terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Como proteger grávidas e crianças contra mosquitos no verão

Foto: Photodisc/Thinkstock/Getty Images 

Nos últimos meses, o Brasil inteiro está de olho no Aedes aegypti. Isso porque, além de transmitir a dengue, ele também carrega o vírus zika, apontado como o responsável pelo surto de microcefalia que assola o país desde outubro, em especial a região Nordeste. Sabe-se que, ao infectar uma mulher grávida, o micro-organismo tem a capacidade de atravessar a placenta e contaminar o sistema nervoso central do bebê, causando a malformação cerebral. Como essa atividade do zika é inédita para os cientistas, os esforços agora se concentram em entender o funcionamento do vírus para, no futuro, trabalhar na criação de uma vacina. Mas até que isso aconteça, a melhor forma de se proteger é mantendo-se longe do inseto que dissemina esse agente infeccioso.

E essa atitude é especialmente importante durante o verão, época em que não só o Aedes aegypti mas também o pernilongo e os borrachudos tendem a circular com maior intensidade, graças ao tempo quente e úmido. "Os mosquitos apresentam baixo desenvolvimento sob condições extremas, como o frio e o ar seco, pois têm a sua atividade fisiológica reduzida", revela a bióloga Sirlei Antunes Morais, especialista em zoologia e entomologia médica pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Por isso, se você está esperando um bebê ou tem filhos pequenos e vive em áreas com proliferação desses insetos, confira o dossiê que preparamos com a ajuda de especialistas para proteger toda a sua família na temporada de calor.

Turma da pesada

Os hábitos de cada mosquito

  • Aedes aegypti: o mosquito da dengue (e que também transmite os vírus zika e chikungunya) tem hábitos diurnos, ou seja, é durante o dia que ele costuma atacar suas vítimas.
  • Culex: eis o famoso pernilongo, que concentra suas atividades no final da tarde e à noite.
  • Simulídeos: esse é o grupo a que pertencem os borrachudos, que preferem circular no fim da tarde.

A picada

"Os mosquitos se posicionam sobre as áreas mais finas da pele, pois sua visão aguçada permite enxergar a envergadura dos vasos sanguíneos", informa Sirlei. Além disso, a espessura fina da derme facilita a perfuração pelas estruturas bucais do inseto. Ao espetar o indivíduo, o bichinho injeta enzimas anticoagulantes e anestésicas - daí porque nem sentimos a picada. Isso gera uma reação no sistema imunológico, que passa a liberar histamina, um composto que tem a função de acelerar a inativação das substâncias introduzidas pelo mosquito. "Esse mecanismo causa uma cascata de reações, dentre elas a coceira e o inchaço de pele", conclui a bióloga da USP.

No geral, a picadela não ameaça a gestante e o feto - a menos que se trate do Aedes aegypti ou de outro mosquito que transmita doenças. O problema é que as crianças não resistem e coçam as áreas afetadas, por isso é importante ficar atento ao risco de infecções. "O ato de coçar pode acabar causando uma lesão. E a gente sabe que, mesmo quando a criança está limpinha, existem bactérias na pele e nas unhas. E aí, pode infeccionar o local", alerta o infectologista Francisco Ivanildo Oliveira Junior, do Hospital Infantil Sabará, em São Paulo.

Uma vez que a grávida ou o bebê foi picado, a recomendação é lavar com água e sabão, durante o banho mesmo. Compressas frias podem reduzir a dor e o inchaço. "Para aliviar a coceira intensa, as gestantes podem recorrer a cremes tópicos, como loção de calamina ou aquelas que contêm aveia coloidal", prescreve a dermatologista Adriana Salgado, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). No caso dos pequenos, o melhor é consultar o pediatra - nada de aplicar medidas caseiras! "Dependendo da gravidade, o médico pode indicar alguma pomada com corticoide ou dar um antialérgico por boca", diz Oliveira.

Mundo dos repelentes

Princípios ativos

  • Piretroide: ele está presente nos repelentes de tomada e nos inseticidas em spray. Sua ação é direta no sistema neuromotor do inseto e também no olfato e no senso de direção. "O mosquito se afasta ao captar a presença de 'perigo' no ar", esclarece Sirlei Morais.
  • Icaridina: alguns produtos em creme ou em gel contêm essa substância, que age confundindo o olfato do bicho e atrapalhando, assim, a busca por sangue. "Mas os estudos sobre esse princípio ativo ainda estão em fase de desenvolvimento no Brasil", adverte a bióloga.
  • DEET: é a sigla para um composto sintético chamado dietiltoludamida, a base da maior parte dos repelentes em forma de loção. "O DEET interfere nos receptores sensoriais dos mosquitos, inibindo os mecanismos de atração química durante a procura por alimentação de sangue", explica Sirlei. Assim como a Icaridina, é recomendado para os maiores de dois anos de idade.
  • IR 3535: trata-se de um sintético produzido a partir de várias substâncias. A uma concentração de 30%, é a única substância permitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para crianças acima de seis meses. Ao lado do DEET, é considerado um dos melhores repelentes.  

Os tipos

Loção
Grávidas e crianças podem, sim, passar repelente na pele. "Os produtos de uso tópico, à base de DEET, com concentração entre 10 e 50%, são considerados seguros para as gestantes em todos os trimestres", assegura Adriana. Quanto aos outros princípios ativos, o melhor é conversar com o obstetra para saber a forma correta de usar.

No caso dos pequenos, vale bater um papo com o pediatra antes de besuntar o filhote. Isso porque, de acordo com a regulamentação da Anvisa, esses itens estão autorizados apenas para os maiores de 2 anos de idade - inclusive as versões infantis. No entanto, dependendo da situação, pode ser que o médico libere o produto para os mais novos. "Se a criança não é alérgica, se ela vive em uma área em que os mosquitos circulam e se estamos em um momento em que a probabilidade de ser picado é maior, aí a gente faz uma avaliação do risco-benefício de indicar o repelente", pondera Oliveira. Ele lembra que, nos Estados Unidos, a Academia Americana de Pediatria permite o uso desses produtos em bebês a partir de 2 meses de vida. E é claro que estamos falando das versões desenvolvidas especificamente para crianças! 

