quarta-feira, 28 de julho de 2010

Últimas vagas para o 'Dia dos Futuros Papais'
























No próximo dia 7 agosto acontece o 'Dia dos Futuros Papais – Enfrentando o fantasma da infertilidade masculina' encontro comandado pelo ginecologista Paulo Gallo e o andrologista André Cavalcanti, especialistas do Centro de Fertilidade da Rede D’Or, que vão falar sobre a importância da qualidade de vida e as possíveis causas do aumento da infertilidade masculina em todo o mundo.

O bate-papo vai contar também com a participação de casais contando como enfrentaram esse desafio e realizaram o sonho da paternidade.

Caso você tenha uma experiência de superação, conheça alguém passando por essa experiência, ou ainda esteja tentando engravidar, venha tirar dúvidas, ou indique o evento aos amigos. O encontro é gratuito e todos os participantes receberão uma entrevista com avaliação e aconselhamento sobre fertilidade, a ser agendada durante o evento.

O 'Dia dos Futuros Papais' acontece no próximo 7 de agosto (sábado), das 10h às 12h, no Hospital Barra D’Or - Av. Ayrton Senna, 2541, Barra da Tijuca.

Para se inscrever acesse www.vidafertil.com.br, ou ligue para (21) 2430-3639 / 2430-4107. Vagas limitadas.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Matéria do portal Abril.com fala sobre infertilidade entre os homens



O andrologista do Centro de Fertilidade da Rede D'Or, Dr. André Cavalcanti, falou ao portal Abril.com sobre as principais causas de infertilidade nos homens e por que muitos deles desconhecem esses perigos. Confira:












Mais de um terço dos homens inférteis desconhece causa da doença


Embora estudos apontem fatores ambientais como agentes, tais como poluição e dieta alimentar, médicos ainda não conseguem estabelecer o motivo de 35% dos casos


por Rafael Kato

A infertilidade masculina, problema que atinge 15% dos homens em todo o mundo, pode ser mais complicada do que a simples falta de espermatozóides. Embora haja causas claras e clássicas, como infecções, mais de um terço não sabe o motivo da doença. “Em até 35% dos casos da infertilidade masculina a gente não consegue identificar uma causa específica”, afirma André Guilherme Cavalcanti, andrologista do Centro de Fertilidade da Rede D’Or, do Rio de Janeiro.

O problema costuma surgir apenas após o casamento, quando o casal quer engravidar e não consegue. A infertilidade ocorre quando, após um ano de tentativas, a gravidez não acontece. Pelo machismo, as mulheres são as primeiras culpadas do insucesso. No entanto, o médico deixa claro que em 42% dos casos há fatores masculinos envolvidos. “O que a gente observa é que é cada vez mais frequente homens entrarem no consultório com alterações severas na fertilidade”, afirma Cavalcanti.

A questão é que parte significativa desses homens não conseguirá se tratar de forma eficiente. “Existem alguns estudos que apontam como possibilidade alguns fatores ambientais envolvidos, como poluição e qualidade da alimentação, mas isso não está completamente estabelecido”, explica o andrologista.

Algumas pesquisas apontam alimentos com agrotóxico e uso de drogas como fatores da infertilidade. Do mesmo modo, a poluição também pode aparecer como causa. Levantamento do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP entrevistou 748 trabalhadores que absorviam com frequência o ar de grandes vias públicas. O resultado foi o expressivo número de 500 homens com alterações nos níveis de fertilidade.

Varicole, doença caracterizada pela dilatação anormal de veias dos testículos, e infecções como clamídia e gonorréia representam, por outro lado, causas clássicas da infertilidade. Embora tenham tratamento fácil e conhecido, continuam a ser causas por um único motivo: a birra do homem em ir ao médico.

“Os homens relutam um pouco em procurar o médico, pois isso pode levar a um questionamento da própria masculinidade. Ele não quer ser taxado como o homem que não pode ter filhos”, acredita Cavalcanti.

