quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Um é pouco, dois é bom. Três é demais!

A nova edição da revista KIDS in conta com uma reportagem muito interessante sobre gravidez múltipla, narrando histórias de pais e mães que garantem que, apesar da trabalheira, cuidar de seus pimpolhos gêmeos vale muito a pena. Tive a oportunidade de participar dessa matéria descrevendo um pouco de minha experiência no acompanhamento de gestantes nessa situação e indicando os principais cuidados que elas devem ter para evitar riscos de prematuridade e outras complicações.

Confira abaixo a reportagem na íntegra clicando em cima de cada páginca ou acesse o site da publicação.
































































































Dra. Maria Cecília Erthal – especialista em reprodução humana assistida, diretora-médica do Centro de Fertilidade da Rede D’Or

Especialista em vídeo-endoscopia ginecológica e Reprodução Humana Assistida, a ginecologista e obstetra ajuda casais inférteis há mais de 15 anos e tem extensa experiência com patologias que prejudicam a fertilidade feminina. A partir de 2003, passou a atuar mais diretamente com reprodução humana assistida e desde a criação do Centro de Fertilidade da Rede D’Or, em 2005, é sua diretora clínica. O Centro é certificado pela Rede Latino-Americana de Reprodução Humana e já conta com taxas de gravidez similares às européias: 80,5% de gravidez única, 16,7%, gemelar e 2,8%, trigemelar.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A dieta da fertilidade




















Pesquisas recentes comprovam que a alimentação das mulheres influencia diretamente tanto nas chances dela engravidar, quando no bem-estar e qualidade de vida da mãe e do bebê. Uma reportagem do portal Globo.com aborda algumas das dicas da coautora do livro 'Mães saudáveis têm filhos saudáveis' para as mulheres que pretendem engravidar. Entre as recomendações citadas na reportagem estão parar de fumar, reduzir o consumo de adoçantes e produtos industrializados, evitar bebidas alcoólicas e que contenham cafeína em sua composição, bem como ingerir ômega 3 e vitaminas complementares diretamente ligadas à fertilidade.

O que verificamos na rotina com as pacientes e que constumamos indicar é que as mulheres devem ter como hábito uma alimentação saudável, não apenas quando estão querendo ter filhos, pois podem engravidar de forma inesperada. O ideal é que todas as mulheres mantenham hábitos alimentares saudáveis durante a vida toda.

A dieta da fertilidade

Publicada em 21/12/2010 às 08h39m | Maria Vianna

RIO - Cada vez mais, estudos comprovam que a alimentação adequada pode influenciar diretamente nas chances de engravidar. Segundo a nutricionista funcional Denise Carreiro, coautora do livro 'Mães saudáveis têm filhos saudáveis', o estado nutricional antes e durante a gravidez é crítico tanto para a mãe quanto para o bebê, e vai determinar o bem-estar e a qualidade de vida de ambos.

Quem está pensando em engravidar deve fazer um exame completo para avaliar desequilíbrios ou carências nutricionais. Reduzir o consumo dos aditivos, como os adoçantes, e dos produtos industrializados também é uma boa opção, já que ambos podem interferir na absorção de vitaminas e minerais essenciais.

- A alimentação saudável deve ser habitual porque muitas mulheres engravidam sem se programar - alerta a nutricionista.

Confira as principais dicas da especialista para quem está tentando engravidar:

- Pare de fumar: O tabaco reduz a fertilidade e pode danificar a qualidade dos óvulos. Mulheres que respiram a fumaça do cigarro com frequência ou têm um parceiro fumante costumam sofrer dos mesmos efeitos. As substâncias tóxicas como cádmio, chumbo, cianeto e monóxido de carbono também reduzem ou impedem a absorção de nutrientes e aumentam o risco de aborto espontâneo no início da gestação.

- Evite as bebidas alcoólicas: Pesquisas demonstram que mulheres que consomem menos de cinco copos de álcool por semana têm de duas a quatro vezes mais chances de engravidar do que aquelas que bebem mais do que essa quantia. Para alguns médicos, o ideal é riscar o álcool do cardápio por completo.

- Diminua o consumo de cafeína: Chá, mate, refrigerante e, claro, café, impedem a absorção de ferro, um mineral essencial para a saúde feminina. Além disso, estudos comprovam que apenas uma xícara de café por dia pode reduzir em 50% as chances de engravidar rápido.

- Não esqueça do ômega 3: O ácido graxo essencial, encontrado em peixes como a sardinha e o salmão, ajuda a regular hormônios e tem ação anti-inflamatória. Evite apenas o atum, que costuma ter uma alta concentração do mercúrio, substância tóxica para o feto.

- Fique de olho nas vitaminas: Alguns minerais estão diretamente ligados com a fertilidade. Entre eles o zinco, as vitaminas do complexo B, o selênio, a vitamina E, a vitamina A e o magnésio. O ideal é preferir os nutrientes dos alimentos, não de um suplemento vitamínico. Cuidado para não exagerar, já que o excesso de vitaminas pode ter um efeito prejudicial.

- Comece a tomar ácido fólico: Se você está pensando em engravidar, comece a tomar o suplemento vitamínico. A recomendação é de ao menos 400 mcg diários pelo menos 3 meses antes da concepção. A deficiência desta vitamina está ligada a defeitos no fechamento do tubo neural do bebê.

- Nada de dietas malucas: Faça sempre café da manhã, almoço, lanche e jantar, e inclua carboidratos integrais, legumes, proteína animal e fruta de sobremesa. Beba 2 a 3 litros de água (se quiser, adicione água de coco e sucos naturais, em quantidades pequenas) e evite os líquidos durante as refeições para não dilatar o estômago ou atrapalhar a digestão.

Evite o consumo de enlatados ou industrializados: Risque do cardápio os temperos prontos, os pratos congelados, os molhos artificiais, os embutidos (linguiça, salsicha, peito de peru, mortadela, salame e carnes processadas), biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, iogurtes com corantes artificiais, balas e produtos que você tenha dúvidas sobre a composição.

Cuidado com os alimentos crus: Carpaccios, maioneses caseiras, carnes mal passadas, queijos não pasteurizados e comida japonesa podem conter salmonela ou outros tipos de bactérias que podem causar infecções graves.

Acesse o portal Globo.com e confira a reportagem na íntegra.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Novo estudo aponta congelamento de tecido ovariano como opção para mulheres que desejam ter filhos depois dos 40 anos




















Nova pesquisa mencionada em matéria da revista Veja de outubro deste ano me chamou a atenção. A questão do congelamento de tecido ovariano está, definitivamente, muito em voga, mas além de falar a respeito da técnica e de seu valor indiscutível, é preciso tratar sobre alguns pontos que talvez não sejam tão discutidos pela mídia.

Realmente o congelamento de tecido ovariano é uma alternativa para a preservação da fertilidade superior ao congelamento de óvulos, pois oferece uma perspectiva de um maior número de óvulos recuperados. Na opção do congelamento de óvulos, temos que lançar mão da fertilização in vitro (FIV/ICSI), após o descongelamento, quando a mulher quiser engravidar futuramente. Quanto mais óvulos ela tiver congelado, maiores serão as chances de conseguir obter a gestação - lembrando sempre que nem todos os óvulos resistem ao congelamento, nem todos que resistem fertilizam, nem todos que fertilizam se transformam em embriões de boa qualidade para transferência e nem todos os embriões transferidos para o útero conseguem implantar para uma gestação.

Já no congelamento de tecido ovariano, o próprio ovário retoma a sua função e a gestação pode ocorrer de forma espontânea, natural... ‘Como nos velhos tempos’. No entanto, é importante lembrar que a fonte também se esgota. Um fragmento muito pequeno de tecido tem um estoque de óvulos menor que um fragmento maior, obviamente. Os ovários têm uma superfície de aproximadamente 30 cm² e cada centímetro dessa superfície (é na superfície que fica a reserva dos óvulos) terá uma capacidade variável de óvulos, o que varia de mulher para mulher e de sua idade.

O Dr. Sherman Silber, mencionado na matéria, tem algumas gestações de sucesso com a técnica de congelamento de tecido ovariano e é um cientista que vem obtendo importantes conquistas nesta área, mas a maioria de suas pacientes teve o tecido congelado por motivos de câncer ou por transplante de irmãs gêmeas idênticas, quando uma delas tinha falência ovariana. Na maioria das vezes, um dos ovários era retirado totalmente e vários fragmentos eram congelados.

No entanto, ainda não se tem respostas de quanto de ovário, na juventude, se deve tirar para garantir a retomada do funcionamento daqueles fragmentos congelados. Por isso, eu fico com o Dr. Tony Rutherfor (também citado por Veja) quando diz que é necessário se ter um maior número de casos analisados antes de se oferecer esta técnica com um seguro garantido da fertilidade feminina.

Outro ponto importante que também deve ser considerado é o valor do tratamento. Não é correto comparar custos de maneira simplista, afirmando que em uma técnica é necessário a FIV/ICSI e na outra a gestação pode ocorrer de forma espontânea (o que nem sempre ocorre). A cirurgia para retirada dos fragmentos de ovário, o congelamento desse material, a manutenção do tecido congelado, o descongelamento futuro, a cirurgia para reimplante e o acompanhamento clínico desse tratamento também têm custos elevados. Assim, o mais indicado ainda é discutir caso a caso com o especialista e aguardar o avanço das pesquisas na área para garantir a validade dessa técnica para mulheres saudáveis acima de 40 anos.

Maria Cecília Cardoso
Embriologista e chefe do laboratório de Reprodução Humana Assistida do Centro de Fertilidade da Rede D'Or

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Mas, afinal, o que faz um embriologista?

A embriologista Fernanda Couto, do Centro de Fertilidade da Rede D'Or, participou do programa 'Ao Ponto', do Canal Futura, que trata das mais diversas profissões e no vídeo abaixo fala um pouquinho da sua experiência na área. Confira!