Cuidados
Tanto as gestantes quanto os baixinhos devem repassar o produto quando acabar o tempo de duração indicado no rótulo. "O número máximo de aplicações por dia também deve ser respeitado, conforme orientação na embalagem", pontua Adriana Salgado. O ideal é aplicá-lo em toda a área do corpo que estará exposta. A meninada merece uma atenção extra. "Não deixe a criança colocar o repelente sozinha e não use o produto na pele irritada ou infeccionada", orienta o pediatra José Gabel, secretário do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Primeiros Cuidados da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP). Evite também passar o creme em áreas próximas a olhos, boca, narinas e genitais.

Tomada
Está autorizado colocar esse tipo de repelente no quarto da grávida e do bebê. Apenas se certifique de que o ambiente está bem ventilado (até para os mosquitos poderem ir embora) e procure não colocar o aparelho muito perto do berço. "Lembrando que ocorrerá um ressecamento das vias aéreas, que pode ser minimizado com uma bacia de água no quarto", indica o ginecologista e obstetra Alberto D'Auria, do Hospital e Maternidade Santa Joana, na capital paulista.

Inseticida
Dê preferência àqueles à base água. Outros solventes podem ser tóxicos tanto para as crianças quanto para os bebês das grávidas. "O ideal é não colocar imediatamente antes de ir dormir", orienta Francisco Oliveira, que também é infectologista do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo. Procure espirrar o produto no quarto uma ou duas horas antes de você ou o pequeno se deitar. E se o seu filho tiver menos de 2 anos, não use esse tipo de repelente.  

Outras saídas

Roupas
Embora os mosquitos tenham a capacidade de picar através de tecidos, o uso de calças compridas e de blusas de mangas longas é uma barreira a mais para esses insetos inconvenientes. Apostar em tons claros é uma boa pedida. "É que eles se direcionam melhor para alvos escuros. Alvos claros têm uma maior reflexão de luz e isso confunde um pouco a visão deles", ensina Sirlei. Não é necessário passar repelente embaixo das roupas, aplique apenas nas áreas expostas.

Telas e mosquiteiros
Eles são ótimos para proteger recém-nascidos e crianças pequenas. "As tramas devem ser finas, capazes de boa ventilação e impedir a passagem do inseto", indica José Gabel, da SPSP. Mas é necessário se atentar a algumas medidas de segurança, principalmente no caso dos mosquiteiros. "Ele deve estar a uma altura que o bebê não consiga alcançá-lo, além de não ficar dentro do berço, para prevenir estrangulamentos", orienta o pediatra.

Ventilador e ar condicionado
O ar gelado repele os mosquitos. Por isso, recorra ao ventilador e ao ar condicionado sempre que possível - mas sem exagero!

Não acumule água
Os mosquitos se reproduzem na água. Portanto, nada de juntar umidade em pneus e vasos de plantas, por exemplo. Ah, e não se esqueça de cobrir a piscina e a caixa d'água! 

Evite usar perfumes fortes
Pernilongos, borrachudos e o próprio Aedes são atraídos por cheiros marcantes. E isso vale tanto para aquele creme ou perfume que você adora quanto para a colônia do filhote.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Estados Unidos se preparam para realizar os primeiros transplantes de útero do país

Foto: Getty Images

Antes restritos a salvar vidas, os transplantes de órgãos agora podem melhorar a qualidade de vida e a realizar o sonho de muitas mulheres. Dentro de alguns meses uma equipe de cirurgiões da Cleveland Clinic espera se tornar o primeiro hospital nos Estados Unidos a transplantar um útero em uma mulher para que ela possa engravidar e dar à luz. 

As pacientes escolhidas deverão ser mulheres que nasceram sem útero, que por motivos médicos precisaram remover o órgão ou que sofreram danos uterinos.

É importante dizer que o transplante não será definitivo. O útero deverá ser removido após a concepção de um ou dois bebês. A remoção é necessária para que a paciente possa interromper o uso dos medicamentos antirrejeição.

O doutor Andreas G. Tzakis, a força motriz por trás de todo projeto, explicou o que motivou o início das pesquisas. "Há mulheres que não adotam por razões pessoais, culturais ou religiosas. Essas mulheres sabem exatamente do que o transplante se trata. Elas estão informadas dos riscos e benefícios. Elas têm, na verdade, muito tempo para pensar sobre isso. Nosso trabalho é tornar o processo tão seguro e bem sucedido possível", disse ao New York Times.

Até agora, a Suécia é o único país onde os transplantes de útero foram concluídos com sucesso. O experimento foi realizado na Universidade de Gotemburgo com um útero de um doador vivo. Nove mulheres receberam transplantes - quatro já deram à luz, a primeira em setembro de 2014. Todos os bebês nasceram saudáveis, embora prematuro. Dois transplantes falharam e tiveram que ser removidos. Duas tentativas anteriores - uma na Arábia Saudita e outra na Turquia - falharam. 

Apesar da polêmica em torno do uso de drogas antirrejeição durante a gravidez, a  equipe de Cleveland está segura de que as taxas de complicações serão muito baixas.  Tzakis passou um longo período pesquisando casos de milhares de mulheres com rins ou fígados transplantados e que continuaram tomando os medicamentos antirrejeição durante a gravidez. A maioria esmagadora tinha dado à luz bebês saudáveis. 

Para evitar colocar em risco doadoras saudáveis, os transplantes serão feitos com órgãos de falecidas. Assim, não há necessidade de se preocupar com os ferimentos e o órgão pode ser removido mais rapidamente.

Para serem elegíveis, as candidatas devem estar em um relacionamento estável, porque vão precisar de ajuda e apoio.Eles também devem ter ovários. A fase inicial inclui triagem de transtornos psicológicos ou problemas de relacionamento que possam interferir com a capacidade da candidata para lidar com um transplante e ser parte de um estudo. 

Uma vez que as trompas de falópio não serão ligadas ao útero transplantado, uma gravidez natural será impossível. Todos os receptores vão passar por fertilização in vitro.

Uma das principais candidatas ao transplante-teste conversou com o jornal sobre sua expectativa. Seu nome foi mantido em sigilo por pedido da paciente. Em entrevista à publicação ela revelou que tinha apenas 16 anos quando descobriu que a ausência de menstruação era causada por uma má formação. Ao nascer ela possuía ovários, mas não útero. Devastada com o diagnostico, ela nunca desistiu de realizar o sonho de ser mãe.  Com os avanços médicos, a possibilidade do transplante soou como um lampejo de esperança.

