segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Uso de anabolizante pode provocar infertilidade e até câncer



Na luta pelo corpo sarado, torneado e com pouca gordura, há quem escolha pagar um preço alto pela saúde. Viciado em academia, o jovem David Tadeu Oliveira, de 24 anos, contou ao R7 que usa anabolizantes para ajudar a aumentar sua massa muscular. Se usado por um longo período, estas substâncias podem causar desde problemas cardiovasculares a infertilidade e até mesmo câncer.

De acordo com a endocrinologista da SBE (Sociedade Brasileira de Endocrinologia) Claudia Chang, geralmente, os anabolizantes mais utilizados atualmente são os injetáveis, que são derivações do hormônio masculino, a testosterona.

— Se usado de forma prolongada pode provocar aumento significativo da próstata e provocar quadros de infertilidade, já que prejudica a formação de espermatozoides. Além disso, tende a piorar o colesterol ruim e reduzir o colesterol bom. Há também a possibilidade de se ter o aumento da pressão arterial e até apneia do sono.

Além disso, o uso do hormônio testosterona em excesso pode provocar o desenvolvimento de mamas femininas em homens, chamado de ginecomastia. Já nas mulheres, o anabolizante pode desenvolver “acnes, queda de cabelo" e a voz pode engrossar, segundo a médica.

— Além disso, o hormônio pode aumentar a irritabilidade, alteração do colesterol, casos de elevação da pressão arterial.

Apesar de “mais antigas”, Claudia afirma há substâncias anabolizantes de uso oral que prejudicam ainda mais o organismo, já que atingem as funções hepáticas. Segundo ela, nesses casos a pessoa poderá desenvolver até mesmo um câncer.

— Por isso, o ideal para ter músculos mais avantajados é combinar uma alimentação balanceada, hiperproteica. Porém os próprios suplementos proteicos tem que ser acompanhados por prescrição médica, pois o indivíduo que tem cálculo renal, por exemplo, pode ter uma sobrecarga. O ideal é sempre procurar a ajuda médica.

Qual limite?

De acordo com o psicólogo e diretor do Instituto Paulista de Sexualidade, Ângelo Monesi, a busca desenfreada e a todo custo pelo corpo escultural pode é uma espécie de compulsão.

— Melhoro minha autoestima [malhando bastante], mas quando vejo que estou melhorando, vou sempre querer mais e mais. A compulsão esta relacionado ao corpo. Tem haver com o prazer. Não existe um fim. Todo excesso vai gerar doença, por mais que esteja melhorando autoestima.

Segundo o psicólogo, a academia pode ser comparada ao Facebook. De acordo com ele, as "pessoas estão sempre bonitas nas fotos da rede social, a ideia é aparecer feliz".

— Esse fenômeno é o de parecer feliz e aí aparecer para os outros. Na academia é a mesma coisa. Tem a questão de parecer e aparecer com saúde. Mas, na verdade, a grande motivação porque precisamos malhar é a saúde e não é essa o ideal de quem tem vício.

Foto: Eduardo Enomoto/R7

Confira a matéria no portal R7

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Semelhança entre sintomas da endometriose e de outros problemas ginecológicos atrasa diagnóstico



Entre 10 e 15% das mulheres brasileiras são portadoras da endometriose. A doença acontece quando o tecido que reveste o útero, o endométrio, se desloca da parede uterina em direção a outros órgãos do corpo, como intestino e bexiga, ocasionando uma reação inflamatória. O maior problema da doença são os sintomas silenciosos: a dor pélvica, muito confundida com a cólica menstrual, pode atrasar o diagnóstico da paciente em um tempo superior a cinco anos, resultando em quadros de dor incapacitante e até infertilidade. 

Não há faixa etária exata para que a mulher apresente um quadro de endometriose, pois a doença surge durante a idade reprodutiva.

— A endometriose é uma doença que ainda não sabemos a verdadeira causa. A única certeza que temos é que ela está relacionada à menstruação — afirma a médica ginecologista Raquel Dibi.

Segundo a especialista, pacientes que já têm um histórico familiar e apresentam dores persistentes durante o ciclo menstrual devem procurar o médico.

— Quando utilizamos analgésicos recomendados para eliminar essa dor e o procedimento não funciona, é sinal de que devemos procurar uma orientação especializada — alerta.

Outra dificuldade está na análise dos sintomas correlacionados à extensão da doença. Além da dor pélvica, principalmente quando provém da menstruação sem o uso de pílula anticoncepcional, dores na relação sexual e para urinar, dificuldade e incômodo para evacuar, podem ser sintomas da endometriose, porém não estão restritos à enfermidade. Isso também vale para intensidade das dores em relação ao avanço da doença, que vai do estágio I ao IV.

— Alguns estudos demonstram que os focos de endometriose parecem apresentar uma inervação autônoma, explicando porque alguns casos são mais sintomáticos — comenta Raquel.