Um em cada oito casais brasileiros, segundo dados da OMS, não consegue a desejada gravidez. Além das causas descritas acima, há outra possível e mais simples de ser resolvida, por mais turrão que seja o homem. O uso de notebook sobre o colo causa aquecimento dos testículos e piora a qualidade do sêmen, afirma o médico. É só apertar um botão e a masculinidade não será questionada.

Ver matéria no site Abril.com

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Documentário 'A grande corrida da vida' é exibido no Discovery Channel

Como anunciamos aqui em março - clique aqui para ver o post - o canal Discovery Channel começou a exibir o documentário 'The Great Sperm Race'. Agora já temos os dias e horários definidos.

- Hoje, 19 de julho, às 15h.

- Próximo sábado, 24 de julho, às 13h.


'A grande corrida da vida' conta a saga dos espermatozóides para encontrar o óvulo e alguns aspectos bastante interessantes dos procedimentos de Reprodução Humana Assistida.























Acesse aqui o site do programa.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Estudo do nado do espermatozoide questiona métodos de diagnóstico de fertilidade masculina

Acaba de ser divulgada uma pesquisa realizada por um brasileiro que avalia a dinâmica do nado dos espermatozoides e, segundo ela, como a viscosidade do fluido usado para avaliar os espermatozoides nos testes de fertilidade é menor do que a encontrada no canal vaginal, isso poderia comprometer os resultados desses testes

Na minha opinião como embriologista, o estudo da dinâmica dos espermatozoides em diferentes meios é interessante como pesquisa básica da fisiologia desses gametas, mas não acredito que tais testes possam mudar a orientação no diagnóstico e tratamento dos homens com infertilidade.

Apesar do espermograma ser realizado com os espermatozoides no líquido seminal, os serviços de reprodução complementam a investigação com a capacitação espermática. A capacitação retira os espermatozóides do líquido seminal e nos revela quantos, com capacidade de fertilizar os óvulos espontaneamente, conseguimos recuperar do sêmen, para uma técnica de reprodução assistida.

Na vida real, os espermatozoides que conseguem se desprender do líquido seminal e passar pela barreira do muco presente na entrada do útero feminino (cérvice uterina), caem em um meio fluido, sem viscosidade, até o encontro com o óvulo em uma das trompas. Portanto, a capacitação não mostra, de fato, o que poderá estar ocorrendo in vivo, mas, sim, o quanto e como a medicina pode ajudar aquele paciente que já nos chega com o problema de não conseguir engravidar sua parceira, nesse caso, com a ajuda das técnicas de reprodução assistida.

Tempos atrás, por exemplo, o exame do muco cervical, realizado após algumas horas da relação sexual, era utilizado como um das ferramentas para o diagnóstico da infertilidade conjugal. No entanto, este perdeu totalmente sua aplicabilidade por pouco se correlacionar com a história clínica ou as indicações e resultados dos tratamentos.

De toda forma, o estudo é muito interessante e vale a pena conferir o texto a respeito, abaixo.

Por Maria Cecília Cardoso
Embriologista do Centro de Fertilidade da Rede D'Or

Nadando contra a maré

Um estudo mostrou que características do fluido em que os espermatozoides se locomovem determinam seu sucesso na corrida rumo ao óvulo. As conclusões colocam em xeque os resultados dos testes de diagnóstico de fertilidade masculina.

Por: Debora Antunes

Publicado em Ciência Hoje On-line 14/06/2010 | Atualizado em 15/06/2010






















Em um fluido de alta viscosidade, os espermatozoides alteram sua trajetória e deixam de se locomover em linha reta para nadar em círculo (foto: Centro de Matemática Biológica – Univ. de Oxford / Birmingham Women's NHS Foundation Trust).


O que caracteriza um espermatozoide capaz de vencer a corrida até o óvulo? Para responder a essa pergunta, os métodos de diagnóstico de fertilidade masculina usados atualmente analisam fatores como o número de gametas ‘normais’ da amostra analisada, a morfologia de cada um ou o padrão do movimento feito por eles.