Veja a matéria no portal M de Mulher.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Embriões congelados não influenciam na prematuridade e no peso de recém-nascidos, aponta estudo

Foto: Maria Grover/ Thinkstock/ Getty Images

A ideia de que bebês gerados por meio de técnicas de reprodução assistida tendem a nascer antes do tempo e com baixo peso é bastante disseminada no mundo da ciência. Uma das polêmicas envolvidas nessa discussão é a comparação entre embriões frescos e aqueles que são congelados e mantidos em laboratório. Nos últimos anos, estudiosos de vários países vêm investigando se a taxa de gravidez, a duração da gestação e o desenvolvimento da criança dentro da barriga são influenciados por cada um desses procedimentos. E uma pesquisa que traz boas notícias para esse debate foi apresentada no 71º Congresso da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, que aconteceu em outubro nos Estados Unidos.

No trabalho, cientistas italianos e espanhóis do Instituto Valenciano de Infertilidade (IVI) recrutaram 360 mulheres que engravidaram por meio da fertilização in vitro (FIV) com a doação de óvulos. Todas elas deram à luz pelo menos dois filhos, em diferentes gestações, sendo que um deles veio de um embrião fresco e o outro de um congelado. Após avaliar diversos fatores que poderiam interferir na evolução da gravidez - como a origem do óvulo, a técnica de congelamento e a ordem em que as crianças foram geradas -, os especialistas concluíram não havia diferença entre o peso ao nascer e a idade gestacional dos irmãos.

"Ao longo de toda a pesquisa, controlamos fatores fenotípicos, clínicos e de laboratório que poderiam influir nessa relação, mas não encontramos nenhum que fosse determinante para estabelecer uma preferência na hora de transferir para o útero embriões frescos ou congelados", comemora Daniela Galliano, diretora do IVI Roma e principal autora da investigação. A diretora do IVI São Paulo, Silvana Chedid, acrescenta que os resultados são muito positivos e reforçam a segurança da técnica conhecida como "vitrificação", na qual os embriões são congelados em nitrogênio líquido a uma temperatura de -196º. Segundo as especialistas, portanto, o estudo é de grande utilidade para os casais que enfrentam a infertilidade e recorrem à medicina reprodutiva para realizar o sonho de gerar um bebê. 

Veja a matéria no portal M de Mulher.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Pensando em engravidar? Que tal cuidar da sua saúde?


Diversos estudos mostram a importância de bons hábitos para os futuros papais na hora de planejar a gravidez. A seguir, confira algumas dicas rápidas que farão toda a diferença nesse momento:

• Evite fumar. O tabaco é repleto de substâncias químicas que diminuem a chance de engravidar e atrapalham o bom funcionamento do organismo.

• Faça exercícios regularmente.  Além de diminuir o estresse, a atividade física diária ajuda na manutenção do peso e melhora qualidade dos espermatozoides.

• Evite bebidas alcoólicas e refrigerantes. Essas bebidas diminuem a absorção de nutrientes que são importantes para a formação do embrião e diminuem a fertilidade.

• Evite contaminantes ambientais como o BPA, presente em alimentos e bebidas aquecidos em recipientes plásticos. Prefira vidros e porcelana na hora de esquentar ou colocar alimentos quentes para consumo. O BPA prejudica a saúde. 

Por Tatiana Rom
Nutricionista do Vida - Centro de Fertilidade da Rede D'Or

terça-feira, 10 de novembro de 2015

O que você pode fazer para ajudar seu corpo a funcionar melhor?


• Dê preferência por alimentos orgânicos. Você pode encontrá-los em qualquer feira ou supermercado do bairro.

• Coma no mínimo três frutas e quatro tipos de verduras e legumes diferentes ao dia.

• Beba pelo menos 2 litros de água por dia.

• Evite doces, refrigerantes, frituras e álcool.

• Não fique longos períodos sem se alimentar.

Por Tatiana Rom
Nutricionista do Vida - Centro de Fertilidade da Rede D'Or

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Alimentação e fertilidade


O que muitos casais não sabem é que uma boa alimentação, além de melhorar a qualidade de vida, influencia no desenvolvimento do feto. Portanto, para quem pensa em engravidar ou para quem já está com um bebê a caminho é melhor ficar atento.

Um bom funcionamento do intestino garante a boa absorção dos nutrientes, fator essencial para estar saudável. Você pode fazer isso consumido iogurte, frutas, vegetais e alimentos integrais. A aveia é uma excelente fonte de fibra e faz uma saborosa combinação com as frutas. Já as frituras, alimentos com excesso de conservantes e corantes, refrigerantes e café, podem piorar o funcionamento do intestino e devem ser evitados. Assim como o cigarro e o álcool.

O ácido fólico é um item indispensável. Promotor da renovação celular, o nutriente faz parte da família da vitamina B e é importante desde a fecundação até o fim da gestação, pois ajuda na formação do sistema nervoso do feto. A soja, o fígado orgânico, vegetais verde-escuros como espinafre, agrião e couve, levedo de cerveja e feijão preto são alimentos ricos em ácido fólico. A quantidade ideal para consumo deve ser de até 1000mcg /dia.

Para os futuros papais a vitamina E é um grande aliado, pois melhora a mobilidade dos espermatozoides. Para as futuras gestantes, além de melhorar a parede do útero, a vitamina garante uma placenta mais forte. Azeite, gérmen de trigo, nozes, agrião e couve são boas fontes dessa vitamina.

O ômega 3 ajuda o espermatozoide a entrar no óvulo, além de auxiliar no desenvolvimento cognitivo do bebê. Incorpore ao seu cardápio semente e óleo de linhaça, além de sardinha, atum e salmão.

Zinco, esse com certeza é considerado o mineral mais importante quando se fala em concepção. Encontrado nos espermatozoides em grandes quantidades, o zinco é fundamental para um óvulo saudável, principalmente quando associado com a vitamina B6. Mas o casal deve ficar atento, o consumo de álcool em excesso e antiácidos pode diminuir a quantidade de zinco no organismo e dificultar sua absorção. Alimentos fontes: carnes, ostras, gérmen de trigo e fígado de galinha.

