Aviv e do Centro Médico Wolfson, mostra que um café da manhã reforçado aumenta a fertilidade entre as mulheres que sofrem de irregularidade menstrual, causada pela Síndrome dos Ovários Policísticos.

O problema afeta aproximadamente 6% a 10% das mulheres em idade reprodutiva, interrompendo suas capacidades de gestação. A síndrome cria uma resistência a insulina, provocando um aumento nos hormônios masculinos — o androgênio —, podendo causar também irregularidades menstruais, perda de cabelo e aumento de pelos corporais, acne, problemas de fertilidade e diabetes futura.

O experimento foi realizado no Centro Médico Wolfson em 60 mulheres durante 12 semanas. Elas tinham entre 25 e 39 anos, Índice de Massa Corporal (IMC) perto de 23 e sofriam da Síndrome dos Ovários Policísticos. Elas foram divididas em dois grupos, e permitidas a consumir 1800 calorias diárias. Metade delas consumiu mais calorias durante o café da manhã — aproximadamente 980 —, enquanto a outra metade durante o jantar.

Os pesquisadores examinaram, então, se o horário em que é feita a maior refeição diária afeta a resistência a insulina e o aumento nos andrógenos entre esse grupo de mulheres.

Os resultados, publicados recentemente no jornal Clinical Science, mostraram melhores índices para o grupo que consumiu um café da manhã mais reforçado. Neste, os níveis de glicose e resistência à insulina diminuíram 8%, enquanto que no outro não houve alterações.

Outra descoberta mostrou que, entre o "grupo do café da manhã", os níveis de testosterona diminuíram cerca de 50%, enquanto no outro manteve-se neutro.

Além disso, houve um grande aumento da taxa de ovulação, em comparação com o grupo que consumiu mais calorias no jantar, indicando que a ingestão de um café da manhã reforçado pode levar a um aumento no nível de fecundidade entre as mulheres com ovários policísticos.

Confira a matéria no site do jornal Zero Hora

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Álcool reduz fertilidade feminina em dois terços


Estudo conduzido pela “Reproductive Medicine Associates” de Nova York sobre os hábitos de consumo das mulheres nos meses antes de começarem o tratamento de fertilidade descobriu que mesmo pequenas quantidades de álcool, como três taças de vinho por semana, podem reduzir a capacidade de engravidar em dois terços.

A pesquisa analisou o comportamento de casais que já haviam falhado em pelo menos três tentativas de fertilização in vitro, apontando que as mulheres que não consumiram álcool tiveram 90% de chance de conseguir uma gravidez bem sucedida em até três anos. No entanto, as mulheres que bebiam uma média de apenas três taças de vinho por semana tinham a sua capacidade reduzida para 30% durante o mesmo período.

Mesmo aquelas que bebiam apenas um ou dois copos de vinho por semana, dentro dos limites recomendados pelo governo americano para quem está tentando engravidar, tinham algum comprometimento na sua fertilidade, diminuindo as chances para 66%.

Apresentado na Conferência Anual da “American Society for Reproductive” realizada em Boston, EUA, o estudo foi realizado com 90 mulheres e os pesquisadores disseram não saber o motivo de quantidades relativamente pequenas de álcool gerarem um impacto tão grande na fertilidade.

- Meu conselho para os pacientes é sempre limitar ou abster-se de álcool. O álcool definitivamente tem um efeito negativo sobre sucesso da gravidez - disse Dara Godfrey, especialista em fertilização in vitro e autora do estudo da “Reproductive Medicine Associates”, ressaltando que a pesquisa não identificou o mecanismo do álcool que reduziria a fertilidade, mas que era possível que o problema estivesse no comprometimento do desenvolvimento normal do óvulo.

Segundo Godfrey, o mesmo impacto provavelmente poderia acontecer com mulheres que estavam tentando engravidar naturalmente, com maior efeito para aquelas que bebiam várias doses de álcool na mesma noite.

O estudo cita que algumas clínicas de fertilidade já recomendam que as mulheres parem de beber três meses antes de iniciar o tratamento de fertilização in vitro, porque leva muito tempo para o óvulo se desenvolver. Allan Pacey, especialista em fertilidade da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, disse que as diferenças nas taxas de gravidez entre os grupos foram substanciais, e que o álcool deve ser evitado para quem está tentando engravidar.

- Eu me pergunto se o álcool poderia ser um indício para outra coisa. Como as mulheres que bebem serem mais propensas ao estresse - afirmou Godfrey.

Níveis altos de estresse afetam hormônios como o cortisol, que pode interferir no ciclo reprodutivo. A pesquisa da mesma universidade realizada no ano passado com o esperma sugeriu que o consumo moderado de álcool não afeta a fertilidade masculina.

- Há certamente uma dificuldade em aconselhar os homens a parar de beber quando estão tentando engravidar, mas as mulheres não devem entrar nessa questão, pois poderia gerar tensões em muitas famílias - completou Godfrey.

Confira a matéria no site do jornal O Globo

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

10 coisas que você ainda não sabe sobre sua fertilidade


A fertilidade é um assunto muito questionado nos consultórios médicos pelas mulheres. Mas existem muitas informações que a maioria ainda desconhece. Saiba quais são elas, de acordo com o portal Huffington Post:

1. Sua fertilidade é principalmente determinada pela genética

Os médicos acreditam que o número de óvulos que você tem no nascimento determina o período de tempo que você vai permanecer fértil. Ao nascer, as mulheres têm cerca de dois milhões de óvulos em seus ovários. Para cada ovo ovulado durante a sua vida reprodutiva, cerca de 1.000 ovos sofrem morte celular programada.

2. Ciclos menstruais regulares são um sinal de ovulação regular

A maioria das mulheres tem ciclos regulares com duração entre 24 e 35 dias. Isso geralmente é um sinal de a ovulação regular. As mulheres que não ovulam regularmente têm ciclos menstruais irregulares. Aqueles que não ovulam podem ter uma condição genética chamada síndrome do ovário policístico (SOP).

3. Tabelas de temperatura basal não preveem a ovulação 

O método mais antigo de rastreamento de ovulação envolve medir sua temperatura corporal por via oral, todas as manhãs antes de sair da cama. Isso é chamado de temperatura corporal basal. Este método é usado para detectar um aumento da temperatura basal, que é um sinal de que a progesterona está sendo produzida. O principal problema com a utilização deste método é que sua temperatura sobe após a ovulação.