Mas uma pesquisa concluiu que os resultados determinados a partir dessas variáveis podem não ser eficazes. O trabalho mostrou que os diagnósticos desconsideram um aspecto muito importante: a viscosidade do fluido em que o espermatozoide se encontra.

O estudo foi realizado pelo grupo de Hermes Gadêlha, um físico-matémático pernambucano de 27 anos que está fazendo doutorado no Centro de Matemática e Biologia da Universidade de Oxford, na Inglaterra.

Os resultados da pesquisa foram publicados nas revistas Cell Motility and the Cytoskeleton e Journal of the Royal Society Interface, e foram também tema de reportagem na revista Science.

A equipe de Gadêlha desenvolveu um espermatozoide ‘virtual’ com base em simulações computacionais feitas com um modelo biomatemático. As simulações levaram em conta características como a interação da célula com o meio circundante, os mecanismos responsáveis pela propulsão do espermatozoide e a complexa geometria do seu flagelo.

O modelo permitiu descrever o movimento realizado pela célula e interpretar dados experimentais como o consumo energético dessas células durante o batimento do seu flagelo. As simulações mostraram que a viscosidade do fluido em que o espermatozoide se locomove influencia seu comportamento.

Hiperativação dos espermatozoides

O estudo permitiu reproduzir nas simulações um tipo de comportamento observado nos espermatozoides reais – uma mudança de sua trajetória retilínea para um movimento circular. Esse fenômeno – chamado de hiperativação – é essencial quando o espermatozoide está prestes a entrar no óvulo.












A ondulação na cauda do espermatozoide mostra um esforço maior do gameta para conseguir manter a trajetória linear (foto: Centro de Matemática Biológica – Univ. de Oxford / Birmingham Women's NHS Foundation Trust).


No momento em que os gametas chegam às trompas de Falópio, o cálcio presente na parede das células das trompas induz a hiperativação e estimula os espermatozoides a nadarem em círculos, pois só assim conseguirão chegar até o óvulo.

A transição para o movimento circular observada nas simulações foi atribuída pela equipe de Gadêlha à resistência viscosa do meio. "Agora, talvez seja necessário rever o conceito de hiperativação, já que a viscosidade do fluido também influencia esse processo", avalia o pesquisador brasileiro.

Para confirmar in vitro os resultados previstos pelo modelo matemático, a equipe de Gadêlha conduziu também testes para observar a locomoção de espermatozoides. Os ensaios foram feitos em um fluido biológico de alta viscosidade, semelhante à do canal vaginal, e em outro tipo de fluido, usado normalmente nos testes de fertilidade masculina, com menor viscosidade.

O resultado confirmou que, em um fluido mais viscoso, o espermatozoide é capaz de mudar sua trajetória e passar a nadar em círculos. Essa característica pode ser interpretada como uma estratégia do organismo feminino para excluir os gametas que não conseguiram manter o ritmo durante a corrida rumo ao óvulo.

Assista a um vídeo que mostra os diferentes padrões de movimento de um espermatozoide.



Testes de fertilidade em xeque

No entanto, o estudo também traz implicações alarmantes. Como a viscosidade do fluido usado para avaliar os espermatozoides nos testes de fertilidade é menor do que a encontrada no canal vaginal, isso pode comprometer os resultados desses testes.

"As substâncias usadas durante exames clínicos são menos espessas e não refletem as condições que o espermatozoide deverá enfrentar até a fecundação", alerta Gadêlha.

O pesquisador brasileiro acredita que esses resultados podem um dia inspirar a construção de microrrobôs capazes de ajudar os espermatozoides a reorientar sua trajetória. "A ideia seria acoplar um filamento elástico com propriedades magnéticas à célula, com o objetivo de reorientar sua trajetória, de curvilínea para linear e vice-versa", vislumbra Gadêlha.

Debora Antunes
Ciência Hoje On-line

Clique para ler a matéria diretamente no site Ciência Hoje.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Mulheres perto de 40 querem congelar óvulos à espera do parceiro ideal, diz estudo

















Matéria da BBC, publicada pela Folha Online, apresenta estudo realizado na Bélgica que conclui: as mulheres estão priorizando suas carreiras e esperando pelo parceiro ideal para engravidar. Para que os planos aconteçam de maneira satisfatória, muitas recorrem ao congelamento de óvulos, para posterior inseminação artificial.