A vitamina C, por ser um potente antioxidante, previne e protege o organismo de substâncias tóxicas, favorecendo a qualidade dos óvulos. Estudos mostram que ela ajuda também na mobilidade e concentração dos espermatozoides. Consumir um copo de suco de laranja assim que for preparado ou três frutas por dia, asseguram boas quantidades desse nutriente.

Selênio, assim como a vitamina C, funciona como importante oxidante e é encontrado em grandes quantidades no sêmen. Consumir duas castanhas-do-Brasil por dia é o recomendado.

O beta caroteno é encontrado em todas as frutas e legumes de cor alaranjada, como abóbora, laranja, cenoura e mamão, e pode ser encontrado também no óleo de fígado de bacalhau. O nutriente é importante para a produção de espermatozoides.

Mulheres anêmicas tem menor chance de engravidar, assim como aquelas que estão com peso muito abaixo do indicado, pois a carência de ferro diminui a ovulação. Nesse caso, coma muitos vegetais verdes escuros, carnes magras, ovos, e folhas de beterraba.

Beba muita água durante o dia, no mínimo 2 litros. Ela é essencial para que reações químicas aconteçam no seu organismo de forma adequada. Controle seu peso, pois tanto o excesso quanto o baixo peso interferem negativamente na ovulação. Evitar o consumo de carboidratos simples como farinhas brancas e doces podem ajudar na concepção.

Como pode se ver cada alimento tem sua característica e função. Não existe formula mágica ou um superalimento que atue de forma isolada, daí a necessidade de hábitos saudáveis e uma alimentação rica e variada, que vai fornecer ao organismo diferentes nutrientes de fundamental importância para garantir seu bom funcionamento.

Por Tatiana Rom
Nutricionista do Vida - Centro de Fertilidade da Rede D’Or

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Mulheres com ovários policísticos têm mais risco de gerar filhos ansiosos



Médicos pesquisadores ao redor do mundo concluíram uma pesquisa com ratos que mostra que mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) apresentam mais chances de terem filhos excessivamente ansiosos. Os cientistas também descobriram que as meninas que têm mães com a síndrome estão expostas a um risco aumentado de desenvolver a mesma doença. Já os meninos tendem a sofrer mais com obesidade e resistência à insulina.

A pesquisa foi conduzida por instituições de vários países, como a Universidade de Gotemburgo, na Suécia; a Universidade do Chile; e a Universidade do Colorado, nos EUA. Os resultados foram publicados na edição de ontem da revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS).

A Síndrome dos Ovários Policísticos é uma desordem caracterizada pela secreção excessiva de hormônios androgênios — como a testosterona feminina — e uma atividade anormal de produção de insulina, que afeta até 17% das mulheres no mundo. Como consequência do problema, elas têm mais risco de desenvolver sintomas de ansiedade e depressão.

Testosterona na gravidez

Estudos anteriores mostraram que mais de 60% das mulheres com SOP são, ao longo da vida, diagnosticadas com pelo menos uma desordem psiquiátrica, tal como depressão profunda ou transtorno alimentar. Tentativas de suicídio também são sete vezes mais comuns em mulheres com SOP do que naquelas sem a síndrome.

Durante a gravidez, essas mulheres apresentam índices ainda mais altos de testosterona. Além de esse excesso aumentar o risco de as próprias mães desenvolverem transtornos de humor, aumenta a chance de elas transmitirem isso para os filhos. Para chegar a essa conclusão, os cientistas deram a ratinhas doses elevadas de testosterona feminina na fase pré-natal e observaram que a prole nascia com mais tendência a transtornos.

Os mecanismos que levam ao desenvolvimento dessa síndrome ainda são mal compreendidos pelos cientistas. Apesar de existir a hipótese de uma base genética para a doença, os pesquisadores sugerem que a SOP se origina durante o desenvolvimento fetal.

Segundo eles, o excesso de androgênios no ambiente intrauterino de mulheres que têm a doença afeta as funções endócrina e reprodutiva dos fetos. Isto aumenta a possibilidade de a criança desenvolver a síndrome nos ovários, no caso das meninas. E faz também com que, independentemente da herança genética ou do gênero, o bebê seja mais ansioso e até depressivo.

Veja a matéria no site do jornal O Globo.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Após nove anos de tentativas, mulher descobre gravidez no dia de fertilização

Foto: Daily Mail

Amber Worth, 26, tentou ter um filho por nove anos e não conseguiu. Ela decidiu fazer fertilização in vitro para engravidar, mas no dia em que procedimento se iniciaria, ela teve uma surpresa: já estava grávida. O bebê Luca nasceu em novembro do último ano.

Ela tinha dificuldades para engravidar pois foi diagnosticada com ovários policísticos aos 19 anos. Depois de tentar ter um bebê naturalmente, ela e o marido procuraram os médicos para fazer fertilização in vitro.  As informações são do jornal DailyMail.

Os médicos atribuiram a concepção de Aber pelo fato de ela ter emagrecido 19 quilos para entrar em seu vestido de casamento. Entre janeiro de 2014 e março de 2014 ela foi de 88 quilos para 69 quilos. Quando a mulher está em sobrepeso, perder peso ajuda a aumentar a fertilidade.

"Ele é realmente um bebê-milagre e ser a sua mãe é o melhor sentimento do mundo", disse Amber ao DailyMail. "Eu apenas não conseguia acreditar quando descobri que estava grávida. Eu estava esperando algo dar errado, mas ele está aqui hoje", comemora. 

"Quando ele nasceu e eu ouvi o seu choro e alguém me disse que ele era meu, eu não pude me conter. Eu nunca me senti tão feliz", conta ela.

Amber começou a ganhar peso quando ela tinha 16 anos. Aos 19, foi diagnosticada com ovários policísticos, uma condição em que cistos se desenvolvem no ovário e impede que o óvulo seja liberado regularmente. 

Depois de tentar engravidar por um longo tempo, ela decidiu começar a fertilização in vitro. Antes disso, ela marcou a data do seu casamento e uma lua de mel na Tailândia.