Como tratar 

O tratamento pode ser cirúrgico, clínico ou combinado, segundo a médica. No consultório, o médico deve fazer uma avaliação detalhada dos sintomas e uma análise de toque, pois esses dados vão ajudar na hora do diagnóstico do estágio da endometriose. Em um primeiro momento, a pílula anticoncepcional pode aliviar os sintomas e reduzir os focos da doença, já que o endométrio fora do útero cresce sob ação dos hormônios femininos. Em outros casos, a cirurgia pode ser a melhor alternativa.

— Um tipo mais agressivo da doença, a endometriose profunda, tende a responder muito pouco ao tratamento clínico. Em casos de infertilidade, por exemplo, deve-se realizar apenas cirurgia ou, dependendo do grau de infertilidade, reprodução assistida — explica a ginecologista.

Infertilidade e câncer têm relação com a doença? 

A infertilidade, uma dúvida comum que surge nos consultórios, é um problema sério desencadeado pela endometriose, descoberto pela paciente geralmente quando ela decide engravidar. A reação de inflamação que causa a doença do endométrio pode resultar em aderências entre os órgãos reprodutivos, ocasionando alteração na anatomia e, como resultado, causando a infertilidade. O problema não tem cura, mas dispõe de tratamento, segundo especialistas.

— A endometriose é uma das principais causas de infertilidade feminina da atualidade, sendo a fertilização in vitro seu principal tratamento quando se está buscando um filho. O congelamento de óvulos pode auxiliar as mulheres que ainda não desejam engravidar ou aquelas em que a doença compromete os ovários e, consequentemente, a quantidade de óvulos no futuro — explica o ginecologista e especialista em reprodução humana Fernando Badalotti.

Outra dúvida comum é a associação da endometriose com o câncer de endométrio. Apesar de se desencadearem de formas parecidas, as enfermidades não têm relação uma com a outra. As células da endometriose crescem e se multiplicam fora do útero da mesma forma que acontece o processo de carcinogênese, mas o problema não desencadeia um tumor maligno do endométrio, que acomete principalmente as mulheres na pós-menopausa, depois dos 60 anos.

— Não existe ainda nenhum estudo que comprove esta associação — esclarece a ginecologista Raquel Dibi.

Confira a matéria no site do jornal Zero Hora

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Má alimentação está relacionada a infertilidade de homens e mulheres



Quem nunca ouviu a frase “você é o que você come”? Casais que pretendem ter filhos devem ter essa premissa em mente. Existem alguns alimentos capazes de prevenir uma queda na fertilidade das mulheres e homens, inseridos em uma dieta equilibrada e adequada. “Não sabemos até que ponto o cardápio explica uma melhora ou piora no grau de fertilidade das mulheres e homens, mas não custa nada corrigir a dieta”, conta a ginecologista e obstetra Alessandra Bedin, do Hospital Israelita Albert Einstein (SP).

Uma pesquisa feita pelo Journal of Human Reproduction mostrou que mulheres que ingerem uma maior quantidade de ômega-3, substância encontrada em peixes de águas frias e profundas, como o salmão e a sardinha, têm 22% menos risco de desenvolver a endometriose, doença que pode inviabilizar uma gravidez. 

Por outro lado, é preciso tomar cuidado com a quantidade de carne e frango consumida diariamente, já que a alta concentração de hormônios encontrada nos animais pode causar uma alteração nos hormônios humanos. Por isso, sempre que possível, dê prioridade aos alimentos orgânicos. “Há vários estudos associando o consumo exagerado de proteínas animais a falhas na produção de óvulos”, comenta a nutricionista Marisa Resende Coutinho, do Hospital São Camilo (SP).

Dê preferência ainda a proteínas vegetais, como frutas e legumes, que são ricas em vitaminas e minerais. Também devem compor as refeições os alimentos com gordura de boa qualidade, como as encontradas em frutas secas, azeite e alimentos integrais - mas sempre de forma moderada e sem exageros.

O ácido fólico, uma vitamina do complexo B, também é fundamental e deve ser ingerido na forma de suplemento - se possível desde 3 meses antes de engravidar até completar o primeiro trimestre de gestação - já que ele ajuda na formação do tubo neural do bebê, estrutura que dá origem ao cérebro e à medula espinhal do feto. Ele pode ser encontrado em alimentos como espinafre, brócolis, vegetais de folhas verde-escuras, gema de ovo e frutas cítricas.

Vale lembrar que os homens também são protagonistas na concepção. Um estudo da Harvard Public School of Health analisou o esperma de homens que consumiam diariamente uma grande quantidade de carne processada, como bacon e linguiça. O resultado mostrou que eles têm um esperma de pior qualidade se comparados aos homens que mantinham em sua dieta uma variedade maior de carnes.

Fatores externos, como a poluição e o nervosismo do dia a dia, também representam ameaça à capacidade reprodutiva masculina. Eles podem levar ao chamado “estresse oxidativo”, um processo de oxidação no organismo que está por trás da infertilidade. Alimentos com antioxidantes, como as vitaminas B e E, selênio e zinco, neutralizam esse processo. Eles estão presentes em nozes, amendoim, brócolis, frutos do mar, laranja, couve-flor, abóbora, alho, cogumelos e fígado que, portanto, são importantes para os futuros pais, já que auxiliam na preservação das células reprodutivas.

Outras fontes: Alexandra Savino e Maria Cláudia Gomes dos Santos, responsáveis pelo Serviço de Nutrição da unidade Morumbi do Hospital São Luiz (SP).

 Confira a matéria no site da Revista Crescer

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

7 impulsionadores naturais de fertilidade



Se você está pensando em engravidar, mas teme que alguns de seus hábitos possa te prejudicar nesta jornada, conheça sete mudanças simples que podem aumentar sua fertilidade quando for a hora. E o melhor de tudo: nenhum deles requer uma viagem até a farmácia.

1. Encontre seu peso para engravidar de forma saudável 

Sua fertilidade pode estar comprometida se você estiver elevando demais o ponteiro da balança. "As células de gordura estocam estrogênio, as mulheres que estão com sobrepeso têm níveis acima do normal e muitas vezes não ovulam", explica o dr. Allison Hill, coautor de O Último Guia para Mães sobre Gravidez e Nascimento (tradução livre). E não pense que é só cortar as calorias livremente que tudo se resolve, pois o mesmo acontece com mulheres que estão abaixo do peso, já que elas, normalmente, têm diminuição de estrogênio. Dr. Hill orienta suas pacientes que querem engravidar a calcular seu índice de massa corporal para saber se está tudo dentro dos conformes.

2. Mexa-se! 

"Exercícios ajudam a controlar o açúcar no sangue, a pressão arterial e o peso corporal, os quais estão relacionados com a sua capacidade de engravidar", diz o dr. Hill. Ele recomenda exercícios regulares para todos os seus pacientes saudáveis ​​que estão tentando ter um bebê. Isso significa acelerar seu coração quatro a cinco vezes por semana durante pelo menos 30 minutos. Não gosta de exercício individual? Tente encontrar uma aula em grupo para uma motivação extra ou um parceiro de treino. Praticar atividades físicas realmente pode afetar sua fertilidade.

3. Conheça o seu ciclo 

Há um intervalo de cinco a sete dias por mês em que você pode engravidar. Para as mulheres com ciclos menstruais regulares (entre 28 e 32 dias), esta janela significa que você está mais fértil por volta do 14° ou 15° dia. Mas, se você tiver períodos irregulares ou não passou muito tempo mapeando o seu ciclo, experimente duas maneiras simples e convenientes que você pode começar a controlar os “melhores dias”: use um kit de ovulação sem receita, ou, se você sabe o dia do seu último período e quanto tempo o ciclo normalmente dura, você pode usar uma calculadora de fertilidade. Isso vai ajudá-la a aproveitar o máximo da fertilidade que você tem.

4. Sem cigarros nem álcool 

Todos nós já ouvimos histórias de mulheres que descobriram que estavam grávidas depois de passarem uma noite louca com cigarros e bebidas. Para a maioria das mulheres , no entanto, é muito mais difícil engravidar quando o álcool ou nicotina estão envolvidos. Dr. Hill lembra as aspirantes a mães que "a fumaça do cigarro pode levar a um início precoce da infertilidade e o consumo excessivo de álcool pode levar ao aborto". Então, se você é uma fumante, pare agora. E, apesar de alguns relatos dizerem que um pouco de álcool pode ser bom durante a gravidez, estamos de acordo com os médicos que dizem que não vale a pena correr o risco. Tente cortar os dois hábitos antes de conceber e, depois, pare de uma vez quando souber que um bebê está a bordo.

5. Menos estresse 

Parece mais fácil falar do que fazer, principalmente se você já está nervosa sobre suas chances de conceber a cada mês. Mas, uma das maneiras mais simples de dar um empurrão à sua fertilidade é acalmar seu estilo de vida. "Altos níveis de estresse crônico causam variações nos níveis hormonais naturais do corpo e podem afetar negativamente a ovulação", diz dr. Hill. Então, experimente uma aula de ioga, leia um livro calmo, durma mais. Qualquer coisa que você puder fazer para promover a serenidade e a paz vai ajudar, não só agora enquanto você ainda está tentando engravidar, mas também depois, quando você estiver lidando com todas as mudanças da gravidez.

6. Pense mais em você 

Ao tentar engravidar, é importante ter todas as doenças crônicas, como diabetes ou doenças da tireoide, sob controle. Verifique também a sua pressão arterial: pressão elevada pode dificultar a sua capacidade de gerar um bebê. Além disso, se você sofre de crises de depressão ou ansiedade, procure por um profissional para ter certeza que tudo está sob controle.

7. Coma de forma inteligente 

Se você ainda não faz isso, comece a fazer uma dieta equilibrada em carboidratos, gorduras e proteínas. "Os alimentos, especialmente aqueles com gorduras trans, encontrada em óleos hidrogenados, e os carregados de açúcar refinado, podem sabotar uma dieta saudável", observa dr. Hill. "Certifique-se de que você está consumindo proteínas magras. Coma muitas frutas e vegetais e beba os recomendados seis a oito copos de água por dia”.


Confira a matéria no portal Pais e Filhos