4. A maioria das mulheres com trompas de falópio bloqueadas são completamente inconscientes que podem ter tido uma infecção pélvica durante a vida

Cerca de 10% dos casos de infertilidade são devido à doença tubária, ou bloqueio completo, ou cicatrizes pélvicas, causando um mau funcionamento das trompas. Uma das principais causas de doença tubária é uma infecção pélvica prévia de uma doença sexualmente transmissível, como a clamídia.

5. Na maioria dos casos, o estresse não causa infertilidade 

Exceto em casos raros de sofrimento físico ou emocional extremo, as mulheres vão continuar ovulando regularmente.

6. Aos 44 anos, a maioria das mulheres são inférteis, mesmo se ainda estiverem ovulando regularmente 

Mesmo com o tratamento de fertilidade já bastante evoluído, as taxas de concepção são muito baixas após 43 anos. A maioria das mulheres que concebem a gravidez com tratamento de fertilidade estão usando óvulos doados por mulheres mais jovens.

7. Ter sido pai numa gravidez no passado não garante a fertilidade do homem 

A contagem de esperma pode mudar um pouco com o tempo, por isso é errado assumir que uma gravidez antes garante esperma fértil. A obtenção de uma análise do sêmen é a única maneira de ter certeza de que o esperma ainda está saudável.

8. Na maioria dos casos, a dieta tem pouco ou nada a ver com a fertilidade 

Apesar da imprensa popular dizer o contrário, há poucos dados científicos que mostram que uma dieta especial ou alimentos promove a fertilidade.

9. A vitamina D pode melhorar os resultados de tratamentos de fertilidade

Um estudo recente da Universidade do Sul da Califórnia sugeriu que as mulheres que foram submetidas a tratamentos de fertilidade, mas tinham baixos níveis de vitamina D, podem ter menores taxas de concepção. Esta vitamina também é essencial durante a gravidez.

10. Estar abaixo do peso ou com sobrepeso pode estar claramente ligado aos níveis reduzidos de fertilidade 

A evidência nestes últimos anos é que a obesidade é claramente associada com um maior demorar para conseguir a concepção. Ter um índice de massa corporal inferior a 18 ou superior a 32 está associado com problemas de ovulação e concepção, bem como problemas durante a gravidez.

Confira a matéria no portal Dicas de Mulher

Foto: Thinkstock

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Clamídia: uma ameaça à fertilidade feminina



Reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como a principal causa evitável de infertilidade, a clamídia é uma doença sexualmente transmissível muito comum. O grande problema, porém, é que grande parte das mulheres não se preocupa com ela. Transmitida pela bactéria Chlamydia trachomatis, é silenciosa e, na maioria das mulheres, não causa nenhum tipo de sintoma aparente. “São poucos os casos em que ela provoca febre, cansaço, sangramentos e dor durante a relação sexual”, explica Maria Cecília Erthal, especialista em reprodução humana e diretora-médica do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or.

Em grande parte das vezes, ela só dá as caras quando a infertilidade bate à porta. Isso acontece porque todo o processo infeccioso da doença pode obstruir as trompas e causar infertilidade, ou evitar que o óvulo fecundado chegue ao útero, originando uma gravidez tubária, que pode resultar no rompimento das trompas e iniciar o processo de hemorragia interna.

A médica explica ainda que os exames ginecológicos de rotina e o papanicolau não são capazes de detectar a doença, por isso é importante que você peça ao seu médico para investigar. “É necessário realizar exames para encontrar anticorpos no sangue, ou para descobrir fragmentos de DNA da doença no colo uterino para se realizar o diagnóstico da clamídia. E para manter um controle eficiente, o ideal é se consultar pelo menos duas vezes ao ano”, recomenda a profissional.

Sobre os tipos de tratamento, Maria Cecília explica que quando descoberta em fase inicial, o quadro de infertilidade pode ser revertido. Nos casos mais avançados, em que não é possível realizar o tratamento com medicamentos, a única alternativa para as mulheres que desejam engravidar é recorrer aos procedimentos de fertilização in vitro.

A especialista alerta que para evitar qualquer tipo de doença, a maneira mais eficaz de se proteger é usar camisinha em todas as relações sexuais.

Confira a matéria no portal da revista Boa Forma

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Cortar carboidratos pode aumentar a chance de concepção e nascimento durante tratamento de FIV


Desde que a humanidade existe, a preocupação com a alimentação é considerada fundamental tanto para a cura como para a prevenção de doenças. A dieta alimentar é sempre um assunto atual e frequentemente ocupa a capa das revistas semanais e mensais que anunciam uma nova dieta: que emagrece, a dieta do coração, ou da emoção e assim por diante. As dietas que melhoram a fertilidade não poderiam ser diferentes. Sempre surge algo novo que pode fazer a diferença. O próprio IPGO publicou recentemente o livro “Fertilidade e Alimentação” que procura dar orientações tanto para preservar como para manter a fertilidade. A dieta é importante em todos os aspectos e o equilíbrio e o peso ideal, são fundamentais para o bem estar.

Um estudo apresentado dia 06 de maio de 2013, durante o 61º Encontro Clínico Anual do Congresso Americano de Obstetras e Ginecologistas, mostrou que mulheres que reduziram a ingestão de carboidratos e aumentaram a ingestão de proteína, durante tratamento de fertilização in vitro, aumentaram significativamente a chance de concepção e nascimento de uma menina.

O pesquisador Jeffrey Russell, do Instituto de Medicina Reprodutiva Delaware em Newark foi quem apresentou os resultados. Segundo ele, dietas de carboidratos-carregados criam um ambiente oócito hostil mesmo antes da concepção ou implantação.

"Os ovos e embriões não estarão bem em um ambiente de alta glicose. Ao reduzir carboidratos e aumentar proteínas, você está banhando o seu óvulo de forma saudável, com suplementos nutritivos", disse ele.

O médico disse que o estudo surgiu após perceber a má qualidade dos embriões de mulheres jovens e saudáveis que conheceu por meio de seu programa de fertilização in vitro. "Nós não poderíamos descobrir o porquê. Elas não estavam acima do peso nem eram diabéticas", disse ele.

Foram 120 mulheres participantes do estudo, com 36 e 37 anos de idade e que completaram um registro alimentar de três dias. Para algumas, a dieta diária foi de 60% a 70% de hidratos de carbono. Elas comeram mingau de aveia no café da manhã, um pão no almoço e macarrão para o jantar, e nenhuma proteína.

As pacientes foram classificadas em dois grupos: aquelas cuja dieta média foi mais do que 25% de proteína e aquelas cuja dieta média era inferior a 25% de proteína. Não houve diferença no índice de massa corporal médio entre os dois grupos.