"Eu estava tão preocupada em perder peso para meu casamento que, pela primeira vez, engravidar não era minha preocupação", diz ela. "Eu só pensava em entrar no meu vestido de noiva, e mesmo quando vi que estava perto de começar o tratamento, só pensava no casamento". 

Ela conta que os médicos disseram que perder peso aumentou definitivamente a chance de engravidar. 

Amber seguiu uma dieta saudável, que encoraja comer frutas e verduras e deixar as comidas nada saudáveis para situações ocasionais.

"Eu sabia que tinha que fazer algo sobre meu peso, mas não tinha percebido o grande impacto que isso teria na minha vida". 

Veja a matéria completa no site iG.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Relação sexual frequente impacta na fertilidade feminina

Segundo estudo, fazer sexo com frequência - mesmo fora do período fértil - provoca alterações no sistema imune que preparam o corpo da mulher para a gravidez

(Thinkstock/VEJA)

Quanto mais relações sexuais uma mulher tiver, mais frequentemente seu sistema imunológico receberá a mensagem de que é hora de ter um bebê - o que aumenta as chances de gravidez. É o que sugerem dois estudos publicados recentemente nos periódico cientificos Fertility and Sterility e Physiology and Behavior.

Os estudos, liderados por Tierney Lorenz, uma pesquisadora da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, mostram que, mesmo quando uma mulher tem relações sexuais fora do período fértil, são desencadeadas mudanças em seu sistema imunológico que poderiam aumentar a probabilidade de ficar grávida.

"O sistema imunológico media tudo: desde a garantia de que o espermatozoide irá encontrar o óvulo sem ser atacado como um invasor até a implantação do óvulo na parede uterina", explicou Tierney, ao site da revista americana Time.

Em ambos os estudos, os pesquisadores analisaram dados de 30 mulheres saudáveis e que não estavam tentando engravidar. Metade delas tinha uma vida sexualmente ativa e a outra não. A diferença entre os estudos é que, enquanto um olhou para as células T - responsáveis por direcionar o sistema imunológico ao alvo certo e por determinar o melhor tipo de resposta - , o outro focou nos anticorpos - que classificam os patógenos como invasores e podem "desarmar" alguns deles.

As descobertas mostraram que as mulheres sexualmente ativas tinham maiores níveis de células T tipo 2. Essas células ajudam o corpo a aprender que a presença do que poderia ser visto como um invasor, como o esperma, não é de fato uma ameaça. Essas alterações não foram encontradas na metade do grupo que não tinha relações sexuais frequentes. No segundo estudo, os pesquisadores descobriram que durante a fase lútea (espessamento do útero), as participantes sexualmente ativas tinham níveis mais elevados de imunoglobulina G, que lutam contra doenças sem interferir na saúde uterina.

"O ato sexual envia um sinal para o sistema imunológico feminino priorizar as respostas imunes que promovem a concepção em detrimento de outras ações", disse Tierney à Time. Apesar de os resultados estarem baseados na frequência sexual, a autora afirma que mesmo uma única relação fora do período fértil já pode ser útil para ajudar a aumentar a fertilidade.

Veja a matéria completa no site Veja.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Cientistas desenvolvem esperma humano maduro em laboratório

Foto: Andre Laurel / Flickr
Cientistas franceses afirmam ter desenvolvido crescimento de  espermatozoides maduros, pela primeira vez em laboratório, considerado um avanço em tratamentos de infertilidade entre os homens jovens e adultos.
A startup francesa de biotecnologia Kallistem, é responsável pela realização, liderada por seu diretor científico Philippe Durand, em conjunto com pesquisadores do Centro Nacional francês de Pesquisa Científica (CNRS). Em um comunicado a imprensa, anunciaram que produziram espermatozoide humano maduro, in vitro, utilizando células imaturas dos testículos de seis homens inférteis.
"Nós completamos a espermatogênese - a produção de células espermáticas maduras - in vitro utilizando um biorreator. Fizemos o mesmo em três espécies diferentes, rato, macaco e humano, o que nunca foi feito antes ", disse o Dr. Durand. 
Criados em um "biorreator" artificial, os espermatozóides parecem idênticos aos produzidos naturalmente e são uma esperança no auxílio a homens inférteis - incluindo aqueles cujo potencial reprodutivo são afetados por tratamentos de câncer, como a quimioterapia - a conceber os seus próprios filhos biológicos.
O pesquisador sênior Marie-Helene Perrard, do CNRS, disse que a tecnologia poderia ajudar em questões que afetam 15.000 pacientes jovens com câncer e 120.000 homens no mundo inteiro, onde suas fertilidades poderia ser preservada através do desenvolvimento e congelamento de espermatozoides maduros, a partir de suas próprias células imaturas.
O processo feito em um laboratório do governo  de Lyon, França, levou 72 horas e envolveu a recriação do fluido em presente nos túbulos seminíferos, as minúsculas estruturas onde os espermatozoides são formados.O fluido ajudou os pesquisadores a persuadir o desenvolvimento dos espermatozoides de ratos, macacos e humanos a partir de células imaturas que ainda não haviam se tornado esperma.
O próximo passo será dar a vida a ratos com esperma produzido por este processo, e, em seguida, uma bateria de testes clínicos no esperma humano fabricados em laboratório.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Transplante do tecido ovariano após diagnóstico de câncer pode preservar a fertilidade



Uma equipe de pesquisadores do Laboratório de Biologia Reprodutiva da Rigshospitalet, em conjunto com pesquisadores do Hospital Universitário de Odense e do Hospital Universitário Aarhus, na Dinamarca, apresentaram um estudo indicando que mulheres que tiveram o tecido do ovário removido por causa do câncer ainda podem ter esperança de se tornarem mães. 

No estudo, publicado na revista Human Reproduction, os pesquisadores dinamarqueses descobriram que as mulheres cujos ovários foram removidos e congelados poderiam engravidar no futuro se os ovários fossem transplantados de volta alguns anos depois. A pesquisa mostrou que o transplante não só é bem sucedido, mas também que a reintrodução do tecido ovariano não sugere remissão do câncer.

