segunda-feira, 22 de junho de 2015

17 mitos e verdades sobre engravidar

Quando se começa a pensar em ter filhos, muitas dúvidas vêm à cabeça e crendices infundadas podem confundir os futuros pais; especialistas explicam o que é mito ou verdade

Quando uma mulher quer engravidar, a primeira coisa a se pensar é visitar um médico para fazer os exames de rotina e, se for necessário, começar a tomar alguma suplementação vitamínica específica receitada pelo profissional e esperar que a concepção venha. No entanto, o estresse gerado pela preocupação de muitas mulheres sobre conselhos que ouvem por aí acabam atrapalhando a gestação.



É verdade que a mulher que estiver acima do peso tem mais dificuldade para engravidar? E se ela não conseguir engravidar naturalmente e começar a fazer tratamento, ela necessariamente terá filhos gêmeos? Veja se essas e outras dúvidas são mito ou verdade na galeria de fotos e leia a explicação dos especialistas no texto a seguir.

1 - Cigarro e álcool diminuem as chances de engravidar
Verdade. Segundo o ginecologista da Criogênesis, Renato de Oliveira, o tabagismo interfere na fertilidade feminina, assim como o álcool. “Mas precisa ser uma dose-dependente. Algumas mulheres tomam dois copos e ficam zonzas, outras tomam muita vodka e não acontece nada. Mas no abuso, existe sim uma queda de fertilidade comprovada. O ideal é evitar”, explica.

2 - É possível engravidar durante a menstruação
Mito. “Não, não é possível”, diz Oliveira. “A menstruação significa que a parte de dentro do útero, chamada endométrio, cresceu, proliferou e se tornou receptivo para um embrião. Se ele não se implantou, ela se descama. Esse processo é chamado de menstruação. A partir do momento que descamou, não tem como engravidar”. No entanto, ele conta que muitas vezes as mulheres confundem sangramentos irregulares com menstruação, já que pode haver um pouco de sangramento no meio do ciclo por causa do rompimento do óvulo. “Sangra, mas não está menstruando. Se ela tiver ovulado, no entanto, tem chance de engravidar, sim”.

3 - A gravidez depois dos 35 anos é mais delicada
Verdade. “Aumenta todos os riscos. O corpo da mulher, a partir dos 35, começa a sofrer maior desgaste e há aumento do risco de hipertensão na gestação, pré-eclâmpsia, eclampsia e diabetes gestacional”, explica Oliveira. “E a partir dos 40, o risco aumenta, não só para o pré-natal, mas também para problemas cromossômicos, como a Síndrome de Down”.

4 - Obesidade e sobrepeso atrapalham a mulher de engravidar
Verdade. Segundo o ginecologista e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Paulo Gallo, a obesidade pode atrapalhar. “O tecido adiposo funciona como uma glândula, transformando o hormônio masculino pelo feminino, e isso pode bloquear a ovulação da mulher”, diz ele, que também é diretor médico do Vida, Centro de Fertilidade da Rede D’Or.

5 - O estresse impede a mulher engravidar
Parcialmente verdade. “Tem uma parte de verdade e outra de mito. Toda mulher que quer engravidar e não consegue fica ansiosa. Então, teoricamente, toda mulher que está tentando ter filhos teria dificuldade”, diz Gallo. “O estresse em excesso pode interferir na qualidade da ovulação, além de elevar um hormônio chamado prolactina, que vai inibir os hormônios que coordenam os ovários e impedir a ovulação”. Segundo ele, até a atividade física em excesso pode prejudicar a fertilidade.

6 - Uma mulher que engravidou fácil do primeiro filho também engravidará facilmente na segunda vez
Mito. “Ela tem um bom passado. Ter engravidado previamente fala a favor, mas não garante”, afirma Oliveira. “É preciso entender que o organismo, na época da primeira gravidez, podia ser diferente, então não tem como fazer uma previsão”.
Gallo explica ainda que, com o passar dos anos, a taxa de fertilidade da mulher vai caindo. “Aos 30 anos, ela tem de 15% a 20% de chance de engravidar por mês. Aos 40 anos, 5%. Com a idade, a qualidade dos óvulos piora e a chance de engravidar é menor”.