Houve diferenças significativas em resposta à fertilização in vitro entre os dois grupos. O desenvolvimento de blastocisto foi maior no grupo de alta proteína do que no grupo de baixa proteína (64% vs 33,8%), assim como as taxas de gravidez clínica (66,6% vs 31,9%) e taxas de nascidos vivos (58,3% vs 11,3%).

Quando a ingestão de proteína era superior a 25% da dieta e a de hidratos de carbono inferior a 40%, a taxa de gravidez clínica subia para 80%. Dr. Russell agora aconselha todas pacientes de fertilização in vitro para reduzir a ingestão de carboidratos e aumentar a ingestão de proteínas.

Ele porém frisa que não há restrição calórica e que este não é um programa de perda de peso, é um programa nutricional, enfatizando que não é sobre perder peso para engravidar, mas sobre alimentação saudável para engravidar.

Já outro estudo, apresentado durante encontro de 2012 na Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM), mostrou que pacientes de fertilização in vitro que mudaram para uma dieta de alta proteína e baixo carboidrato e depois passaram por outro ciclo, tiveram aumentadas suas taxas de formação de blastocisto de 19% para 45% e sua taxa de gravidez clínica de 17% para 83%.

Mesmo pacientes não-FIV com síndrome do ovário policístico têm melhorado as taxas de gravidez depois de fazer esta mudança de estilo de vida, observaram os pesquisadores.

Os médicos concordaram que estudos como esses demonstram quão pouco se sabe sobre o efeito de micronutrientes nas dietas sobre diversos aspectos da reprodução. Eles afirmam que os resultados mostram um campo aberto para pesquisas futuras e criam perguntas como se, por exemplo, é o carboidrato em geral ou os efeitos inflamatórios de glúten em carboidratos em grãos que são prejudiciais para os resultados de fertilização in vitro.

Enfim, para todos os casais que desejam engravidar e também para aqueles que não querem, boa dieta!

Fonte: Guia do Bebê

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Pouco conhecida, a clamídia é uma ameaça à fertilidade



Silenciosa e ainda pouco conhecida pelas brasileiras, a clamídia é uma ameaça à fertilidade feminina pois ela ataca o sistema reprodutor da mulher. Se não diagnosticada a tempo, pode diminuir significativamente as chances de engravidar naturalmente.

A doença sexualmente transmissível é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a principal causa evitável de infertilidade. Dados apontam que, a cada ano, são 92 milhões de novos casos de clamídia em todo o mundo, fora os que não são diagnosticados. Essa grande disseminação se deve ao fato de que, na maioria dos casos, a clamídia não apresenta sintomas aparentes ou, quando apresenta, pode ser confundida com uma infecção urinária. Além disso, os exames ginecológicos de rotina e o papanicolau não são capazes de detectá-la, por isso, é importante que a paciente peça ao seu médico para investigar a doença.

Quais são os sintomas? 

Se a pessoa for saudável, o organismo consegue combater os primeiros sintomas, fazendo com que a doença passe despercebida, por isso, é preciso ficar atento aos menores sinais. “São poucos os casos em que ela provoca febre, cansaço, sangramentos e dor durante a relação sexual”, explica a ginecologista Maria Cecília Erthal, mãe de Luciana e Giovanna, especialista em reprodução humana e diretora-médica do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or.

Nos casos agudos, ela causa infecção na pélve (peritonite) e pode haver sensação de queimação ao urinar, sintoma semelhante à sistite (infecção urinária).

Nos homens, além do incômodo ao urinar, a região acima dos testículos fica avermelhada e sensível e pode haver secreções no pênis.

Como detectar a doença?

Na fase aguda da doença, é possível detectar a bactéria ao colher uma cultura direto da secreção vaginal da mulher ou da secreção uretral do homem. Se o casal faz sexo anal, a cultura pode ser recolhida também do reto.

Se a doença não estiver na fase aguda, há exames específicos de sangue pra detectá-la.

Como tratar 

A clamídia pode ser tratada e curada com antibióticos recomendados por um médico.

O quadro de infertilidade é irreversível? 

Todo o processo infeccioso da clamídia pode obstruir as trompas ou evitar que o óculo fecundado chegue ao útero, causando uma gravidez tubária, que pode resultar no rompimento das trompas e iniciar uma hemorragia interna. “Esse é o quadro emergencial e uma intervenção cirúrgica se torna necessária. Na maioria dos casos a trompa acometida é retirada”, afirma a dra. Maria Cecília.

Nos homens, a clamídia causa inflamação nos testículos, o que leva à diminuição da produção dos espermatozóides, na quantidade e na qualidade deles.

Nos casos em que a progressão da doença não possibilita mais o tratamento com medicamentos, a única alternativa para as mulheres que desejam engravidar é recorrer aos procedimentos de reprodução humana. “Com as trompas obstruídas, a alternativa da medicina é a fertilização in vitro. O processo consiste em retirar os óvulos, fecundá-los em laboratório e transferir o embrião para o útero”, esclarece a médica.

Como se prevenir? 

Para prevenir a doença, a única forma é usar preservativos em todas as relações sexuais.

Confira a matéria no portal da Revista Pais e Filhos

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

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Você conhece o Grupo de Apoio Vida? Ele foi criado para ser um espaço de compartilhamento de experiências e expectativas entre pais que estão enfrentando desafios para realizar o sonho de ter um filho.

Conheça mais sobre essa maravilhosa iniciativa do Vida - Centro de Fertilidade da Rede D'Or e participe!





Caso tenha interesse em saber mais sobre o Grupo de Apoio Vida, ou participar dos encontros, entre em contato com nossa recepção pelo e-mail atendimento@vidafertil.com.br, ou pelos telefones (21) 2493-0758/ 2484-2918.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Dia dos Pais: casais lotaram o auditório do MDX Barra Medical Center



Na semana seguinte ao Dia dos Pais, como já é de costume, reunimos mais uma vez dezenas de casais que buscam esclarecer dúvidas sobre fertilidade. Recebidos no auditório do MDX Barra Medical Center, na sede da clínica, na Barra da Tijuca, eles puderam acompanhar de perto a palestra do Dr. Paulo Gallo, nosso diretor médico, especialista em reprodução humana, que falou amplamente sobre infertilidade conjugal, os tabus que envolvem a infertilidade masculina e os avanços da medicina para tratar as principais doenças.