Mulheres perto de 40 querem congelar óvulos à espera do parceiro ideal, diz estudo


da BBC Brasil

Um pequeno estudo feito com 15 pessoas na Bélgica indicou uma tendência entre mulheres perto de completar 40 anos de optarem pelo congelamento de seus óvulos enquanto procuram o parceiro certo.

Um terço das quinze entrevistadas disseram que estavam recorrendo ao congelamento também como uma medida de segurança contra a infertilidade.

Outra pesquisa, feita com 200 estudantes na Grã-Bretanha, revelou que oito em cada dez estudantes de Medicina considerariam fazer o procedimento para poderem se concentrar na carreira antes de decidirem ser mães.

Entre estudantes de Esportes e Educação, a metade disse que consideraria o procedimento.

Os estudos foram apresentados durante uma conferência da European Society of Human Reproduction and Embryology, em Roma, Itália.

O congelamento de óvulos, técnica relativamente recente, permite que uma mulher guarde seus óvulos caso, no futuro, ela tenha de recorrer a um tratamento de fertilização in vitro para engravidar.

As chances de sucesso são melhores entre mulheres jovens e saudáveis, mas a maioria das mulheres utilizando o procedimento hoje tem quase 40 anos e está optando pelo congelamento como "último recurso", segundo cientistas.

Cada tentativa de fazer o congelamento custa em média US$ 4,5 mil (cerca de R$ 8 mil) e algumas mulheres precisam fazer três ciclos de forma a preservar um bom número de óvulos.

Em sua apresentação durante a conferência, Julie Nekkebroeck, responsável pelo estudo belga do qual participaram 15 mulheres, disse que 27% das entrevistadas declararam que gostariam de esperar que seus relacionamentos se consolidassem antes falar em ter filhos.

As mulheres, que tinham idade média em torno de 38 anos, não esperavam usar os óvulos antes de chegarem aos 43 anos e afirmaram saber que precisavam fazer o procedimento enquanto estavam férteis e saudáveis.

"Elas tinham tido parceiros no passado, uma estava em um relacionamento, mas não realizaram o desejo de ter um filho porque achavam que não haviam encontrado o homem certo", disse Nekkebroeck.

Carreira

Apresentando o estudo britânico durante a mesma conferência, a médica Srilatha Gorthi, do Leeds Centre for Reproductive Medicine, na cidade de Leeds, Inglaterra, disse que é a primeira vez que opiniões de mulheres jovens em relação à questão da fertilidade são examinadas desta forma.

Gorthi disse que as estudantes de Medicina citaram a carreira como justificativa mais comum para considerarem o congelamento, outras estudantes estavam mais preocupadas com a estabilidade financeira.

A pesquisadora acrescentou que a sociedade precisa oferecer mais apoio às mulheres jovens para que possam começar a família quando estão prontas, sem ter de comprometer suas carreiras.

"Mulheres que pensam em passar por esse procedimento precisam receber informações precisas e aconselhamento quanto aos benefícios e limitações do congelamento em comparação com outras opções", disse.

A porta-voz da entidade britânica de apoio a pessoas afetadas pela infertilidade Infertility Network UK, Clare Lewis-Jones, disse que é extremamente importante que as pessoas se conscientizem dos efeitos da idade sobre sua fertilidade.

"Muitas mulheres agora optam por adiar o momento de ter filhos e, embora devam ser apoiadas nessa escolha, precisam saber dos problemas potenciais que podem enfrentar quando decidirem ser mães".

"A idade tem um impacto sobre a fertilidade dos homens também e quando elas encontrarem o parceiro ideal, podem descobrir que ele tem problemas".

"Elas também precisam estar conscientes de que tratamentos para fertilidade não têm garantia de sucesso", afirmou.

Veja o estudo no site da Folha Online.