7 - É impossível engravidar na primeira relação sexual da mulher  
Mito. Isso é possível, segundo o ginecologista Edilson Ogeda, coordenador do núcleo de ginecologia do Hospital Samaritano. “Se a mulher estiver no período fértil, existe risco. Não dá para dizer que todas vão engravidar, mas é possível”.
“A partir do momento que a mulher está ovulando, ela pode engravidar”, afirma o ginecologista Maurício Luiz Peixoto Sobral.

8 - Toda mulher que toma pílula anticoncepcional por muito tempo demora para engravidar
Mito. “Não é uma regra e não dá para afirmar isso”, explica Sobral. “Tem gente que para e engravida no mês seguinte. Uma demora de três a seis meses é aceitável”, conta.
Ogeda explica que há muitas mulheres que evitam a gravidez por meio de pílula anticoncepcional durante muitos anos, mas nunca testou se conseguia engravidar ou não antes da pílula. “Às vezes a dificuldade é dela própria, por algum outro problema”, conta. “A fertilidade, por meio do anticoncepcional oral, volta no mês seguinte para quem não tem outras dificuldades”.

9 - Usar pílula anticoncepcional por muito tempo faz com que a mulher fique estéril
Mito. Segundo Bárbara, o uso da pílula por períodos longos pode até proteger a fertilidade, no caso de endometriose.
Maurício sobral explica que a pílula bloqueia o eixo que ordena a ovulação. “Se parar de tomar, esse eixo volta ao normal, então a mulher volta a ovular normalmente”.

10 - O teste de gravidez pode ser feito no dia após a relação sexual
Mito. Segundo os ginecologistas, o teste deve ser feito a partir de alguns dias depois do primeiro atraso menstrual. “Às vezes, a mulher está grávida, mas só vai ter níveis de Beta HCG sanguíneos com 48h de atraso menstrual. Em outros casos, o teste de urina demora um pouco mais”, diz Barbara.

11 - É mais provável engravidar no 14º dia do ciclo menstrual
Parcialmente verdade. “Isso vale para quem tem um ciclo de 28 dias”, explica Ogeda. “Os 14 dias que antecedem a menstruação são o período mais provável da ovulação”, explica o médico. No entanto, o período fértil é considerado aquele de 4 dias antes ou quatro dias depois da ovulação.

12 - Quem tem endometriose não consegue engravidar
Mito. “Muitas vezes a infertilidade pode ser tratada com medicação ou cirurgicamente. Ela pode engravidar naturalmente ou com ajuda da reprodução assistida”, conta a ginecologista do Hospital 9 de Julho.

13 - Quem tem miomas não consegue engravidar
Mito. “Há três tipos de miomas: os submucosos, que ficam na região endometrial (dentro do útero), os intramurais (nas camadas musculares) e os subserosos (fora do útero). Os intramurais e subserosos não causam infertilidade, pois não estão dentro do útero”, explica Barbara. “Aqueles que estão dentro do útero são removidos cirurgicamente, porque podem causar infertilidade. Depois da remoção, a mulher pode engravidar no mês seguinte”.

14 - Todo tratamento para engravidar resultará em gêmeos
Mito. “Não necessariamente”, explica Barbara. “Mas as chances são maiores porque, com os estímulos, a mulher produz mais óvulos e, na fertilização in vitro, mais de um embrião é colocado no útero para reduzir a chance de um não dar certo”.

15 - Se o casal não tiver relação sexual todos os dias, a mulher não engravidará
Mito. Segundo Maurício Sobral, relações todos os dias não é o indicado. “No caso do homem, se ele fica tendo relações todos os dias, os espermatozoides podem não estar viáveis”, disse.
Bárbara explica que não há um número mágico de relações sexuais que faça com que a mulher engravide. “Basta uma para que dê certo, mas recomendamos que, quanto mais relações, mais chance”, conta.