Casais que também já encontraram dificuldades para ter filhos e passaram pelos desafios desse processo, subiram ao palco, com os filhos nos braços, e, diante de tantos que hoje passam pelo mesmo problema, levaram muitos às lágrimas ao contar o drama pessoal e como foi todo o processo para realizar o sonho de comemorar o Dia dos Pais.

Veja mais fotos aqui.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Homem é o responsável por 40% dos casos em que casal não consegue engravidar


O Dia dos Pais para o comerciante Gilberto Barbosa, de 35 anos, é uma data mais do que especial. Há um ano, ele realizou o sonho de ter um filho. A conquista só veio através de uma fertilização in vitro: após quatro anos de tentativas frustradas por meios naturais, Gilberto descobriu um problema de infertilidade. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, os homens são, isoladamente, os responsáveis por cerca de 30% a 40% das vezes em que o casal tem dificuldades para engravidar.

Depois de fazer um espermograma — exame que avalia a quantidade e a qualidade de espermatozoides produzidos —, Gilberto descobriu que seus gametas tinham baixa mobilidade.

— Nunca tinha engravidado ninguém. Pelo tempo que eu e minha esposa estávamos tentando, já imaginava que o problema era comigo. Encarei de forma natural — conta o comerciante, marido da gerente de loja Marcia Filgueiras, de 35 anos, e pai de Matheus, que completou 1 ano em junho passado.

A reação de Gilberto vem se tornando mais comum nos últimos dez anos, quando os homens começaram a largar o preconceito e a aceitar que também podem ser inférteis.

— Eles se achavam menos machos por não conseguir engravidar a mulher. Se o casal tinha dificuldade para ter filhos, a própria sociedade colocava a culpa nelas, mesmo sem a investigação médica do problema — diz o ginecologista e obstetra Paulo Gallo, especialista em reprodução humana assistida e diretor-médico do Vida Centro de Fertilidade da Rede D’Or.

Inseminação ou fertilização como opções 

De acordo com Paulo Gallo, tanto o homem quanto a mulher devem fazer exames se o casal não consegue gerar filhos naturalmente. Para eles, o único teste é o espermograma. Caso seja constatada alguma anormalidade, é preciso investigar as causas.

— Se a origem da infertilidade for infecção, varicocele ou alterações hormonais, na maioria das vezes é possível tratar. Outras causas não têm tratamento — explica.

Quando o problema não pode ser corrigido, mesmo após intervenção médica, o casal tem duas opções: inseminação artificial, para casos menos graves de infertilidade, ou fertilização in vitro, para casos mais sérios.

Confira a matéria no site do jornal Extra

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Estudo: infertilidade pode estar ligada à falta de células imunitárias



A falta de células imunitárias chamadas macrófagos no sistema reprodutivo feminino pode ser a causa da infertilidade em algumas mulheres, segundo um estudo divulgado no dia 9 de julho na Austrália.

Os macrófagos, presentes em grandes quantidades no útero e no ovário no momento da concepção, encontram um ambiente hormonal saudável no útero, apontou a pesquisa liderada por Sarah Robertson, especialista em medicina reprodutiva da Universidade de Adelaide.

A pesquisa descobriu que um subconjunto de macrófagos, os M2, intervém na construção de uma rede de vasos sanguíneos no corpo lúteo para que este se desenvolva e produza progesterona, o hormônio esteroide necessário para a reprodução.

O estudo sobre a função dos macrófagos na reprodução foi realizado através da eliminação temporária destas células em cobaias, segundo a emissora local "ABC".

Inicialmente, os cientistas esperavam que os macrófagos protegessem os tecidos de infecções ou favorecessem a adaptação imunitária para evitar que o corpo da mãe rejeitasse o embrião que contém material genético masculino.

No entanto, durante os experimentos, a equipe liderada por Robertson descobriu que, ao eliminar os macrófagos nos ratos, estes já não podiam conceber, embora não tenham apresentado nenhuma disfunção imunitária.

"O que achamos foi uma disfunção hormonal", indicou Sarah Robertson ao explicar que os níveis de progesterona, um hormônio que promove a gestação e é produzido pelo corpo lúteo no ovário, era anormal nos ratos de laboratório. "Sem progesterona não se pode efetuar a implantação", acrescentou a especialista australiana.

Os pesquisadores acharam que a eliminação de macrófagos dava como resultado um corpo lúteo anormal e com hemorragias que impedia a implantação. Por outro lado, estes ratos voltavam a ser férteis quando recebiam novamente progesterona ou macrófagos. "Isso mostra que a infertilidade se devia totalmente a uma falha no corpo lúteo pela consequente redução de progesterona", afirmou a pesquisadora australiana.

De acordo com Sarah Robertson, o estudo pode contribuir para desenvolver tratamentos de fertilidade baseados na modificação dos estilos de vida e na dieta para promover a presença dos macrófagos.

Confira a matéria no portal Terra

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Atletas do Vida

Todos os nossos pacientes sabem muito bem, mas não nos cansamos de repetir: a prática de atividade física regular é fundamental para a saúde, inclusive a reprodutiva! Ela não só contribui para o equilíbrio metabólico e hormonal em homens e mulheres, mas também os resultados que provoca no corpo e na mente estimulam o bem-estar, a felicidade e hábitos alimentares e de vida mais saudáveis. E outra coisa que quem passa aqui pela clínica já ouviu muitas vezes é que uma alimentação rica em vitaminas e minerais pode influenciar positivamente - e muito! - nas etapas do processo reprodutivo: desde a ovulação e produção de espermatozoides, até a fecundação e a manutenção da gravidez.

É por isso que nós do Vida não só estimulamos todos os pacientes a se exercitar e manter um estilo de vida saudável, mas também damos o exemplo! Este ano tivemos a felicidade de ter três membros da nossa equipe participando como atletas amadores de campeonatos e provas importantes no Rio de Janeiro.

Vejam só que orgulho!



Dra. Maria Cecília Erthal, nossa diretora-médica, participou da Corrida da Ponte 

“A meia maratona da Ponte já faz parte da minha vida. Desde 2011 participo e, este ano, para mim, foi o melhor de todos, pois, a cada dia, venho melhorando meu desempenho. Esse ano corri os 21 km mais solta, sem compromisso e admirando muito a natureza a minha volta. Curti muito! O ponto alto da corrida foi quando estava na Perimetral e olhei para o lado: tinha a ponte toda no meu campo de visão! Falei alto: ‘já corri aquilo tudo, agora é mole chegar ao final!’. O que dizem por aí é que correr oxigena o cérebro. Para mim, correr oxigena minha alma!”




