segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Entrevista para a Rádio CBN de São Paulo

Por ocasião do dia do combate ao fumo (29 de agosto), a rádio CBN de São Paulo realizou uma série de entrevistas com especialistas sobre os males desse hábito tão devastador para a saúde. A Dra. Maria cecília Erthal falou sobre como o fumo pode afetar a saúde e fertilidade da mulher.

Clique no ícone para ouvir:

Entrevista sobre infertilidade do casal - Rádio MEC

Ouça entrevista da Dra. Maria Cecília Erthal sobre infertilidade conjugal e técnicas de fertilização assistida para a rádio MEC, do Rio de Janeiro, realizada em 4 de agosto de 2009.



quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O sonho de ser pai apesar da vasectomia - Matéria do jornal RJ Acontece, da Band

Matéria da Band de 7 de agosto de 2009 conta uma história diferente em homenagem ao Dia dos Pais. Depois de dois filhos e três netos, o arquiteto e artista plástico Douglas Milne-Jones, de 62 anos, jamais poderia imaginar que a cirurgia de vasectomia, feita há 30 anos, seria um empecilho em sua vida. Porém, o segundo casamento, com uma mulher bem mais jovem, reavivou seu desejo esquecido de ser pai mais uma vez.

Dra. Maria Cecília Erthal, diretora-médica do Centro de Fertilidade da Rede D'Or, participou da matéria explicando como as técnicas de fertilização assistida podem ajudar homens que já realizaram, ou pensam nessa opção de esterilização.


segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Congelamento de óvulos - técnica ainda polêmica avança e mulheres passam a poder postergar a gravidez


Matéria do jornal O Tempo (MG) deste domingo traz matéria muito interessante sobre o congelamento de óvulos, com alerta de especialistas para o perigo da banalização e uso inadequado do procedimento.

Veja aqui a matéria de O Tempo completa.

O enfoque dado à questão foi bastante claro e interessante. Como bem exposto, o congelamento de óvulos costuma apresentar menores taxas de sucesso de gravidez que o congelamento de embriões, por isso, se deu preferência à segunda opção. Contudo, por conta da polêmica sobre os embriões excedentes do tratamento de reprodução assistida e o que é ético em relação ao seu destino, a questão sempre foi acompanhada por muitos questionamentos.

No Brasil, em 2008, o Supremo Tribunal Federal liberou a utilização desses embriões em pesquisas com células-tronco, finalidade nobre e que promete ajudar muitas pessoas num futuro não tão distante. Porém, devido à controvérsia que envolve a utilização de células embrionárias, alguns países não permitem seu congelamento, o que forçou os cientistas a aprimorarem as técnicas de congelamento de óvulos. Isso permitiu, em primeiro lugar, que mulheres com a fertilidade ameaçada, como no caso de tratamentos quimioterápicos, ou outros problemas de saúde, pudessem preservar sua fertilidade.

fonte: O Tempo - MG


A técnica avançou e também vem sendo utilizada como um modo de postergar a gravidez. Contudo, apesar de todos os avanços, essa ainda não é uma técnica infalível para tal finalidade. O número de óvulos disponível é limitado e, eventualmente, estes podem não ser suficientes para se obter uma gravidez. Ou seja, apoiar todo um planejamento de vida em cima da tecnologia pode ser uma decisão arriscada.

A melhor recomendação para as mulheres que não querem engravidar por questões profissionais é que elas pensem cuidadosamente sobre os empecilhos para escolher a hora certa de engravidar. De nada adianta ter uma vida profissional plena se a pessoal não se sente plena. Dentro da minha experiência profissional, o que percebo é que a melhor hora para engravidar costuma mesmo ser o momento em que a mulher se pergunta sobre isso.

De qualquer forma, o sucesso da criopreservação de óvulos veio como um alento para igualar um pouco mais as mulheres aos homens. Picasso foi pai aos 70 anos. E quem somos nós para dizer que isso é certo ou errado para as mulheres? A sociedade é que vai ditar as regras conforme for ocorrendo o avanço da ciência."

fonte: O Tempo - MG














Por Dr. Cassio Sartorio
Ginecologista especialista em reprodução humana assistida

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

DST atingem 13% dos brasileiros e estão entre as causas de infertilidade em homens e mulheres




Em matéria da Folha de São Paulo desta semana, ficamos sabendo que pesquisa do Ministério da Saúde com 8.000 pessoas, de 15 a 64 anos revela que cerca 13% dos brasileiros com vida sexual ativa já tiveram doenças sexualmente transmissíveis (DST), sendo que parte significativa deles nem ao menos se trata. O que pouca gente sabe é que fora a Aids, que é bastante temida por todos, algumas dessas doenças são realmente sérias e podem levar à infertilidade e até a casos de câncer.


Mas apesar do número assustador de mais de 10 milhões e infectados no pais, é engraçado ver como as coisas mudam... Lembro-me claramente de quando comecei a exercer a medicina. Na época, atendia pacientes idosos e naquelas perguntas de rotina, quando os questionava sobre se já haviam tido alguma DST, eles enchiam o peito e falavam com muito orgulho: “Ih, doutor! Já tive sífilis umas quatro vezes e gonorréia umas três.” Isso talvez porque, para aquela geração, isso era o correspondente de "pegador" para os jovens de hoje.

Mais tarde, quando passei a exercer a função de médico militar, atendia os recrutas com gonorréia e esses já chegavam mais cabisbaixos, porque sabiam que aquilo era sinônimo que eles tinham feito burrada. Como não tinham usado preservativo, a chance de ter outra DST associada era alta e o que mais lhes preocupava era a AIDS.

Esses relatos só servem para exemplificar o que o Ministério da saúde vem notando ao longo do tempo: o número de casos de DST entre a geração acima dos 60 anos tem tido um aumento significativo. Esse grupo não teve acesso ao mesmo tipo de ações de prevenção que os jovens e, portanto, não foi tão estimulado a usar a camisinha, algo que o governo vem tentando mudar.

Outro fato alarmante é a atitude despreocupada de muitos adolescentes. Com o avanço das terapias, o HIV tem se tornado uma doença crônica, com sobrevida longa e, com isso, o impacto que a doença causa tem diminuído. Isso leva a uma diminuição dos cuidados em relação ao uso de preservativo nessa faixa etária, outra situação que as campanhas públicas têm procurado sanar.

Felizmente, a maior parte das DST tem tratamento curativo e, quando descobertas precocemente, não costumam deixar sequelas. O problema é que algumas são silenciosas, não causando sintomas e, por isso, só são descobertas tardiamente.

É o caso da Chlamydia, cuja sequela bastante comum é a obstrução tubária feminina, que leva à infertilidade. Já no homem, pode levar à inflamação da uretra e, mais raramente, à inflamação testicular.

O melhor jeito para se descobrir se, por acaso, você se contaminou numa relação desprotegida é procurando seu médico. Mas lembre-se: o melhor é sempre se prevenir das DST usando preservativo.

E, já que falei tanto do Ministério da Saúde, vou fazer mais uma propaganda para ele (só que tem de ser cantada o ano todo!):

Bota a Camisinha

Bota a camisinha
Bota meu amor
Que hoje tá chovendo
Não vai fazer calor

Bota a camisinha no pescoço
Bota geral
Não quero ver ninguém
Sem camisinha
Prá não se machucar
No Carnaval...

Por Dr. Cassio Sartorio
Ginecologista da equipe do Centro de Fertilidade da Rede D’Or

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O que significa a palavra infertilidade?








Aproximadamente, cerca de 80 a 85% dos casais que estão tentando ter filhos vão conseguir atingir seu objetivo dentro de um ano. Por isso, a infertilidade conjugal é comumente definida pela incapacidade de se obter uma gravidez após 12 meses de relações sexuais sem contracepção. Entretanto, certos pacientes podem reconhecer fatores que, por si só, podem levar à infertilidade e, para estes, esperar por tanto tempo para buscar ajuda, não faz o menor sentido.

Por exemplo: mulheres com ciclos menstruais extremamente irregulares, histórico de endometriose severa, histórico de gestação tubária, ou que saibam de outros fatores anatômicos que claramente possam diminuir sua fertilidade devem procurar seus ginecologistas.

Os casais também devem ser incentivados a procurar um especialista em fertilidade quando a mulher tem mais de 35 anos e já tentam engravidar há mais de seis meses sem sucesso.

Outro problema delicado e que indica que cuidados especiais devem ser tomados é o aborto recorrente. Algumas mulheres, infelizmente, só conseguem levar a gravidez a termo após passarem por algumas perdas. Esse problema representa um aspecto especial dentro da reprodução humana e essas pacientes também necessitam da avaliação de um especialista em fertilidade.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Entrevista da Dra. Maria Cecília Erthal no Sem Censura

Entrevista da Dra. Maria Cecília Erthal, diretora-médica do Centro de Fertilidade da Rede D'Or, à jornalista Leda Nagle, sobre congelamento de óvulos. O programa Sem Censura, da TV Brasil, foi exibido no dia 20 de julho de 2009.

Parte 1



Parte 2



Parte 3



Parte 4



Parte 5

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Fotos do evento Dia dos (Futuros) Papais





Auditório do Hospital Barra D'Or lotado.




Dra. Maria Cecília Erthal, diretora-clínica do Centro de Fertilidade, fala sobre fertilidade conjugal.




Dra. Maria Helena Nicola, da Cryopraxis, fala sobre congelamento de sangue de cordão umbilical.




Dra. Maria Cecília agradece a presença de todos.

Clique aqui para ver todas as fotos.



segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Grã-Bretanha amplia o direito de mulheres homossexuais que desejam recorrer a técnicas de fertilização

















A sociedade tem se espantado com a rapidez e profundidade com que o progresso da ciência e da cultura tem provocado mudanças na estrutura familiar. Não só o indivíduo como também a legislação civil e médica têm sido desafiadas a se adaptar a tamanhas transformações. A reprodução humana assistida é uma das grandes responsáveis por boa parte dessa revolução e a cada dia são divulgados avanços significativos na área. Os novos modelos de família, por sua vez, são resultado do aumento da liberdade pessoal combinado a técnicas mais e mais refinadas. É nesse cenário que nos chegam novidades como o Decreto de Embriologia e Fertilização Humana 2008, que entra em vigor em 1° de outubro deste ano no Reino Unido.

Aliando o aspecto médico ao jurídico, o "Human Fertilisation and Embryology Act 2008" (Decreto de Embriologia e Fertilização Humana 2008) representa um passo importante para mulheres com orientação homossexual, pois indica um avanço em direção ao fim da discriminação que ainda existe em relação a esse grupo. Matéria publicada no site brasileiro Maringay - clique aqui para ler, mostra que na Inglaterra, além da mudança na legislação, uma ONG de direitos humanos pretende ampliar o conhecimento das mulheres a respeito de seus direitos por meio de uma cartilha.

A nova lei remove a “necessidade de um pai” nos tratamentos de fertilização e, em seu lugar, indica a necessidade de um “suporte parental”. Isso significa que não só pelo aspeto médico, mas também em termos jurídicos, ambas as mulheres são consideradas mães. Ou seja, quando um casal de mulheres tiver um filho, a mãe não-genitora não terá mais que adotar a criança para ser admitida como a outra responsável legal na certidão de nascimento. O direito será automático para casais com parceria civil.

No Brasil, a questão ainda pode ser considerada confusa. No que se refere ao sistema de saúde, pode-se afirmar que a liberdade é maior do que no aspecto legal, uma vez que o Conselho Federal de Medicina (CFM) já não obriga a existência de "um pai".

No parágrafo referente ao consentimento informado, o CFM orienta: "O documento de consentimento informado será em formulário especial e estará completo com a concordância, por escrito, da paciente, ou do casal infértil." Já no que diz respeito aos usuários das técnicas de reprodução assistida, o CFM diz: "1 - Toda mulher, capaz nos termos da lei, que tenha solicitado e cuja indicação não se afaste dos limites desta Resolução, pode ser receptora das técnicas de reprodução assistida, desde que tenha concordado de maneira livre e consciente em documento de consentimento informado; 2 - Estando casada ou em união estável, será necessária a aprovação do cônjuge ou do companheiro, após processo semelhante de consentimento informado."

Contudo, no âmbito jurídico ainda existem limitações. Diferentemente da Inglaterra, ainda não é preciso recorrer à adoção para que as companheiras sejam ambas reconhecidas como responsáveis legais pelos filhos, importante, principalmente, para o conforto e segurança das próprias crianças.

Maria Cecília de Almeida Cardoso
Embriologista do Centro de Fertilidade da Rede D’Or

Nosso evento foi um sucesso!

Muito obrigado a todos que compareceram às palestras em homenagem ao Dia dos Pais. O nosso Dia dos (Futuros) Papais foi um grande sucesso e contou com a presença de mais de 80 pessoas, que puderam tirar suas dúvidas sobre fertilidade conjugal e congelamento de sangue de cordão umbilical.

Agradecemos também o apoio fundamental da Cryopraxis - Criobiologia, que não só esteve todo o tempo ao nosso lado na organização do evento, como enviou sua coordenadora de Pesquisa & Desenvolvimento, Dra. Maria Helena Nicola, para falar sobre o tema "Célula-tronco adulta e congelamento do sangue de cordão umbilical", além de esclarecer as dúvidas da platéia sobre esse tema tão importante.

Em breve, aqui, as fotos do evento.