16 - É possível engravidar depois dos 40 anos
Verdade. Muitas mulheres conseguem engravidar espontaneamente depois dos 40 anos. “Se estiver ovulando, pode engravidar. Porém, a fertilidade diminui depois dos 35 anos. A qualidade dos óvulos segue uma curva descendente”, diz a ginecologista Barbara Murayama, do Hospital 9 de Julho.
Sobral explica que a mulher, no entanto, tem mais risco de abortamento e de má-formações fetais, além de aumentar a chance de o bebê nascer com a síndrome de Down.

17 - Se a mulher tentar engravidar sem método contraceptivo por seis meses e não conseguir, significa que ela tem algum problema
Mito. “O período de tentativa de seis meses pode denotar alguma pequena dificuldade, mas não dá para dizer que é infertilidade”, explica Paulo Gallo. Segundo ele, se a mulher tiver mais de 40 anos, não é indicado esperar mais do que seis meses tentando engravidar sem procurar um tratamento. “A taxa de gravidez numa mulher jovem, de 30 anos, é de 15% a 20% por mês. Aos 40%, é de 5%. Por isso a gente diz que quando um casal está tendo dificuldade de engravidar, tendo relações regulares, duas vezes por semana, sem uso de métodos contraceptivos por um ano, pode indicar algum problema”, diz ele.

Confira a matéria no Portal IG!



quarta-feira, 17 de junho de 2015

Verão é a estação ideal para tentar engravidar


Cientistas descobriram que o sêmen está mais ativo durante os meses de julho e agosto, correspondendo a uma atividade duas vezes superior à registrada em janeiro

O calor, as mudanças sazonais e as alterações dos níveis hormonais, como a testosterona, são os principais ingredientes para quem quer começar a fazer bebês, revelam os responsáveis por este novo estudo, publicado no Chronobiology International.

Com 5188 homens a serem tratados por problemas de fertilidade e 11 anos de pesquisa, os cientistas do Centro de Incapacidade Reprodutiva do Hospital Universitário de Parma, norte de Itália, notaram picos de mobilidade no sêmen durante o verão.

Um em cada seis casais enfrenta a infertilidade, que é definida pela incapacidade de conceberem um filho depois de um ano de tentativas, que poderá piorar progressivamente com o envelhecimento. A infertilidade masculina é responsável por metade dos casos, com a baixa mobilidade dos espermatozoides (inferior a 40%) a contribuir.

"Nós provamos a existência de uma variação sazonal em alguns aspectos funcionais do sêmen humano", confirma o Dr. Alfredo De Giorgi, mentor do estudo. Uma mobilidade de 50% no inverno, por exemplo, chega a mais de 65% no verão.

Confira a matéria no site Visão!

* O verão na Europa acontece entre os meses de junho e agosto

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Diretor-médico do Vida é destaque em congresso internacional sobre ginecologia

Entre os dias 4 e 5 de junho, foi realizado, em Belo Horizonte (MG), o II Internacional Meeting of Minimally Invasive Ginecology (II Congresso Brasileiro de Ginecologia Minimamente Invasiva).

Nosso diretor-médico, Dr. Paulo Gallo, foi destaque nos eventos. O especialista ministrou a palestra "Adenomiose e Infertilidade", além de ter participado da conferência "Endometriose e Infertilidade" e do debate "Endometriose e dor pélvica".

Para o Dr. Paulo Gallo, a importância do evento se deveu à participação de 461 médicos (quatro deles estrangeiros), além de 30 professores de faculdades de medicina do país.

- São os maiores especialistas do Brasil em Endometriose, Adenomiose, Dor Pélvica e Infertilidade. A endometriose e/ou a adenomiose estão presentes em 40 a 52% das mulheres com infertilidade. O diagnóstico adequado e o tratamento correto da adenomiose e da endometriose são fundamentais para os resultados dos tratamentos de infertilidade - informou o diretor-médico do Vida - Centro de Fertilidade da Rede D'Or.

Confira fotos da participação do especialista no congresso! (o primeiro, da esquerda para a direita)