Dra. Maria Cecília Cardoso, diretora do laboratório de Reprodução Humana Assistida, participou da Regata Estadual de Remo

Orgulhosa da sua medalha de ouro conquistada na II Regata Estadual de Remo de 2013, na prova do duble feminino master, a médica posa ao lado de seu netinho, também orgulhoso da brava vovó!






Caio Werneck, Biomédico, participou do campeonato de Jiu-Jitsu V Copa Grande Mestre Hélio Gracie

Caio, logo após a sua primeira vitória.








E este ano ainda tem mais corrida! 



Achou que paramos por aí? Este ano boa parte da equipe ainda vai participar de uma corrida internacional! Os membros da equipe Maria Cecília Erthal, Paulo Gallo, Maria Cecília Cardoso, Caio Werneck e Roberta Nogueira vão participar da “ESHRE Charity Run”, uma corrida organizada pela Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE) durante o seu encontro anual. Os médicos da equipe irão percorrer 5 km ao longo das antigas docas de Londres, apreciando a vista sobre o Rio Tâmisa. E a corrida ainda é mais especial porque é uma forma da ESHRE apoiar a Fertility Europe, uma organização de pacientes que luta em favor da igualdade de acesso ao tratamento de fertilidade na Europa. São os atletas do Vida dando o exemplo para estimular vocês, a entrar nesse ritmo também. Se animou?

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Fique atento à varicocele, principal causa de infertilidade masculina


Chama-se varicocele a dilatação anormal das veias que drenam o sangue e as impurezas da região dos testículos. Ela é mais comum nos adolescentes — as estatísticas indicam que 15% deles são portadores.

O mecanismo de formação da doença é o seguinte. O sangue e as impurezas da região dos testículos são recolhidos por um emaranhado de veias. Como há dois testículos, existem dois grupos de veias, um de cada lado. Logo acima do escroto, elas dão origem a veias maiores. Já no abdome, cada grupo de veias se transforma em uma só, a veia testicular: uma do lado direito e outra do esquerdo. A direita desemboca obliquamente na veia cava pouco abaixo do rim. A posição oblíqua e o fato de a veia cava ser grossa facilitam o desaguar do sangue. Já a veia testicular esquerda desemboca perpendicularmente na veia renal esquerda, formando um ângulo de 90 graus. Esse ângulo e o fato de a veia renal ser mais fina dificultam a entrada do sangue nela. Por isso 90% dos casos de varicocele são do lado esquerdo e casos somente à direita são raros.

A causa básica da doença é o funcionamento inadequado ou a falência das válvulas da veia testicular. Quando funcionam bem, o sangue sobe, as válvulas se fecham e ele não retorna. A deficiência ou a falência das válvulas, ao contrário, levam à má drenagem sanguínea e ao acúmulo de sangue nos testículos, forçando as veias e dilatando-as. As varicoceles por mal funcionamento ou falência das válvulas das veias testiculares têm traços familiares. Por isso, homens com histórico da doença na família estão mais suscetíveis. Outra causa de varicocele são os tumores, que pressionam as veias testiculares e dificultam a drenagem sanguínea.

Em geral ela não produz sintomas. Só nas situações graves pode haver dor e atrofia do testículo. Mas, a indicação básica são as veias proeminentes sobretudo no testículo esquerdo. Como os homens não costumam examinar seu escroto, descobrem a doença só quando casam e verificam que são inférteis. A razão é esta: o sangue é drenado dos testículos para ser purificado. Com a doença, não circula bem e substâncias nocivas se acumulam neles. A temperatura local eleva-se, prejudica a produção de espermatozoides e altera sua forma e sua capacidade de fertilizar o óvulo. Assim, fica difícil para o homem engravidar a sua parceira.

Pais com histórico de varicocele na família devem ficar atentos a seus filhos adolescentes e, à menor indicação, levá-los a um urologista. O diagnóstico inicial é clínico. Pode-se confirmá-la propondo que o paciente ponha a boca nas costas de uma das mãos e sopre com força, que o sangue se acumula na região do escroto e a dilatação se exacerba. Confirma-se a doença, ainda, com ultrassonografia.

Não se intervém em pacientes com varicocele discreta. Só se acompanha, fazendo espermograma periodicamente, para se verse leva a prejuízos para os espermatozoides. Quando isso já ocorre, se intervém cirurgicamente, o que é feito logo acima da virilha. A melhor opção, hoje, é a microcirurgia. Com um microscópio, que aumenta a área e permite reconhecer os vasos, se amarra duas vezes a veia testicular doente e se corta entre os dois amarros, para impedir que o sangue desça. Não se interfere em artérias nem em vasos linfáticos, pois isso pode causar necrose dos testículos. Com essa técnica, o risco de a doença voltar a se manifestar é de apenas 1% — por outras técnicas, é bem maior.

Confira a matéria no site da revista Caras

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Nova droga para infertilidade da quimioterapia


A droga ciclofosfamida, usada durante o procedimento de quimioterapia, atinge o ovário e provoca a infertilidade em mulheres. Mas, pesquisadores israelenses publicaram um estudo na revista "Science Translacional Medicine", explicando que o uso de uma nova droga, chamada AS101, pode prevenir a infertilidade das pacientes com câncer.

Confira a matéria no site do jornal Folha de São Paulo: http://tinyurl.com/nyk8cu2

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Técnica aumenta de 24% para 78% os embriões saudáveis


Um estudo de cientistas ingleses publicado na revista “Reproductive Medicine Online” revelou uma nova técnica de fertilização in vitro (FIV) que promete aumentar de 24% para 78% a média de embriões saudáveis transferidos para o útero das mães.

A Drª Maria Cecília Erthal, diretora-médica da clínica, comentou sobre o assunto em uma matéria do portal da revista Pais e Filhos, enfatizando que a nova tecnologia poderá chegar ao Brasil ainda este ano. Confira a matéria completa no portal da revista: http://tinyurl.com/nbzyrb5

sexta-feira, 24 de maio de 2013

O Dia das (Futuras) Mamães 2013 foi muito especial!


Mais de 150 pessoas estiveram presentes ao Dia das (Futuras) Mamães 2013, que aconteceu no último dia 18 de maio, na Barra da Tijuca, lotando o espaço. A palestra da Dra. Maria Cecília Erthal e os depoimentos de cinco casais que passaram pelo processo de reprodução assistida e realizam o sonho da paternidade instruíram, emocionaram e deram força para muitas pessoas que estava na plateia passando pelomesmo desafio. Foi um dia muito especial! 