De acordo com o estudo, o programa de transplante de ovário na Dinamarca começou em 2000 e envolveu quase 800 mulheres que tiveram seus tecidos de ovário congelados e preservados. Pesquisadores analisaram, especificamente, mulheres que tiveram transplantes entre os anos de 2003 e 2014, e, portanto, acompanharam  41 mulheres que se submeteram a um total de 53 transplantes ao longo de 10 anos. As mulheres tinham uma idade média de 29.8 quando tiveram seus tecidos dos ovários removidos, e uma idade média de 33, quando se realizou o transplante.

No geral, os pesquisadores observaram bons resultados, com poucos efeitos colaterais em mulheres que foram transplantadas. Das 41 mulheres, 32 disseram que queriam engravidar, com 10 tendo êxito de um ou mais filhos - um total de 14 crianças foram concebidas. Uma mulher relatou estar em seu terceiro trimestre de gravidez. Também foram acompanhados dois abortos legais durante este período, juntamente com um aborto espontâneo, na 19ª semana de gestação. Oito das crianças nascidas foram concebidas de forma natural, enquanto seis foram concebidos com a técnica de fertilização in vitro.

Durante este período, os pesquisadores observaram que os ovários se mantiveram saudáveis após serem conservados durante longos períodos de tempo. Das 41 mulheres, em três o transplante ocorreu ao longo de 10 anos após seus ovários terem sido removidos, seis pacientes mais de oito anos, e 15 pacientes mais de cinco anos. O restante das mulheres transplantadas, entre seis meses e cinco anos.

Com a preocupação principal de preservar a fertilidade, os pesquisadores também descobriram que a reintrodução do tecido ovariano mantém os níveis de hormônios sexuais que impedem menopausa precoce.

Veja a matéria completa no site Medical Daily.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Transplante de útero é aprovado para 10 mulheres britânicas



O primeiro bebê britânico a nascer como resultado de transplante de útero poderá chegar até o final de 2017. Depois que os médicos do Reino Unido derem sinal verde para um ensaio clínico 10 mulheres britânicas vão se submeter ao procedimento.

No ano passado, Medical News Today informou sobre o primeiro nascimento bem sucedido do mundo através de um útero transplantado, em uma mulher de 36 anos de idade, na Suécia.
A mulher - que deseja permanecer anônima - nasceu sem um útero. Depois de receber um útero de uma doadora amiga da família de 61 anos de idade, ela deu à luz um menino saudável chamado Vincent.
Agora, os médicos do Imperial College London, no Reino Unido deram a sua aprovação ética para um ensaio clínico que irá envolver a execução do procedimento em 10 mulheres britânicas sem útero, dando-lhes a oportunidade de gerar seus próprios bebês.
O julgamento será conduzido pelo Dr. Richard Smith, ginecologista consultor no hospital de Queen Charlotte e Chelsea do Reino Unido.
Cada ano, cerca de 1 em 5.000 mulheres nascem sem um útero - uma condição conhecida como síndrome de Rokitansky Mayer Hauser Kuster (MRKH). E muitas outras mulheres perdem o seu ventre como resultado de câncer.
"A infertilidade é uma coisa difícil de tratar para essas mulheres," diz o Dr. Smith. "Barriga de aluguel é uma opção, mas não responde ao profundo desejo que as mulheres têm de gerar seu próprio bebê”.
As mulheres devem estar entre as idades de 24-38 para participar do ensaio clínico, ou devem ter tido seus ovos congelados até os 38. Elas também devem ser capazes de produzir um número satisfatório de ovos; mulheres que receberam óvulos doados não são elegíveis.

Além disso, as mulheres são obrigadas a ter um peso saudável - um índice de massa corporal (IMC) de 30 ou menos - para participar, não têm grandes problemas médicos, ser elegível para assistência no âmbito do Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS) e ter um parceiro com relação estável.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Mulheres acima dos 50 podem engravidar por fertilização

 Conselho Federal de Medicina suspende limite de idade. Paciente deve estar saudável

A partir de amanhã, mulheres com mais de 50 anos que queiram engravidar vão poder recorrer a técnicas de reprodução assistida, desde que assumam os riscos do procedimento. Antes, era preciso ter a autorização do Conselho Federal de Medicina (CFM). A decisão faz parte de nova resolução divulgada ontem pelo CFM, que atualiza as regras para reprodução assistida no Brasil. Especialistas no assunto comemoraram a decisão, que, segundo eles, representa um grande avanço frente à última resolução do órgão, de 2013. 

Maria Cecília Erthal, especialista em reprodução humana e diretora-médica do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or, concorda. “Entendemos que existem riscos, mas a decisão da mulher prevalece, desde que ela receba todos os esclarecimentos do médico que a acompanha. Além de expandir o alcance das normas, é importante garantir a segurança do paciente e a ética no trabalho do especialista”.
Apesar da nova resolução, o CFM continua defendendo o limite máximo de 50 anos para a mulher passar pelo procedimento. Isso porque, alega a entidade, há graves riscos tanto para a mãe, como hipertensão e diabetes gestacional, quanto para o feto, como prematuridade. 
O texto altera ainda o capítulo sobre o diagnóstico genético pré-implantação de embriões, para os casos em que existe uma doença genética na família, como hemofilia ou distrofia muscular progressiva. Será possível usar a evolução da medicina para evitar que uma criança nasça com graves problemas de saúde, além de permitir a seleção de embrião compatível para doar células-tronco a um irmão doente, por exemplo. Em 2014, os 106 centros especializados em fertilização no Brasil realizaram mais de 60 mil transferências de embriões. Como o Congresso Nacional ainda não se manifestou sobre o assunto, vale a decisão do CFM.
Sim à gestação compartilhada
A nova resolução esclarece melhor outra questão polêmica: casais homoafetivos do sexo feminino agora poderão recorrer à chamada gestação compartilhada, quando o embrião gerado com o óvulo de uma das mulheres é implantado na parceira. 

O texto restringe ainda a doação de gametas (espermatozóides e óvulos). Apenas mulheres com até 35 anos em processo de reprodução assistida poderão doar óvulos para outras que não podem mais produzi-los, em troca do custeio de parte do tratamento. 


Confira a matéria completa no dite do jornal O DIA!

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Homens obesos estão mais propensos a serem inférteis




De acordo com novo estudo, homens obesos também têm DNA má qualidade em seu esperma e são mais propensos se serem mal sucedidos em tratamentos de reprodução assistida.

