quarta-feira, 28 de maio de 2014

Tomate pode aumentar a fertilidade dos homens em até 70%


O nutriente chave que dá aos tomates a coloração vermelha e brilhante pode aumentar a fertilidade dos homens. Essa foi a surpreendente constatação apontada por um novo estudo publicado pela Clínica Cleveland de Medicina Reprodutiva, em Ohio, nos EUA. A pesquisa mostra que o licopeno - sustância responsável por dar brilho e coloração ao fruto - pode aumentar a contagem de esperma em até 70%.

O trabalho é fruto de uma revisão de 12 estudos anteriores. Todos eles mostraram que além de aumentar a produção, o licopeno permite mais velocidade e reduz o número de espermatozoides anormais.

Ashok Agarwal, diretor da Clínica Cleveland, disse que a avaliação apontou que, de modo geral, todos os estudos indicaram que o licopeno beneficiou os órgãos reprodutores masculinos. Para fortalecer a tese, sua equipe já começou um ensaio com suplementos formados pela substância para homens com infertilidade inexplicada. Os resultados serão anunciados nos próximos anos.

A indicação da Clínica Cleveland tem sido bem recebida por especialistas da Grã-Bretanha. Simon Fishel, cofundador da primeira clínica de fertilização in vitro do mundo, em Cambridgeshire, disse que há trabalhos no país que também mostram que o licopeno reduz os danos ao esperma.

- Em alguns casos, a substância leva a uma redução da taxa de espermatozoides danificados. Em outros, promove uma melhora no movimento dos espermatozoides. A grande dificuldade agora é provar, nas próximas etapas do estudo, que a ingestão da substância aumenta as taxas de gravidez. Precisamos de um grande estudo para isso - apontou Fishel ao jornal britânico “Daily Mail”.

Outros estudos já realizados com o licopeno indicam novos grandes benefícios da substância. Entre eles, está a possibilidade de retardar ou mesmo barrar o avanço do câncer de próstata.

Confira a matéria no O Globo Online

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Químicos presentes em pasta de dente, protetor solar e sabonete podem causar infertilidade


Produtos químicos encontrados em itens de uso cotidiano, como pasta de dente, sabonete e protetor solar, além de brinquedos de plástico, estão causando infertilidade em homens, aponta uma nova pesquisa da Universidade de Copenhague, na Dinamarca. Eles alterariam padrões de comportamento dos espermatozoides e dificultariam sua penetração no óvulo.

Os cientistas sustentam que esse foi o primeiro estudo a comprovar o efeito de substâncias artificiais na fertilidade masculina. Segundo eles, um em cada três produtos químicos encontrados em itens de uso doméstico afetam o comportamento dos espermatozoides.

— Pela primeira vez conseguimos mostrar uma ligação direta entre a exposição aos desreguladores endócrinos de produtos industriais e os efeitos adversos na função do espermatozoide humano — disse Niels Skakkebaek, professor do hospital da Universidade de Copenhague, ao “Independent”.

O estudo mostra que, ao serem expostos aos produtos, os espermatozoides apresentam menor potência de nado e antecipam a liberação de uma enzima necessária para sua penetração no óvulo. Os cientistas acreditam também terem conseguido mostrar que existe um “efeito coquetel”, quando várias substâncias trabalharam juntas para afetar a fertilidade.

— Na minha opinião, os nossos resultados mostram claramente que devemos nos preocupar, já que alguns desreguladores endócrinos são possivelmente mais perigosos do que se pensava anteriormente. No entanto, vamos ver em estudos clínicos futuros se os nossos resultados podem explicar a redução da fertilidade em casais, muito comum na sociedade moderna.

Em artigo publicado na revista da Organização Europeia de Biologia Molecular (Embo, na sigla em inglês), Skakkebaek afirma ter desenvolvido uma nova maneira de testar o impacto desses produtos químicos no esperma humano. Segundo ele, isso vai permitir que as autoridades regulatórias decidam quando proibir ou restringir o uso de determinados produtos.