Confira as fotos do evento em nosso site: http://tinyurl.com/d4gkot5

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Resolução limita em 50 anos a idade para a fertilização assistida, mas mulheres que tiveram filhos já mais velhas mostram que dão conta do recado


Solange Gomes tinha 54 anos quando, surpresa, descobriu estar grávida. Nada foi diferente das outras duas gestações, quando estava mais jovem, e Benjamim veio ao mundo cheio de saúde. Uma história que enche de esperanças mulheres que, não importa a razão, viram o desejo da maternidade se manifestar após os 50. Consideradas em idade de risco, elas agora enfrentam mais um obstáculo. Às vésperas do Dia das Mães, o Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu a reprodução assistida para essas pacientes. 

- O principal motivo é a questão obstétrica. Há risco de diabetes, pressão alta, parto prematuro, colocando em perigo a mãe e o bebê - explica o médico Adelino Amaral, membro da câmara técnica de reprodução assistida do CFM. 

Solange afirma que tem vivido um dos momentos mais maravilhosos de sua vida:

- Hoje, tenho mais tempo para cuidar dele, mais paciência. Com menos trabalho, consegui cuidar mais da gestação, buscar mais informações. Quem tem condições de ter esse filho, deve lutar por isso. Hoje, estou vivendo um momento completamente diferente na minha casa. É o barulho dele, o movimento, até o cheiro é dele. É uma renovação total da vida. Um rejuvenescimento interno, forças novas que aparecem. De repente, ressurge uma vontade de viver. 

A atriz sai em defesa das mulheres de sua idade. Quase dois anos após ter o terceiro filho, aconselha a gravidez em qualquer idade: 

- É um pré-conceito. Que ditadura é essa que alguém pode dizer quando você pode ou não ter filhos?

De acordo com a diretora do Centro de Fertilidade da Rede D’Or, Maria Cecília Erthal, o risco existe. Assim como aconteceu com a apresentadora Márcia Goldschmidt, que, aos 50 anos, apesar de todos os cuidados, deu à luz Victoria e Yanne num parto prematuro, em outubro. Mas a gestação não precisa ser um pesadelo na vida das mamães. 

- Se ela estiver saudável, se alimentar bem, os riscos diminuem muito. É preciso fazer um pré-natal bem detalhado - diz a médica. 

Em meio à polêmica, o CFM defende-se, afirmando que, caso alguma mulher se sinta prejudicada, pode procurar o Conselho Regional de Medicina e pedir liberação. 

Os olhares atravessados, no entanto, extrapolam as paredes das clínicas de fertilização. Muitos lembram das condições físicas de uma mulher aos 50 para cuidar do bebê. Gloria Maria e Elba Ramalho deram seus exemplos. A jornalista, em ótima forma aos 64 anos, cuida de duas meninas que adotou e mostra que dá conta do recado. Já a cantora, aos 62 anos, é vista com frequência na companhia das três meninas que adotou. Com ou sem gestação, o amor aos filhos fazem essas mulheres baterem um bolão.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

50 anos passa a ser o limite de idade para reprodução assistida


O Conselho Federal de Medicina anunciou uma nova regra que estabelece um limite de idade para as mulheres recorrerem à reprodução assistida, que dividiu opiniões entre os médicos. Alguns especialistas elogiaram a decisão, mas, ressaltaram que é importante que haja possibilidade de pacientes acima dos 50 anos, em boas condições clínicas, utilizarem a técnica para engravidar.

Saiba mais sobre o assunto, assistindo a uma matéria do Jornal das Dez, da Globo News, que contou com a participação da diretora-médica do Vida - Centro de Fertilidade da Rede D'Or, Maria Cecília Erthal.

http://tinyurl.com/ca5462o


sexta-feira, 3 de maio de 2013

Tratamento tardio da endometriose pode impedir mulher de ser mãe


Seis milhões de brasileiras sofrem com uma doença que muitas vezes passa despercebida pelos médicos: a endometriose. Se não for tratada cedo, pode impedir a paciente de ser mãe. Esse é o alerta feito no Simpósio de Ginecologia Minimamente Invasiva e Endometriose, realizado em Porto Alegre.

Entre os sintomas da endometriose está uma dor bem conhecida das mulheres: a cólica. A enfermeira Larissa Junckes entende bem dessa dor. Foram dez anos procurando explicação para elas, principalmente durante o período menstrual. “Muitas vezes, as pessoas não entendem que você está com uma dor incapacitante. Tinha época que eu não conseguia subir dois degraus de escada, desmaiei de dor várias vezes”, relata.

Casos como o de Larissa são estudados pelo Centro de Pesquisas do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, referência em tratamento de endometriose no país. A doença provoca o crescimento anormal do endométrio, tecido que fica dentro do útero e é eliminado pela menstruação. É o quando normalmente as cólicas se manifestam.

Nas pacientes com endometriose, a dor é maior: ao se desprender do útero, o endométrio se espalha pelo corpo e pode atingir outros órgãos. O resultado são dores constantes, inclusive durante as relações sexuais.

A endometriose é considerada pelos médicos a causa principal da infertilidade feminina e algumas mulheres sofrem até 12 anos para descobrir o problema. Por isso, os especialistas estão estudando formas mais simples de diagnóstico e as pesquisas já apresentam bons resultados.

Antes, só era possível diagnosticar a doença com exames de imagem, como a laparoscopia, uma pequena cirurgia que precisa de anestesia. Isso já ficou bem mais simples: um exame de sangue pode apontar o problema. Tudo depende da quantidade no organismo de um hormônio chamado prolactina e de uma substância conhecida como CA 125. Se houver alteração, há 85% de chances de a mulher ter endometriose.

“Em alguns casos, a gente tem que fazer a cirurgia, mas antes disso, se eu conseguir fazer o diagnóstico ou ter uma suspeita clínica forte baseado na clínica e nesses exames de sangue, ela não vai precisar esperar oito anos, ela vai tratar imediatamente o caso dela”, afirma o médico João Sabino Cunha Filho, professor do serviço de ginecologia do Hospital de Clínicas.

Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances da paciente evitar uma das maiores consequências da doença: a infertilidade. Larissa, por exemplo, deixou pra trás o sonho de ser mãe por causa de um diagnóstico tardio. “Que considerem a endometriose uma doença que pode ser diagnosticada cedo, que não deixem como eu, sofrer tantos anos e hoje ser incapaz de gerar uma criança porque não tive um diagnóstico precoce. Se eu tivesse tido um diagnóstico precoce, com certeza, eu poderia engravidar”, lamenta.