A Universidade do Instituto Joanna Briggs de Adelaide analisou ​​30 trabalhos de pesquisa sobre obesidade e fertilidade masculina, envolvendo 115.000 homens.

A revisão publicado na revista Reproductive BioMedicine online, indica que a  obesidade tem sérias implicações para a fertilidade dos homens, assim como tem para as mulheres.
"Nosso estudo descobriu que, comparados aos homens de um peso saudável, homens obesos eram dois terços mais suscetíveis a serem inférteis e com quase três vezes mais probabilidade de ter uma gravidez não viável após passar pelo processo de reprodução assistida", disse o principal autor  do estudo, Dr. Jared Campbell.

Há muito menos investigação sobre o impacto do sobrepeso masculino do que sobre o impacto da obesidade materna sobre a fertilidade e a saúde da prole, disse ele.
Da Universidade de Adelaide Dr Michelle Lane, disse que a revisão mostrou homens e mulheres deve ter um peso saudável antes de tentar conceber uma criança.

"Os homens muitas vezes se colocam indiferentes à sua responsabilidade quando se trata de infertilidade, e responsabilidade recais quase sempre sobre a mulher, mas esta revisão demonstra claramente a importância da saúde dos homens na reprodução e gravidez", disse ela.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Cientistas mapeiam atividade do gene do embrião humano nos primeiros dias



 
 O estudo mostra que, no segundo dia após a fertilização, apenas 32 dos 23.000 genes humanos estão ligados.

A fecundação do óvulo humano provoca uma cascata de atividade genética. Após 1 dia, a única célula torna-se duas, após 2 dias, há quatro células, após 3 dias, há oito, e  assim continua. Agora, pela primeira vez, os cientistas têm mapeado a atividade genética que acompanha esta fase inicial de desenvolvimento do embrião.
O estudo internacional, liderado pelo Instituto Karolinska, na Suécia, é publicado na revista Nature Communications.

"Nossos resultados fornecem novos insights sobre a regulação do desenvolvimento embrionário inicial em humanos", relata o autor sênior Outi Hovatta, professor de ciência, tecnologia e intervenção clínica.

O estudo é o primeiro a mapear todos os genes que são ativados durante os primeiros dias de desenvolvimento embrionário, do ponto de fertilização; uma descoberta que é semelhante a encontrar a "chave de ignição" que ativa o desenvolvimento humano, de acordo com um dos pesquisadores.

Embora existam cerca de 23 mil genes humanos, a ordem na qual os genes são ativados após a fertilização tem sido um mistério até agora.
Prof. Hovatta e colegas esperam que os resultados inaugurem uma série de pistas de investigação, como a descoberta de novos tratamentos para a infertilidade e outras doenças.

A equipe descobriu que no segundo dia após a fertilização, apenas 32 dos 23.000 genes humanos estão ligados. No terceiro dia, o número de genes ativos aumenta a 129. Sete desses genes ativos não tinham sido previamente identificados.
A maioria dos genes carregam as instruções para fazer proteínas. Há uma série de seqüências repetidas em nosso DNA que foram inicialmente pensados para ser DNA "lixo", mas mais tarde foram descobertos como sendo a regulação dos genes que codificam a produção de proteínas.

Os novos genes encontrados pelos investigadores parecem interagir com o chamado DNA "lixo", e esta interação é essencial para desencadear o desenvolvimento embrionário precoce. Prof. Hovatta explica como isso pode ser útil para pesquisas futuras:
"Foram identificados novos fatores que podem ser utilizados em células de reprogramação, nas chamadas células estaminais pluripotentes, para o possível tratamento de uma variedade de doenças, e também, potencialmente, no tratamento da infertilidade."

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Baby boom na clínica de fertilidade, onde funcionários foram ajudados a ter filhos

 
Cinco funcionárias de um centro de fertilidade levaram o trabalho para casa com eles - e ficaram grávidas com a ajuda de seu empregador.

O quinteto, que trabalha na Midland Fertility em Tamworth, precisava de uma mão amiga para conceber seus pacotinhos de alegria.

A sonografista  Jenny Marsden, a parteira Beth Elton,  a enfermeira de fertilidade Claire Perkins, e Jill Anthony-Ackery e Lynsey Bissell, da equipe de comunicação,  forma o quinteto de sorte e tiveram sucesso do tratamento realizado na clínica em que trabalham.

O filho de Jenny de Drew nasceu com a ajuda de um  útero substituto em setembro de 2010, depois que ela foi diagnosticada para ter ovários policísticos e precisava de uma histerectomia.

Ao 42 anos de idade, disse: "Depois de uma histerectomia e estar desesperada para ter um filho nosso, a Midland Fertility tornou nossos sonhos realidade."

Jill ficou de coração partido quando perdeu seus gêmeos em 11 semanas após anos de tentativas para as crianças.

Ela e o marido Gywn tiveram cinco embriões armazenados e ela ficou grávida depois de duas rodadas de fertilização in vitro.

"Quando o teste mostrou um resultado positivo, eu mal podia acreditar nos meus olhos", disse Jill, 49.

“Mas eu estava com medo desde o início que eu abortasse novamente”.

"O primeiro exame confirmou uma única batida do coração, e mesmo que meu coração estavivesse ansiando para os batimentos cardíacos gêmeos que tivera antes, minha cabeça estava pensando 'é o melhor'."

A filha do casal Connie nasceu em 01 de agosto de 2002.

Beth, Claire e Lynsey todos tiveram filhos usando o tratamento pioneiro de ICSI, em que um espermatozóide é injetado diretamente em um óvulo.

Jill acrescentou: "Connie está bem consciente da sua história e ligação especial da nossa família com a clínica."
 

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Impactos na fertilidade são considerados nas decisões do tratamento de câncer de mama

jovem grávida


Mulheres jovens com câncer de mama pode declinar ao tamoxifeno e descontinuar o uso devido a preocupações com a fertilidade.


ANN ARBOR, Mich. -  Preocupações sobre a fertilidade manteve um terço das mulheres jovens com  câncer de mama com resistência em tomar o tamoxifeno, apesar de sua vantagem conhecida na redução do risco de câncer de mama voltar.
Além disso, o estudo constatou que preocupações acerca da fertilidade levaram um quarto das mulheres que começaram a tamoxifeno a parar de tomá-lo antes que o período de tratamento recomendado houvesse terminado.
"Nosso estudo aponta para a importância da fertilidade para jovens pacientes com câncer de mama. Temos de encontrar uma forma de colmatar a lacuna entre essa meta de sobrevivência do paciente e as nossas preocupações como médicos para facilitar o melhor tratamento possível para os nossos pacientes ", diz o autor sênior do estudo  Jacqueline Jeruss, MD, Ph.D. Professora de cirurgia e engenharia biomédica na Universidade de Michigan e cirurgiã de câncer de mama na Universidade de Michigan Comprehensive Cancer Center.
O estudo, publicado no  Journal of the National Cancer Institute,  analisou os registros médicos eletrônicos de 515 mulheres na pré-menopausa tratadas de câncer de mama no Northwestern Memorial Hospital, do  Centro de mama Lynn Sábio Comprehensive. Todos os pacientes que foram incluídos tinham estrogênio ou progesterona receptor- receptor-positivo para câncer de mama e foram recomendadas a tomar tamoxifeno.
Estudos anteriores demonstraram que cinco anos de tamoxifeno pode reduzir o risco de recorrência em 47 por cento e a mortalidade por 26 por cento.Dados mais recentes sugerem tamoxifeno durante 10 anos contínuos pode ser ainda mais benéfico na prevenção da recorrência ou morte.
No estudo atual, os pesquisadores descobriram que 13 por cento dos pacientes se recusou a tomar tamoxifeno e 16 por cento parou antes dos cinco anos de tratamento recomendado. Daqueles que se recusaram, os fatores mais comuns foram um diagnóstico de carcinoma ductal in situ, declinando a terapia de radiação, não recebendo quimioterapia e expressando o desejo de fertilidade futura. Um desejo para o futuro da fertilidade também foi associado significativamente com a interrupção precoce do tamoxifeno.
Os pesquisadores também realizaram entrevistas telefônicas com 88 pacientes que não iniciaram ou descontinuaram o uso do tamoxifeno para ajudar a confirmar os resultados obtidos a partir de registros de pacientes.Preocupações sobre a fertilidade e os efeitos colaterais foram os principais fatores mencionados pelos pacientes nas  sobre a interrupção ou continuidade do uso do tamoxifeno.
"Este estudo lança uma luz brilhante sobre as preocupações de fertilidade de pacientes jovens com câncer. Por meio do programa cooperativo Oncofertility National Physicians, as preocupações com a fertilidade em pacientes jovens diagnosticadas com câncer podem agora ser resolvidas. 
As mulheres que tomam tamoxifeno são aconselhadas a evitar a gravidez por causa do alto potencial de danos para o bebê. Os autores enfatizam a necessidade de fornecer aconselhamento e educação adicional para pacientes que podem estar em maior risco.
"Para os doentes oncológicos que expressam um desejo de fertilidade futura ou uma preocupação com a preservação da fertilidade, aconselhamento apropriado e encaminhamento para um especialista em fertilidade devem ser oferecidos desde o início como parte de um plano de tratamento multidisciplinar. Devemos trabalhar em direção a um diálogo onde os pacientes podem discutir com seus médicos aspectos que são importantes para eles. Com a criação desse diálogo, poderemos identificar mais pacientes que estão dispostos a concluir o curso recomendado de terapia com tamoxifeno, embora isso possa envolver um atraso no tratamento ou hiato para permitir uma gravidez ", diz Jeruss.
Um novo estudo internacional está atualmente analisando se as mulheres na pré-menopausa que param de utilizar tamoxifeno por um período de tempo para engravidar e, em seguida, retomam o tamoxifeno após a gravidez, têm benefício semelhante com aqueles que têm um curso contínuo de tamoxifeno. Esta análise, chamada  POSITIVA, está sendo conduzido pelo Breast Cancer Study Group Internacional. Além disso, existem várias opções para preservar a fertilidade antes de iniciar o tratamento, embora esses procedimentos não possam ser cobertos por um seguro. 
Os autores adicionais:  Natalia C. Llarena e Samantha L. Estevez, da Northwestern University; Susan L. Tucker, do MD Anderson Cancer Center
Referência:  Journal of the National Cancer Institute, doi: 10.1093 / JNCI / djv202, publicado on-line 24 de agosto de 2015


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

As clínicas de fertilidade que permitem selecionar o sexo do seu bebê

                                                                   (AP Photo/ Richard de Drew)



Cerca de um em cada cinco casais que vêm para HRC Fertilidade, uma rede de clínicas de fertilidade no sul da Califórnia, não precisa de ajuda para engravidar.
Em vez disso, eles vêm para o que é chamado de balanceamento de família, ou a seleção do sexo.

"Eles geralmente têm um, dois ou três filhos de um sexo" e querem que seu próximo filho seja de outro sexo, disse Daniel Potter, diretor médico do HRC Fertilidade, que inclui nove clínicas.

As mulheres que querem selecionar o sexo do seu bebê passam por um processo caro e complicado de fertilização in vitro (FIV) para criar embriões que também são geneticamente testados antes de serem implantados. Embora o teste, amplamente referido como diagnóstico genético pré-implantação, ou DGP seja frequentemente utilizado para testar a doenças genéticas, é também possível identificar o sexo dos embriões. O processo de FIV / PGD pode custar até US $ 15.000 a US $ 20.000 por ciclo e não é coberto por muitos planos de seguro.

"A parte de crescimento da nossa prática neste momento é na verdade o segmento da população que, tecnicamente, não tem problemas de fertilidade", que inclui casais do mesmo sexo e casais com doenças genéticas, disse o Dr. Potter.

A seleção de sexo é uma prática controversa legalizada apenas em alguns países, incluindo os EUA e o México. Organizações médicas e especialistas em fertilidade estão divididos sobre a questão. Nenhuma agência monitora o número de procedimentos realizados.

Serviços de balanceamento de família são anunciados com destaque em sites de muitas clínicas. Algumas clínicas, incluindo HRC Fertility and Fertility Institutes, que tem escritórios em Los Angeles, Nova York e Cidade do México, dizem que estão vendo uma demanda crescente por estes serviços, particularmente de casais estrangeiros.