A pesquisa foi parte de uma investigação mais ampla sobre os chamados desreguladores endócrinos, produtos químicos que há vários anos têm sido associados com a diminuição do número de espermatozoides e a infertilidade masculina.

Cerca de 30 dos 96 produtos químicos encontrados em manufaturados de uso doméstico apresentaram efeito direto sobre uma proteína do espermatozoide, que controla a sua capacidade motora e a liberação da enzima que auxilia a sua penetração no óvulo.

— Em fluidos do corpo humano, não se encontra alguns poucos produtos químicos particulares, mas um coquetel de químicos bastante complexo, com muitas substâncias de desregulação endócrina diferentes e em concentrações muito baixas. Nós tentamos imitar essa situação em nossas experiências — contou Timo Strünker, outro autor da pesquisa. — Quando misturados os produtos do coquetel, apesar da concentração extremamente baixa de seus ingredientes, provoca grandes e consideráveis respostas ​​no esperma. Assim, as misturas (químicas) complexas cooperam para interferir na função do esperma. Isto não havia sido mostrado anteriormente.

Alguns pesquisadores acreditam que esses produtos químicos imitam o hormônio sexual feminino, estrogênio, ou, em alguns casos, inibem o androgênio, um dos hormônios sexuais masculinos.

Os desreguladores endócrinos são consumidos em larga escala ao redor do mundo, seja pela ingestão de alimentos e bebidas contaminados com eles ou pela absorção através da pele, no caso do protetor solar e do sabão.

Confira a matéria no Globo on line

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Cientistas revelam segredo que faz óvulo atrair espermatozoide


O elemento-chave do óvulo, que permite ao espermatozoide reconhecê-lo e fixar-se a ele na primeira etapa da fecundação, foi identificado ao final de uma dezena de anos de pesquisas, segundo estudos publicados na revista científica Nature.

Esta descoberta pode levar a uma melhora nos tratamentos de infertilidade ou ao desenvolvimento de novos anticoncepcionais, afirmam os cientistas.

Para que haja fecundação, é preciso que óvulo e espermatozoide se acoplem.

Este reconhecimento recíproco e sua capacidade de se prenderem um ao outro, primeiro passo para a sua fusão e formação do embrião, depende da presença de proteínas e de sua interação.

Cientistas japoneses descobriram em 2005 a proteína que faz este papel no espermatozoide, denominada Izumo (em alusão a um santuário japonês que celebra o casamento), mas sua equivalente no óvulo permanecia um mistério, que acaba de ser desvendado. 

Pesquisadores do Wellcome Trust Sanger, na Grã-Bretanha, anunciaram a descoberta da proteína situada na membrana do óvulo, apelidada de Juno em inglês, em homenagem à deusa da fertilidade.

Camundongos machos, cujos espermatozoides careciam de Izumo, são inférteis.

Segundo o estudo de Gavin Wright e seus colegas, as fêmeas destituídas da proteína receptora Juno também são estéreis e seus óvulos deficientes, incapazes de se fundir com o espermatozoide normal para formar um ovo. As observações indicam que a interação entre Juno e Izumo é essencial para a fecundação normal entre os mamíferos.

Os pesquisadores sugerem, ainda, que a proteína Juno, que desaparece rapidamente após a acoplagem, desempenha um papel no bloqueio que evita a fusão com um espermatozoide suplementar.

"Como outros avanços na biologia, esta descoberta levanta questões e abre novas pistas", revelou o especialista Paul Wassarman, da Escola de Medicina Monte Sinai, em Nova York, em um editorial da revista. Ele afirmou que falta determinar o papel eventual da falha de funcionamento da proteína na infertilidade feminina.

Segundo Wassarman, a proteína Izumo revelou ser uma boa candidata para o desenvolvimento de uma vacina contraceptiva. Mas acrescentou que o conhecimento detalhado da estrutura tridimensional do complexo formado por Juno e Izumo facilitará a preparação de pequenas moléculas que podem vir a impedir sua acoplagem no desenvolvimento de um anticoncepcional.

Confira a matéria no site D24 am