Confira a matéria no site do Jornal Hoje

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Ultrassom revela um bebê no útero como nunca antes visto


Um ultrassom oferece aos pais a primeira visão da pequena forma de sua criança no útero, com uma qualidade nunca vista antes.

Diferente das antigas imagens de ultrassom, acinzentadas, borradas e em preto e branco, uma nova tecnologia mostra a imagem da criança em terceira dimensão, colorida, com muito mais nitidez. Olha que bacana: http://tinyurl.com/cun6v9x

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Alterações do genoma detectadas em homens inférteis


Um estudo sobre infertilidade masculina liderado pelos investigadores Alexandra Lopes, do Grupo de Genética Populacional do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), e Donald Conrad, da Washington University School of Medicine em St. Louis (EUA) revelou que no genoma destes homens existem alterações no número de cópias da informação genética de forma mais frequente do que em indivíduos não afetados.

Publicada na revista PLoS Genetics, a investigação utilizou recentes tecnologias para analisar o genoma de mais de 300 homens inférteis, dois terços dos quais caracterizados em centros de diagnóstico e investigação em infertilidade no Porto (Departamento de Genética da Faculdade de Medicina da UP) e em Lisboa (no Departamento de Genética do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, no Centro de Medicina Reprodutiva da Maternidade Dr. Alfredo da Costa e na Unidade de Medicina da Reprodução do Hospital de Santa Maria).

Alexandra Lopes explica ao Ciência Hoje que as duplicações e deleções da informação genética foram localizadas nos cromossomas sexuais (X e Y) mas também nos restantes cromossomas, em genes importantes para a formação dos gâmetas masculinos.

Os resultados vão ao encontro da teoria defendida por estes investigadores de que a produção de espermatozoides pode ser afetada por um conjunto de diferentes alterações genéticas, em que cada alteração é encontrada num número reduzido de homens inférteis, sendo portanto difícil de identificar através de análises genéticas clássicas.

A investigadora esclarece que foram encontradas “várias alterações genéticas diferentes, cada uma delas partilhada por um reduzido número de indivíduos, ou mesmo única no grupo. Por exemplo a deleção do gene DMRT1, uma das alterações mais interessantes que encontramos já que este gene é crucial para a diferenciação sexual masculina, foi detectada em apenas dois indivíduos”.

Salienta ainda que “apesar deste ser, até à data, o estudo de genômica que analisou o maior número homens inférteis, a amostra é ainda modesta comparada com as da maioria dos estudos de associação que se realizaram para outras doenças complexas”. Assim, a análise de um maior número de doentes permitirá avaliar melhor a frequência das diferentes alterações.

Infertilidade por explicar

A percentagem de homens em idade reprodutiva que são inférteis atinge os 5 por cento e em aproximadamente metade dos casos as causas da doença permanecem por explicar.

O objetivo do grupo de investigação é, assim, “identificar os genes importantes para a fertilidade e as causas genéticas da infertilidade masculina. Este conhecimento permitirá optimizar o diagnóstico, o acompanhamento terapêutico destes doentes e o aconselhamento do casal no recurso às terapias já existentes (fertilização in vitro)”.

Poderá, também, acrescenta “servir de base ao desenvolvimento de terapias alternativas”.

Confira a matéria no site do Ciência Hoje

terça-feira, 9 de abril de 2013

Inscreva-se para o Dia das (Futuras) Mamães 2013!

Assista à palestra sobre como a Reprodução Assistida pode ajudar homens e mulheres a superar a infertilidade, com a Dra. Maria Cecília Erthal, e a depoimentos de casais que venceram todas as dificuldades e realizaram o sonho de se tornarem pais. 



Este ano, preparamos um evento ainda mais caprichado para você: uma palestra com a nossa diretora médica, Dra. Maria Cecília Erthal, sobre como as técnicas de Reprodução Assistida pode ajudar homens e mulheres a superar a infertilidade e depoimentos muito especiais de casais que superaram todas as dificuldades e realizaram o sonho de se tornarem pais.

 O tradicional evento que o Vida - Centro de Fertilidade da Rede D'Or acontece este ano no dia 18 de maio, sábado logo após o Dia das Mães, e nós contamos com a sua presença! 

Inscreva-se: (21) 2484-8564, 2429-6140, ou envie e-mail para atendimento@vidafertil.com.br.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Implante de um único embrião em fertilização assistida diminui os riscos para mamães e bebês


A gestação múltipla é algo ainda relativamente frequente como resultado de uma fertilização in vitro. O motivo disso é que, com o objetivo de aumentar as chances de gravidez, pode ser necessário implantar de dois a três embriões no útero da mulher a cada tentativa. Com isso, aumentando-se também a incidência de gestações gemelares. Contudo, felizmente, é cada vez mais comum a prática da implantação única de embrião, procedimento realizado em cerca de 70% das inseminações realizadas em países europeus e com crescente procura no Brasil.

Muitas são as vantagens da inseminação única de embrião. Observamos no Vida Centro de Fertilidade um número crescente de casais em busca dessa opção, por estarem mais conscientes das complicações que uma gravidez múltipla pode trazer. Alguns problemas, como a hiperestimulação ovariana, por exemplo, tendem a ter menor incidência, já que a quantidade de medicamento é inferior à necessária em uma implantação numerosa de embriões. Os custos também são menores de uma maneira geral, pois a prática envolve a manipulação de poucos óvulos no laboratório e os gastos com partos de gestações únicas são mais baixos. Sem falar nos custos com UTI neonatal para prematuros, mais comuns em gestações gemelares.

O procedimento de implante único é semelhante àquele cujo número de embriões é maior, a diferença é que apenas um é colocado no cateter de transferência. A escolha do embrião que irá ser implantado é feita por meio de uma avaliação criteriosa do material fecundado. Os embriões formados são avaliados minuciosamente, de acordo com a evolução celular e aparência morfológica e recebem notas em uma escala de X a X. O de maior qualidade é selecionado para a transferência.

Apesar da implantação de múltiplos embriões elevar as chances de gravidez pelo aumento das possibilidades numéricas óbvias, o avanço das técnicas de congelamento embrionário garante taxas de sucesso semelhantes às transferências de embrião fresco. Ou seja, os embriões fecundados e não utilizados são congelados, sem que isso comprometa tentativas futuras. Após o processo de estimulação ovariana, punção e fertilização, podemos transferir apenas um embrião, congelar os excedentes e, caso a gravidez não ocorra, lançar mãos dos embriões congelados e transferir um por vez, até conseguirmos a gestação.

Apesar da crescente busca, a decisão por transferir apenas um embrião é feita em conjunto por médicos e pacientes. Há situações em que a prática é recomendada porque algumas condições põem em risco a saúde da mãe ou até mesmo do bebê, pois a implantação de mais de embrião pode levar ao abortamento. O método só não é recomendado em mulheres acima de 38 anos e que tenham histórico de várias tentativas sem sucesso, já que pode diminuir ainda mais as chances de êxito.

Dra. Maria Cecília Erthal 
Ginecologista e especialista em reprodução humana do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or

quarta-feira, 13 de março de 2013

Doação de gametas e idade para engravidar ainda geram conflitos que estão longe de consenso


Os avanços tecnológicos da medicina reprodutiva têm sido o alento de muitos casais inférteis. Graças à ousadia da ciência, mulheres em idade avançada, que já não possuem a mesma quantidade e qualidade de óvulos, ou homens que sofrem de infertilidade, podem ter a oportunidade de carregar em seus braços o tão esperado filho sem recorrer à fila de adoção.

Cada vez mais comum, a doação de gametas (óvulos e sêmen), é adotada em, aproximadamente, 5.500 procedimentos de reprodução assistida realizados por ano, só no Brasil. Porém, não há leis específicas que orientem a prática, apenas uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que regula os princípios básicos da conduta médica. A doação de gametas, assim como a idade avançada para engravidar são pontos que, segundo os especialistas, ainda precisam ser melhor debatidos pois , muitas vezes, o que é praticado no dia a dia dos laboratórios de fertilização in vitro depende exclusivamente da ética dos profissionais envolvidos.

No país, de acordo com o CFM, é proibido comercializar sêmen e óvulos. As doações são anônimas, gratuitas, e não podem ser feitas entre parentes. Fica disponível para o conhecimento do receptor apenas a cor da pele, escolaridade, altura, e tipo e cor do cabelo do doador, e cabe ao médico selecionar os gametas cujas características são compatíveis entre ambos.

No caso da doação de sêmen, não há grandes problemas ou burocracias, só é necessário que o voluntário ejacule por meio de masturbação e, tal como doar sangue, isso pode ser feito a qualquer momento, sem qualquer prejuízo para o voluntário. No caso dos óvulos, a situação é diferente. O procedimento para a coleta é mais complicado e desgastante, já que a doadora recebe medicamento para estimulação ovariana. Essa peculiaridade faz com que apenas mulheres em tratamento doem óvulos. Não há outras alternativas. 

Apesar de voluntária, a doação segue uma série de restrições impostas pelo CFM. Cada doador só pode gerar dois filhos por um milhão de habitantes, evitando, assim, que parentes de sexos opostos se relacionem. A relação amorosa entre meio-irmãos pode implicar em doenças genéticas para o bebê. Por isso, há muito controle em relação à distribuição do sêmen. Uma vez enviado para alguma região do país, o banco de esperma é avisado caso a gestação aconteça, evitando assim fornecer novamente o material do mesmo doador para qualquer estado daquela área.

Com o aumento da procura pela doação de gametas, começa-se a discutir, então, um novo embate para a sociedade: os filhos gerados por gametas doados devem saber quem são os donos de metade dos genes que eles carregam? A resposta está longe de um consenso. De um lado, estão os voluntários resguardados pelo anonimato, condição que motiva muitos a doarem por puro altruísmo. Na outra extremidade, estão jovens que querem saber quem é o doador e a influência que os pais biológicos têm na sua personalidade, saúde etc.

Outro ponto muito questionado em termos éticos é a idade adequada para a gravidez. A idade mais fértil da mulher vai dos 20 aos 30 anos, mas a opção pela gestação tardia vem se tornando algo comum por aqui, assim como nos países mais desenvolvidos. Na tentativa de realizar o desejo da maternidade, muitas mulheres acima dos 40 ou mesmo dos 50 anos têm procurado ajuda médica. Além dos possíveis riscos para mães e bebês, existe outra questão, que se levanta nesse caso: até que idade uma mulher tem boas condições físicas para dar à luz e criar um bebê? A resposta não é simples. É preciso avaliar os riscos para a mulher durante uma gestação com idade avançada, principalmente acima dos 55 anos de idade (pré-eclâmpsia, hipertensão arterial, diabetes, complicações cardiovasculares e tromboembólicas, entre outras). É necessário refletir também sobre o futuro destas crianças, filhos de pais com a idade avançada e que correm um risco maior de se tornarem órfãos precocemente.

Existem limites para a transferência de embriões, de acordo com a idade da futura mamãe: segundo as normas do CFM, mulheres com até 35 anos devem receber até dois embriões; dos 36 aos 39, até três e, acima dos 40, até quatro. Para o último caso, no entanto, antes de qualquer procedimento, o médico deve alertar para os perigos que a gestação pode oferecer e fazer uma avaliação médica mais criteriosa.

E, com o avançar da tecnologia de reprodução assistida, ainda outros aspectos éticos surgem, como, por exemplo, quais os limites para atender os desejos dos pais: é possível escolher o sexo, a cor dos olhos, cabelo, ou número de bebês? E o caso de mulheres viúvas que querem engravidar com esperma do marido falecido? A escolha do sexo do embrião só é permitida quando há risco de doenças ligadas ao sexo, como no caso de famílias nas quais todos os meninos podem nascer com problemas genéticos. Em uma situação como essa, selecionamos os embriões para que só nasçam meninas. Já em relação à utilização de gametas de pacientes falecidos, isso só é possível se ele deixar uma autorização por escrito. Caso contrário, só é permitido se houver autorização judicial.

A tecnologia aliada à ciência só tem a nos trazer benefícios, desde que as escolhas e condutas caminhem lado a lado com a ética.

Dr. Paulo Gallo, diretor-médico do Vida - Centro de Fertilidade da Rede D’Or

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Vida realiza III Simpósio de Fertilidade


No próximo dia 9 de março (sábado), o Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or, promove o III Simpósio de Infertilidade, com o tema "A influência da idade no desfecho reprodutivo: da fertilidade à gravidez", no Hotel Windsor Barra, na Barra da Tijuca, entre 9h e 13h. Inscrições gratuitas para profissionais de saúde.

O encontro vai reunir especialistas em reprodução assistida, ginecologia e urologia para discutir diferentes assuntos que envolvem a influência da idade de homens e mulheres nas taxas de gravidez, ética sobre o limite da maternidade na era da reprodução humana, os riscos da gestação tardia e novidades relacionadas às técnicas que podem ajudar casais a ter filhos.

O evento, gratuito, tem o apoio da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA).