quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Tratamento evita transmissão de doenças genéticas para os filhos


A história de desafio e superação do casal Paula e André em busca da realização do sonho de ter filhos foi mostrada essa semana no telejornal Bom dia Brasil (TV Globo).

Ele é portador de uma anomalia genética que pode causar a morte do bebê e o drama do casal era evitar que ele adquirisse a enfermidade. Foi aí que a ciência entrou em cena, contribuindo para o nascimento de Helena, uma linda menina que está livre de uma doença grave graças aos avanços da Medicina.

Confira a matéria na íntegra, no site do Bom dia Brasil 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Você sabe o que é o diagnóstico genético pré-implantacional ou PGD?


Muitos são os motivos que levam um casal a buscar técnicas de fertilização assistida. O mais comum é a dificuldade de engravidar, que pode acontecer por conta de alguma disfunção fisiológica da mulher ou do homem. Mas, o que pouca gente sabe é que a preocupação com doenças genéticas – seja por incidência de casos na família ou por gravidez tardia - é também motivo para recorrer a tratamentos e submeter os embriões do casal a uma avaliação genética antes da implantação. O diagnóstico genético pré-implantacional (PGD) é um tipo de biópsia feita nos embriões, para o rastreamento de doenças genéticas e anomalias cromossômicas, que aumenta o sucesso em uma gravidez assistida.

O estudo dos embriões pelo PGD permite que seja feita uma seleção prévia, possibilitando que somente embriões aptos sejam implantados no útero da mulher. Com o Diagnóstico Genético Pré-Implantacional, ou seja, com a biópsia dos embriões para saber quais são os geneticamente mais saudáveis antes de se implantá-los no útero, as chances de sucesso de gravidez aumentam muito, porque os embriões, sendo normais, têm uma probabilidade muito maior de se desenvolver. Além disso, também é possível evitar que sejam implantados embriões com “defeitos” no DNA, capazes, por exemplo, de resultar em fetos com problemas de má formação.

São três as aplicações do PGD: em embriões fecundados com óvulos de mulheres acima de 40 anos, já que a partir desta faixa etária os óvulos começam a ficar velhos e a terem mais propensão a desenvolver algumas anomalias cromossômicas; para detectar doenças que se manifestam em apenas um sexo; e na investigação de enfermidades que atingem apenas um único gene.

O diagnóstico genético pré-implantacional antevê algumas doenças genéticas e anomalias nas células, porém não detecta todas as doenças e alterações. Além disso, o material recolhido para estudo é muito pequeno, o que impossibilita a realização de uma pesquisa mais abrangente. Mas o casal deve ter em mente que há limitações.

As restrições para a descoberta de doenças por meio do PGD existem porque só se pode diagnosticar o que é pesquisado. Enfermidades genéticas específicas só são estudadas quando pesquisadas por algum outro motivo, por exemplo, histórico da doença na família. Nesse caso analisa-se diretamente o cromossomo que é atingido pelo mal. Já em mulheres acima de 40 anos, só as anomalias cromossômicas que estão incluídas no painel básico (cromossomas 13, 18, 21, X, Y), são estudadas.

O PGD é feito nos embriões em até 48h depois da fecundação, quando eles têm cerca de seis a oito células. Apenas uma célula é retirada para análise e sua ausência não afeta o desenvolvimento do bebê. Dois procedimentos são possíveis para a análise dos embriões, o FISH (fluorescent "in situ" hibridization) ou o PCR (Polymerase Chain Reaction).

O FISH é utilizado para detectar alterações cromossômicas numéricas, como as ocorridas nos casos de Síndrome de Down ou translocações, quando há uma quebra no cromossomo. Já o PCR é utilizado para rastrear doenças monogênicas (fibrose cística, atrofia espinhal, distrofia muscular, doença de von Hippel-Lindal, rim policístico e outras).

É importante salientar ainda que são dois processos distintos: a fertilização in vitro e os processos de análise dos embriões pré-implantação, feitos por equipes de profissionais diferentes. A fertilização in vitro é realizada por especialistas em fertilização, e somente depois que os embriões atingem a média de células necessárias é que outro grupo de especialistas, geneticistas, entra em cena para a realização do diagnóstico pré-implantacional.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Cremes de bronzeamento podem causar infertilidade


Um coquetel de ingredientes de cremes de bronzeamento inclui substâncias tóxicas e cancerígenas, como formaldeído e nitrosaminas. Além disso, especialistas alertam que as fórmulas podem causar infertilidade e que as mulheres grávidas passam a sofrer um maior risco de defeitos congênitos. As informações foram publicadas no Daily Mail.

Ingredientes presentes em alguns cremes de bronzeamento, como tartrazina, também podem causar preocupação para alérgicos se o produto for utilizado durante muito tempo. Outros produtos químicos encontrados nos cremes incluem o dióxido de enxofre e benzofenona-3, uma substância química que imita o efeito do estrogênio, entre outros.

Elizabeth Salter-Green, da UK Charity Chem Trust, disse ao The Sun que produtos químicos nos cremes são tóxicos para os sistemas reprodutivos e podem prejudicar o feto. Jacqueline McGlad, diretora-executiva da European Environment Agency, acrescentou que seria prudente ter uma abordagem preventiva a muitos desses produtos químicos até que seus efeitos fossem mais plenamente compreendidos. Ela também destacou que o uso poderia estar ligado ao aumento significativo de cânceres, diabetes e níveis de fecundidade.

Acredita-se que um terço das mulheres e um em cada dez homens usam o produto regularmente, além de ser queridinho entre as celebridades, incluindo estrelas como Katie Price e Chloe Sims.

A maior parte dos produtos usa dihidroxiacetona (DHA), que reage com aminoácidos na pele, deixando-a mais escura. Muitas empresas de cosméticos utilizam ingredientes potencialmente prejudiciais porque eles são baratos e fáceis de serem aplicados à fórmula, de acordo com o jornal.

Leia a matéria no portal Terra

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Consumo de proteína animal aumenta risco de infertilidade


Mulheres com uma alimentação diária composta por pelo menos 5% de proteínas vegetais têm muito mais chances de engravidarem do que as que consomem basicamente proteínas de origem animal (carnes, leites, queijos, manteiga) em suas refeições. Parece pouco, mas aumentar o consumo de legumes, sementes, castanhas e cereais aumenta em até 50% a chance de a gravidez ocorrer. E, pensando no que se come todo dia, não é tão difícil assim – um pedaço menor de carne e um punhado a mais de legumes e de cereais (lentilhas, grão de bico…) na hora do almoço já ajuda.

A constatação, preciosa para quem está se preparando para engravidar, é de um estudo da Universidade do Arizona com 18 mil mulheres e fez parte de um grande debate ocorrido este ano em Nova York com os maiores especialistas em nutrição e saúde das universidades americanas – e não faltaram dados interessantes que comprovem essa relação (vamos falar muito delas por aqui ainda). A apresentação desse trabalho ficou por conta da professora de Saúde Pública da instituição, Victoria Maizes. E, ainda não se sabe o motivo exato, mas a diferença na alimentação é mais significativa em mulheres com mais de 32 anos.

O estudo mostrou também que o consumo de gordura trans (usada ainda em alguns biscoitos, tortas prontas, molhos de saladas, salgadinhos) interfere na ovulação, concepção e no desenvolvimento embrionário – mulheres com dietas ricas nesse tipo de gordura têm um risco 73% maior de terem problemas de infertilidade – isso ocorre porque esse tipo de gordura aumenta os processos inflamatórios no organismo, o que prejudica a ovulação (além de interferir em uma série de outras funções do corpo, mas isso é assunto pra outro post).

Em resumo, o que comemos influencia o modo como nosso corpo funciona – e afeta nossa saúde, nosso humor, nossa disposição e, como o estudo mostra, a também a fertilidade. Um cuidado maior com o que a gente compra no supermercado e leva pra casa não é tão difícil – e há muitas informações por aí para ajudar a fazer as escolhas mais racionais e conscientes.

Assim como não é tão complexo, nem precisa ser tão radical, adotar mudanças cotidianas que ajudem a evitar problemas no futuro – e prestar mais atenção no que fazemos e deixamos de fazer todos os dias.

Veja a matéria no blog do Estadão

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Filhos entre primos: uma escolha arriscada?


A preocupação de primos que querem ter filhos tem razão de ser, pois, a consanguinidade está associada a um aumento significativo do risco de aparecimento de alguma doença autossômica recessiva no feto. Uma gravidez entre primos pode realmente aumentar o risco de originar crianças com problemas genéticos.

Mas, apesar dos riscos, os casais de primos podem sim reduzir as chances de problemas futuros. Saiba como, conferindo o artigo da Dra. Maria Cecília Erthal, especialista em Reprodução Humana Assistida e diretora-médica do Vida - Centro de Fertilidade da Rede D'Or, publicado no blog Personal Bebê: http://tinyurl.com/b4fphjz

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Participe do Simpósio de Oncofertilidade

Se você é profissional da área médica e tem interesse no tema fertilidade, participe do I Simpósio de Oncofertilidade, que acontece no próximo dia 24 de novembro (sábado), no Hotel Windsor Barra, no Rio de Janeiro. 

Voltado para especialmente para ginecologistas, urologistas, mastologistas e oncologistas, o Simpósio de Oncofertilidade vai trazer palestras de especialistas para discutir diversos aspectos do tema preservação da fertilidade em pacientes com câncer.

Conheça a programação:




quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Célula-tronco pode beneficiar reprodução humana


Ainda em caráter experimental, as pesquisas com células-tronco prometem grandes avanços em muitas áreas da medicina. A reprodução humana não fica para trás. Para o médico australiano Alan Trounson, um dos pioneiros das técnicas de fertilização in vitro (FIV), as células-tronco podem mudar a maneira com que a reprodução humana é vista hoje. Ele esteve no Brasil em agosto para falar sobre o assunto no 16º Congresso de Reprodução Assistida, realizado no Guarujá (SP).

Alan foi o responsável pelo primeiro bebê de proveta da Austrália, em 1980. Desde então, seus estudos em reprodução humana contribuíram para aprimorar as técnicas utilizadas. Sua equipe gerou a primeira criança nascida de congelamento de embriões e foi pioneira no uso com sucesso de drogas de indução ovulatória nos tratamentos de FIV.

Para ele, muitas técnicas desenvolvidas desde que começou a estudar reprodução humana melhoraram o tratamento, como a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) e o diagnóstico pré-implantacional do embrião. Alan acredita também que o número de 5 milhões de bebês nascidos por FIV no mundo desde que a técnica passou a ser utilizada continuará crescendo rapidamente. "Em alguns países, 4% dos bebês são provenientes de FIV", diz.

Ele também considera importante o desenvolvimento de pesquisas com células-tronco embrionárias, que estuda desde 1998. Ele mudou sua linha de pesquisa devido a seu interesse na busca da cura para diferentes doenças, como HIV, diabetes e Parkinson. Hoje é presidente do Instituto de Medicina Regenerativa da Califórnia, nos Estados Unidos. O instituto recebeu neste ano US$ 150 milhões para realizar pesquisas com células-tronco e levar estudos à fase de testes clínicos.

Embora Alan não tenha como foco de suas pesquisas a reprodução humana, ele não descarta a importância das células-tronco nessa área. "No futuro, será possível produzir espermatozoides ou óvulos a partir de muitas células. O resultado vai ser mais efetivo, utilizando células do cordão umbilical, que são mais jovens", afirmou ao Terra em entrevista por e-mail.

Lado ético 

Embora liberados no Brasil desde 2008 e em muitos outros países, os estudos com células-tronco embrionárias ainda levantam discussões éticas. "Nós temos observado uma preferência pela utilização das células-tronco adultas e não as embrionárias, até porque consideramos o embrião uma vida, o que envolve toda uma questão de proteção e cuidado", Paulo Taitson, professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e especialista em bioética e reprodução humana.

Para ele, os outros tipos de células-tronco seriam melhores. "Sob o aspecto científico, as pesquisas com células-tronco adultas têm dado resultados muito melhores com uma perspectiva mais adequada. Acreditamos que possam preencher toda a demanda", afirma.

Alan acredita que a sociedade deve aceitar e estimular a utilização das células-tronco em geral. "Os 5 milhões de bebês pós-FIV significam uma boa medicina. A mesma medicina poderá ajudar milhões de pessoas por meio das células-tronco. Boa medicina, baseada em evidências", afirma.

Confira a matéria no portal Terra

Imagem: Thinkstock

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Doação de óvulos - um gesto de amor


A doação de óvulos é uma importante opção para as mulheres que, por diferentes motivos, têm dificuldades para produzir essas células e, com isso, de gerar uma gestação. Por isso, a doação é considerada um gesto de amor.

Confira o artigo da Dra. Maria Cecília Erthal, especialista em Reprodução Humana Assistida e diretora-médica do Vida - Centro de Fertilidade da Rede D'Or, sobre o assunto, publicado no blog Personal Bebê: http://tinyurl.com/bmv5925

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Excesso de peso do homem compromete o desenvolvimento do bebê na gestação

Você é homem, está acima do peso, mas pensa em ter filhos? De acordo com pesquisadores australianos, é bom começar a perder a barriga antes de ser pai. Isso porque o excesso de peso nos homens pode atrapalhar o desenvolvimento do bebê durante a gestação. Entenda mais na entrevista que o Dr. Paulo Gallo concedeu à revista Crescer.



quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Vida presta homenagem aos futuros pais no dia deles



O tradicional evento que o Vida - Centro de Fertilidade da Rede Dor realizou no dia 18 de agosto, em homenagem ao Dia dos (Futuros) Papais, encheu a sede da clínica, na Barra. Mais de 100 moradores da região e de outras partes do estado foram conferir de perto os depoimentos emocionantes de casais que superaram a infertilidade masculina e trocar experiências, além de tirar dúvidas em palestras com especialistas em reprodução humana, urologia e psicoterapia.

O diretor-médico da clínica, Paulo Gallo, apresentou o papel do homem na infertilidade conjugal e falou sobre como o casal pode resolver esse problema. O urologista Antonio Tavares esclareceu os principais problemas e dúvidas relacionadas à saúde do homem e os tratamentos disponíveis para cada um deles. Já a psicoterapeuta Soraya Deminicis abordou o tabu envolto pelo tema e citou exemplos de como o preconceito dificulta a busca pelo tratamento.

Confira as fotos do evento

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Inscreva-se no Dia dos (Futuros) Papais!

Como já é tradição, todo mês de agosto, o Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or presta uma homenagem aos pais, homens e mulheres que sonham com a paternidade com um evento especial dedicado a eles, o Dia dos (Futuros) Papais. O encontro gratuito acontece no dia 18 de agosto - sábado - a partir das 10h, no Auditório do MD.X Barra Medical Center.


O diretor-médico da clínica e especialista em Reprodução Assistida, Dr. Paulo Gallo, irá abordar o papel do homem na infertilidade conjugal, como as técnicas mais modernas da Medicina Reprodutiva podem ajudar e falar de como este é um problema que pode e deve ser resolvido pelo casal.

Já com o enfoque na solução de problemas de fertilidade, o Dr. Antonio Tavaresurologista da equipe do Vida, vai esclarecer dúvidas sobre os principais problemas de saúde do homem e como tratá-los.

E o mito da infertilidade, tema e
nvolto em um tabu que ainda permeia o universo masculino, será tratado na palestra da psicoterapeuta Soraya Deminicis, que apresentará como o preconceito dificulta a busca pelo tratamento. 

O evento vai contar ainda com o depoimento emocionado de casais que superaram o desafio da infertilidade e com uma sessão aberta para tirar todas as dúvidas com os especialistas.

Caso você esteja tentando engravidar, ou conheça alguém enfrentando o fantasma da infertilidade, venha tirar dúvidas e compartilhar experiências, ou passe o convite adiante!

UM PRESENTE PARA VOCÊ: todos os participantes receberão uma entrevista com avaliação e aconselhamento sobre fertilidade, a ser agendada após o encontro.

As inscrições são gratuitas e limitadas e podem ser feitas pelo e-mail centrodefertilidade@donacomunicacao.com.br (enviando nome completo e telefone de contato), ou pelos telefones (21) 2493-0758/ 2484-2918 / 2484-8564 / 2429-6140.

Esperamos por você!

O MD.X Barra Medical Center fica na Av. das Américas, 6.205, na Barra da Tijuca. para mais informações, acesse nosso site.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Dr. Paulo Gallo apresenta palestra sobre novos modelos de família




O diretor médico do Vida foi um dos palestrantes do evento “Os novos modelos de família e as repercussões na infância e na juventude”, organizado pela Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), no dia 27 de junho.

Além do Dr. Paulo Gallo, diversos especialistas foram convidados para dividir a bancada, como o cineasta Carlos Jardim, a psicóloga e sexóloga Maria Werner e a promotora de Justiça da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, Dra. Rosana Cipriano.

Em sua palestra, o especialista da clínica abordou o início da reprodução humana no país e no mundo, a mudança no comportamento social da mulher e a sua entrada no mercado de trabalho, com a difusão do uso de anticoncepcionais, além de como as técnicas modernas de reprodução humana, junto com as normativas do Conselho Regional de Medicina foram responsáveis por uma nova configuração familiar.

Confira as fotos do evento.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Pai depois dos 40? É bom não esperar demais



A história de que a vida começa aos 40 vale para muita gente, mas, para os homens que ainda querem ter filhos, essa é a fase em que a idade começa a pesar no quesito fertilidade. Por isso, é bom ficar de olho no relógio biológico. Se as mulheres encaram a virada para os 30 como o momento de começar a se preocupar com a maternidade, os homens também precisam tomar alguns cuidados para garantir sua fertilidade após os 40.

Acompanhando uma tendência feminina de ter filhos cada vez mais tarde, os homens vêm retardando a paternidade. O problema é que, com o avançar da idade, eles se tornam mais propensos a desenvolver determinadas doenças que prejudicam sua capacidade reprodutiva, como diabetes, arteriosclerose, insuficiência renal e hipertensão arterial sistêmica.

Outro problema relacionado à idade, muito comum nos homens, é a diminuição da produção de testosterona, o que reduz a produção de espermatozoides e afeta a sua qualidade. Isso diminui as chances do casal obter uma gestação naturalmente.

A opção por ser um pai quarentão ou cinquentão pode significar ter que recorrer a métodos de fertilização assistida. A infertilidade acomete o casal, e não só o homem ou a mulher. Não há uma idade fixa a partir da qual o homem deva se preocupar, porém, nessa faixa etária, após um ano de relações sexuais regulares sem obtenção de gestação, o casal deve procurar um especialista.

A seguir, respostas às dúvidas mais frequentes dos homens, sobre fertilidade: 

Tomar remédios para aumentar a potência sexual, como Viagra ou similares, influencia na qualidade do esperma? 
Sim. Existem alguns trabalhos científicos que mostram melhora em alguns parâmetros do espermograma.

Que remédios podem influenciar na fertilidade masculina? 
Alguns medicamentos podem interferir na espermatogênese, alterando os parâmetros, a concentração, motilidade, morfologia dos espermatozoides. A intensidade de ação dessas substâncias depende, tanto da dose utilizada, quanto da duração do tratamento, sendo que, quanto maior a duração do tratamento e a dose administrada, maior o dano causado ao organismo. Os que mais frequentemente causam infertilidade são: cetoconazol, cimetidina, nitrofurantoína, imunossupressores, quimioterápicos, antiandrógenos e esteroides anabolizantes.

O estilo de vida está ligado à fertilidade? O que se deve fazer?
Sim. É importante ter alimentação saudável, atividade física regular, evitar ingerir bebidas alcoólicas, não fumar ou usar drogas ilícitas. Evitar o estresse excessivo também ajuda.

Uso de laptop no colo, hipismo, ciclismo, cueca apertada... Isso prejudica a fertilidade?
Sim, o uso de laptop no colo pode provocar um aumento da temperatura na bolsa escrotal e, assim como os traumas repetidos, causados pela prática de hipismo, ciclismo ou uso de roupas apertadas podem prejudicar a função espermática.

Dra. Maria Cecília Erthal 
Diretora médica do Vida - Centro de Fertilidade da Rede D´Or

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Evento discute relação entre medicina assistida, novos modelos de família e consequências na infância e juventude



O diretor médico do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or, Paulo Gallo, é um dos palestrantes convidados para o evento “Os novos modelos de família e as repercussões na infância e na juventude”, promovido pela Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), por meio de seu Fórum Permanente da Criança, do Adolescente e da Justiça Terapêutica.

O evento, que acontece no dia 27 de junho, das 9h30 às 17h, no Palácio da Justiça, no Centro do Rio de Janeiro, tem como tema “Medicina reprodutiva e a nova configuração familiar no Brasil”. Em sua palestra, o Dr. Paulo Gallo vai abordar a difusão do uso de anticoncepcionais, a entrada da mulher no mercado de trabalho, as possibilidades trazidas pelas técnicas modernas de reprodução assistida e as alterações econômicas e sociais, que foram os fatores responsáveis para uma nova configuração familiar.

As inscrições são gratuitas, mas as vagas são limitadas. Informações complementares podem ser obtidas pelo telefone (21) 3133-3369 e as inscrições somente pelo site www.emerj.tjrj.jus.br.

PROGRAMAÇÃO 

Mesa de Abertura
Dra. Ivone Ferreira Caetano - Presidente do Fórum Permanente da Criança, do Adolescente e da Justiça Terapêutica e Juíza de Direito Titular da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Comarca da Capital/RJ

Desembargadora Leila Mariano 
Diretora - Geral da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro 

10h – Trechos do seriado “Novas Famílias” 
João Jardim - Cineasta

11h – Palestra: “Novos arranjos familiares e sua influência na estrutura, dinâmica e desenvolvimento das relações afetivas e sociais entre crianças e adolescentes e seus familiares” 
Maria Cristina Milanez Werner - Psicóloga, Sexóloga, Terapeuta de Casal e Família,  Mestre em Psicologia Clínica pela PUC/RJ, Diretora da ATF/RJ - Associação de Terapia Familiar do Estado do Rio de Janeiro e Diretora do IPHEM – Instituto de Pesquisas Heloisa Marinho

12h – Palestra: “Medicina reprodutiva e a nova configuração familiar no Brasil” 
Dr. Paulo Gallo - Professor de Ginecologia da UERJ e Diretor Médico da Clínica Vida - Centro de Fertilidade da Rede D`Or

13h – Intervalo para almoço

14h – Palestra: “Responsabilidade parental diante dos novos arranjos familiares” 
Dra. Rosana Cipriano Simão - Promotora de Justiça da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Comarca da Capital

15h – Palestra: “A juventude e a família” 
Mirian Paura S. Zippin Grinspun - Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da UERJ

16h – Debates

17h - Encerramento

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Projeto fixa normas para uso de sêmen de homem que já morreu


A Folha de São Paulo publicou uma matéria sobre um projeto de lei que visa fixar normas para a utilização de sêmen e embriões obtidos a partir de espermatozoides de homens que venham a falecer antes da realização de um procedimento de reprodução assistida. O projeto de lei em questão, elaborado pelo senador Blairo Maggi, tem o intuito de proteger os interesses da futura criança, impedindo o uso do sêmen e de embriões congelados após decorrido um ano da morte do pai.

 Mas ele também cria novos questionamentos éticos, pois, a partir do momento em que haja um período máximo para a transferência de embriões (no caso, um ano), qual será o destino dos embriões restantes, já que os embriões pertencem ao casal, e é proibido seu descarte? E, no caso em que aconteça o falecimento durante um processo de fertilização in vitro, tendo sido realizada a primeira transferência e a mulher engravidando, e levando-se em conta o tempo de gestação de nove meses, uma segunda transferência não será possível, pois já se terá passado o período de um ano. Desse modo, será negada a oportunidade da primeira criança ter um irmão consanguíneo, por exemplo.

Todas as propostas de lei são interessantes e devem ser discutidas a fim de se encontrar as melhores opções para aquela sociedade, naquele momento. Infelizmente, é impossível um consenso, pois sempre alguém se sentirá prejudicado, e toda lei deve ser feita pensando-se onde haverá menor prejuízo para a sociedade. A lei não é feita para o indivíduo, mas sim para a sociedade. E leis que não visam melhorar a sociedade, não são úteis para ninguém.

Veja a matéria "Projeto fixa critérios para uso de sêmen de homem que já morreu".

Dr. Cássio Sartorio
Ginecologista e especialista em Reprodução Humana Assistida do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Já se inscreveu no Dia das (Futuras) Mamães?



O evento acontece no próximo sábado, dia 19 de maio, é gratuito e uma oportunidade imperdível para quem quer tirar dúvidas e aprender mais sobre fertilidade

A Dra. Maria Cecília Erthal, especialista em reprodução humana e diretora médica do Vida - Centro de Fertilidade da Rede D'Or, vai apresentar a palestra “Fertilidade feminina”, abordando as principais causas de infertilidade entre as mulheres, os cuidados com hábitos nocivos à saúde reprodutiva e o que há de mais moderno hoje em reprodução assistida para ajudar os casais com dificuldades para engravidar.

E a  nutricionista Tatiana Rom, especialista no acompanhamento de mulheres que enfrentam a infertilidade vai falar sobre alimentação inadequada, uma das vilãs da saúde reprodutiva.

Além disso, todos os participantes receberão uma entrevista com avaliação e aconselhamento sobre fertilidade, que será agendada após o encontro.

As vagas são limitadas e estão terminando!

Para se inscrever, ligue (21) 2484-8564 e 2429-6140, ou envie e-mail para centrodefertilidade@donacomunicacao.com.br com seu nome e telefone.

Dia 19 de maio de 2010 - sábado, das 10h às 12h 
Local: Auditório do MD.X Barra Medical Center - Av. das Américas, 6.205 - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Doação de óvulos e sêmen e idade para engravidar ainda geram conflitos que estão longe de consenso


Os avanços tecnológicos da medicina reprodutiva têm sido o alento de muitos casais inférteis. Graças à ousadia da ciência, mulheres em idade avançada, que já não possuem a mesma quantidade e qualidade de óvulos, ou homens que sofrem de infertilidade, podem ter a oportunidade de carregar em seus braços o tão esperado filho sem recorrer à fila de adoção. 

Cada vez mais comum, a doação de gametas (óvulos e sêmen), é adotada em, aproximadamente, 5.500 procedimentos de reprodução assistida realizados por ano, só no Brasil. Porém, não há leis específicas que orientem a prática, apenas uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que regula os princípios básicos da conduta médica. A doação de gametas, assim como a idade avançada para engravidar são pontos que ainda precisam ser mais bem debatidos, pois, muitas vezes, o que é praticado no dia a dia dos laboratórios de fertilização in vitro depende exclusivamente da ética dos profissionais envolvidos.

No país, de acordo com o CFM, é proibido comercializar sêmen e óvulos. As doações são anônimas, gratuitas, e não podem ser feitas entre parentes. Apenas a cor da pele, escolaridade, altura e tipo e cor do cabelo do doador fica disponível para o conhecimento do receptor, cabendo ao médico selecionar os gametas cujas características são compatíveis entre ambos.

No caso da doação de sêmen, não há grandes problemas ou burocracias, sendo apenas necessário que o voluntário ejacule por meio de masturbação e, tal como doar sangue, isso pode ser feito a qualquer momento, sem qualquer prejuízo para o voluntário.

No caso dos óvulos, a situação é diferente. O procedimento para a coleta é mais complicado e desgastante, já que a doadora recebe medicamento para estimulação ovariana. Essa peculiaridade faz com que apenas mulheres em tratamento doem óvulos. Apesar de voluntária, a doação segue uma série de restrições impostas pelo CFM. Cada doador só pode gerar dois filhos por um milhão de habitantes, evitando, assim, que parentes de sexos opostos se relacionem.

A relação amorosa entre meio-irmãos pode ocasionar doenças genéticas para o bebê e, por isso, há muito controle em relação à distribuição do sêmen. Sendo assim, uma vez enviado para alguma região do país, o banco de esperma é avisado caso a gestação aconteça, evitando, assim fornecer novamente o material do mesmo doador para qualquer estado daquela área.

Com o aumento da procura pela doação de gametas, começa-se a discutir, então, um novo embate para a sociedade: os filhos gerados por gametas doados devem saber quem são os donos de metade dos genes que eles carregam? A resposta está longe de um consenso. De um lado, estão os voluntários resguardados pelo anonimato, condição que motiva muitos a doarem por puro altruísmo.

Na outra extremidade, estão jovens que querem saber quem é o doador e a influencia que os pais biológicos têm na sua personalidade, saúde etc. Outro ponto muito questionado em termos éticos é a idade adequada para a gravidez. A idade mais fértil da mulher vai dos 20 aos 30 anos, mas a opção pela gestação tardia vem se tornando algo comum no Brasil, assim como nos países mais desenvolvidos.

Na tentativa de realizar o desejo da maternidade, muitas mulheres acima dos 40, ou mesmo dos 50 anos, têm procurado ajuda médica. Além dos possíveis riscos para mães e bebês, existe outra questão, que se levanta nesse caso: até que idade uma mulher tem boas condições físicas para dar à luz e criar um bebê? A resposta não é simples. É preciso avaliar os riscos para a mulher durante uma gestação com idade avançada, principalmente acima dos 55 anos de idade (pré-eclâmpsia, hipertensão arterial, diabetes, complicações cardiovasculares e tromboembólicas, entre outras).

É necessário refletir também sobre o futuro destas crianças, filhos de pais com idade avançada, já que correm um risco maior de se tornarem órfãos precocemente. Existem limites para a transferência de embriões, de acordo com a idade da futura mamãe. Segundo as normas do CFM, mulheres com até 35 anos devem receber até dois embriões; dos 36 aos 39, até três e, acima dos 40, até quatro.

Para o último caso, no entanto, antes de qualquer procedimento, o médico deve alertar para os perigos que a gestação pode oferecer e fazer uma avaliação médica mais criteriosa. E, com o avançar da tecnologia de reprodução assistida, ainda outros aspectos éticos surgem, como, por exemplo, quais os limites para atender os desejos dos pais: é possível escolher o sexo, a cor dos olhos, cabelo, ou número de bebês? E o caso de mulheres viúvas que querem engravidar com esperma do marido falecido?

A escolha do sexo do embrião só é permitida quando há risco de doenças ligadas ao sexo, como no caso de famílias nas quais todos os meninos podem nascer com problemas genéticos. Em uma situação como essa, selecionamos os embriões para que só nasçam meninas. Já em relação à utilização de gametas de pacientes falecidos, isso só é possível se ele deixar uma autorização por escrito. Caso contrário, só é permitido se houver autorização judicial.

A tecnologia aliada à ciência só tem a nos trazer benefícios, desde que as escolhas e condutas caminhem lado a lado com a ética.

Dr. Paulo Gallo 
Diretor médico do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D'Or

sexta-feira, 4 de maio de 2012

O que não dizer a uma mulher que está tentando engravidar





Encontramos uma matéria que achamos bem interessante no site da revista Marie Claire e resolvemos dividir com vocês. Ela revela momentos do tipo "saia justa", bem conhecidos das mulheres que estão tentando engravidar. Quem já passou ou está passando por esse desafio deve se identificar... É que não é nada incomum que um parente ou amigo mais próximo, querendo ajudar, comece a dar conselhos e palpites pouco pertinentes logo que percebem algumas dificuldades no meio do caminho para a gravidez. Vale a dica para eles sobre o que não dizer a uma mulher que não vê a hora de ser mãe.

Confiram a matéria "Infertilidade: dez coisas para não dizer para uma mulher que está tentando ter filhos".

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Jovem paciente com câncer preserva sua fertilidade




Foi publicada uma crônica muito interessante, no site do New York Times, de uma jovem escritora de 22 anos que está  se confrontando com uma doença potencialmente letal, a leucemia. Apesar da pouca idade, Suleika Jaouad conseguiu ter um olhar adiante e vislumbrar um futuro.  Essa esperança de que exista um futuro, é amparada pelo seu desejo de preservar sua fertilidade contra os efeitos nocivos das drogas que vão salvar sua vida. O congelamento de óvulos é uma opção segura e, na atualidade, temos uma chance de sobrevivência dessas células de até 90%, a criopreservação, que chega a 90%.  Trata-se de um seguro. Caso a mulher consiga engravidar espontaneamente, esses óvulos podem ser descartados, o que não acontece como  os embriões, que não podem ser descartados e que são objetos de muitas discussões éticas e religiosas. O câncer vem atingindo, cada vez mais, um número maior de pacientes jovens e a criopreservação dos gametas, óvulos e espermatozoides deve ser uma opção oferecida pelo próprio oncologista, antes de procedimentos e drogas esterilizantes. Lembramos também que é uma excelente opção para as mulheres que desejam postergar a gravidez por motivos pessoais,  tais como razões profissionais ou a falta de um parceiro até aquele momento de suas vidas. O ideal é que o congelamento de óvulos ocorra até os 35 anos, com o objetivo de ter um número adequado de óvulos, visando, também, a boa qualidade dessas células.

Dra. Maria Cecília Erthal
Diretora médica do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or

Confira o texto “Life, Interrupted: A Yong Cancer Patient Faces Infertility” no nytimes.com: http://nyti.ms/I6idzN

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Atenção! O “Dia das (Futuras) Mamães” mudou de data



Evento será realizado no dia 19 de maio, sábado, às 10h, no mesmo local

No mês das mães, o Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or oferece um encontro especial às mulheres que sonham com a maternidade. A especialista em reprodução humana e diretora médica da clínica, Dra. Maria Cecília Erthal, vai apresentar a palestra “Fertilidade feminina”, abordando as principais causas de infertilidade entre as mulheres, os cuidados com hábitos nocivos à saúde reprodutiva e o que há de mais moderno hoje em reprodução assistida para ajudar os casais com dificuldades para engravidar. Além disso, o alimentação inadequada, uma das vilãs da fertilidade, também será tema de palestra da nutricionista Tatiana Rom, especialista no acompanhamento de mulheres que enfrentam o problema.

Após o evento, que é gratuito, todos os participantes vão receber avaliação e aconselhamento sobre fertilidade, que pode ser agendada ao final do encontro.

As vagas são limitadas e as inscrições devem ser feitas pelo e-mail centrodefertilidade@donacomunicacao.com.br ou pelos telefones (21) 2484-8564 e 2429-6140, ou no site www.vidafertil.com.br.

Doação de óvulos e sêmen e idade para engravidar ainda geram conflitos que estão longe de consenso



Os avanços tecnológicos da medicina reprodutiva têm sido o alento de muitos casais inférteis. Graças à ousadia da ciência, mulheres em idade avançada, que já não possuem a mesma quantidade e qualidade de óvulos, ou homens que sofrem de infertilidade, podem ter a oportunidade de carregar em seus braços o tão esperado filho sem recorrer à fila de adoção.


Cada vez mais comum, a doação de gametas (óvulos e sêmen), é adotada em, aproximadamente, 5.500 procedimentos de reprodução assistida realizados por ano, só no Brasil. Porém, não há leis específicas que orientem a prática, apenas uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que regula os princípios básicos da conduta médica. A doação de gametas, assim como a idade avançada para engravidar são pontos que ainda precisam ser mais bem debatidos, pois, muitas vezes, o que é praticado no dia a dia dos laboratórios de fertilização in vitro depende exclusivamente da ética dos profissionais envolvidos.


No país, de acordo com o CFM, é proibido comercializar sêmen e óvulos. As doações são anônimas, gratuitas, e não podem ser feitas entre parentes. Apenas a cor da pele, escolaridade, altura e tipo e cor do cabelo do doador fica disponível para o conhecimento do receptor, cabendo ao médico selecionar os gametas cujas características são compatíveis entre ambos.


No caso da doação de sêmen, não há grandes problemas ou burocracias, sendo apenas necessário que o voluntário ejacule por meio de masturbação e, tal como doar sangue, isso pode ser feito a qualquer momento, sem qualquer prejuízo para o voluntário. No caso dos óvulos, a situação é diferente. O procedimento para a coleta é mais complicado e desgastante, já que a doadora recebe medicamento para estimulação ovariana. Essa peculiaridade faz com que apenas mulheres em tratamento doem óvulos.


Apesar de voluntária, a doação segue uma série de restrições impostas pelo CFM. Cada doador só pode gerar dois filhos por um milhão de habitantes, evitando, assim, que parentes de sexos opostos se relacionem. A relação amorosa entre meio-irmãos pode ocasionar doenças genéticas para o bebê e, por isso, há muito controle em relação à distribuição do sêmen. Sendo assim, uma vez enviado para alguma região do país, o banco de esperma é avisado caso a gestação aconteça, evitando, assim fornecer novamente o material do mesmo doador para qualquer estado daquela área.


Com o aumento da procura pela doação de gametas, começa-se a discutir, então, um novo embate para a sociedade: os filhos gerados por gametas doados devem saber quem são os donos de metade dos genes que eles carregam? A resposta está longe de um consenso. De um lado, estão os voluntários resguardados pelo anonimato, condição que motiva muitos a doarem por puro altruísmo. Na outra extremidade, estão jovens que querem saber quem é o doador e a influencia que os pais biológicos têm na sua personalidade, saúde etc.


Outro ponto muito questionado em termos éticos é a idade adequada para a gravidez. A idade mais fértil da mulher vai dos 20 aos 30 anos, mas a opção pela gestação tardia vem se tornando algo comum no Brasil, assim como nos países mais desenvolvidos. Na tentativa de realizar o desejo da maternidade, muitas mulheres acima dos 40, ou mesmo dos 50 anos, têm procurado ajuda médica. Além dos possíveis riscos para mães e bebês, existe outra questão, que se levanta nesse caso: até que idade uma mulher tem boas condições físicas para dar à luz e criar um bebê? A resposta não é simples. É preciso avaliar os riscos para a mulher durante uma gestação com idade avançada, principalmente acima dos 55 anos de idade (pré-eclâmpsia, hipertensão arterial, diabetes, complicações cardiovasculares e tromboembólicas, entre outras). É necessário refletir também sobre o futuro destas crianças, filhos de pais com idade avançada, já que correm um risco maior de se tornarem órfãos precocemente.


Existem limites para a transferência de embriões, de acordo com a idade da futura mamãe. Segundo as normas do CFM, mulheres com até 35 anos devem receber até dois embriões; dos 36 aos 39, até três e, acima dos 40, até quatro. Para o último caso, no entanto, antes de qualquer procedimento, o médico deve alertar para os perigos que a gestação pode oferecer e fazer uma avaliação médica mais criteriosa.


E, com o avançar da tecnologia de reprodução assistida, ainda outros aspectos éticos surgem, como, por exemplo, quais os limites para atender os desejos dos pais: é possível escolher o sexo, a cor dos olhos, cabelo, ou número de bebês? E o caso de mulheres viúvas que querem engravidar com esperma do marido falecido? A escolha do sexo do embrião só é permitida quando há risco de doenças ligadas ao sexo, como no caso de famílias nas quais todos os meninos podem nascer com problemas genéticos. Em uma situação como essa, selecionamos os embriões para que só nasçam meninas. Já em relação à utilização de gametas de pacientes falecidos, isso só é possível se ele deixar uma autorização por escrito. Caso contrário, só é permitido se houver autorização judicial.


A tecnologia aliada à ciência só tem a nos trazer benefícios, desde que as escolhas e condutas caminhem lado a lado com a ética.


Dr. Paulo GalloDiretor médico do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or





sexta-feira, 30 de março de 2012

Evento aberto ao público discute questões éticas e jurídicas da Reprodução Assistida



“A arte imita a vida ou a vida imita a arte? Reprodução Assistida: questões e consequências éticas e jurídicas” é o nome do evento organizado pela Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), por meio de seu Fórum Permanente da Criança, do Adolescente e da Justiça Terapêutica, que vai convidar diversos especialistas para tratar dos questionamentos levantados pelos avanços da medicina reprodutiva. O encontro acontece no próximo dia 9 de abril (2ª feira), das 9h30 às 13h, no Palácio da Justiça – Av. Erasmo Braga, 115, 4º andar, Centro - RJ (auditório Antonio Carlos Amorim).

 Os diretores médicos do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or, Maria Cecília Erthal e Paulo Gallo serão os convidados médicos do Fórum e a Dra. Cecília apresentará a palestra “A ética médica na Reprodução Humana Assistida”, que trata dos limites e dilemas reais enfrentados pelos especialistas em fertilidade dentro do laboratório e lado ao lado com os pacientes. 


O evento busca esclarecer e debater as muitas dúvidas a respeito da área de medicina reprodutiva que ainda existem entre o público leigo e a maneira como essa ciência é representada na ficção, o que muitas vezes colabora para uma interpretação incorreta. Ao retratar atitudes incompatíveis com a realidade na TV, as novelas podem gerar preocupações e medos absurdos na população.


 O evento é gratuito e, para participar, basta se inscrever no site da Emerj: http://www.emerj.tjrj.jus.br/paginas/eventos/eventos_atuais/aarteimitaavida.html
. Para mais informações: (21) 3133-3369, ou 3133-3380.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Odisseia para a vida

Esse belo vídeo mostra a odisseia que envolve a criação de uma vida. As imagens revelam o momento do encontro do óvulo com o espermatozoide que, juntos, formarão as características do ser que está sendo formado; mostram o feto se desenvolvendo no corpo da mulher até o último mês de gestação; finalizando com o nascimento de um lindo bebê. Vale a pena assistir.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Evento gratuito vai abordar o fantasma da infertilidade



Já pode separar um espacinho na agenda para o tradicional evento "Dia das futuras mamães", um encontro especial e dedicado inteiramente às mulheres que sonham com o momento de carregar no colo o tão desejado filho. No dia 5 de maio, a partir das 10h, no auditório do MD.X Barra Medical Center (Av. das Américas, 6.205, Barra da Tijuca - RJ), a especialista em reprodução humana e diretora médica do Vida, Maria Cecília Erthal, ministrará palestra repleta de informações valiosas sobre fertilidade e saúde reprodutiva. O evento é gratuito e todos os participantes vão receber avaliação e aconselhamento sobre fertilidade, que pode ser agendada após o encontro. Para participar, envie mensagem com nome completo e telefone de contato para o e-mail centrodefertilidade@donacomuni​cacao.com.br. As vagas são limitadas, não perca tempo!

Para mais informações, acesse o nosso site.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Bebê em São Paulo nasce para salvar a vida da irmã



A medicina comemorou no início do mês o nascimento de Maria Clara Reginato Cunha, primeiro bebê geneticamente selecionado no Brasil, que veio ao mundo por um motivo nobre: salvar a vida da irmã Maria Vitória, de 5 anos, que sofre de talassemia major, uma doença genética rara, capaz de levar à morte. Os pais, então, se submeteram a um tratamento de fertilização in vitro, a fim de selecionar, em laboratório, embriões que fossem livres do gene causador da doença.

Com a ajuda da ciência – e um pouco de sorte também -, o casal conseguiu gerar dez embriões, dos quais um era 100% compatível com a irmã e livre do gene da talassemia major. Ele foi transferido para a mãe, que engravidou. No momento do nascimento, uma equipe médica recolheu células-tronco do cordão umbilical, que serão usadas no transplante de medula da irmã, ainda este ano.

O caso brasileiro lembra um outro anterior, ocorrido nos Estados Unidos, em que o jogador da NBA Carlos Boozer, que tinha um filho com anemia falciforme, também lutou para conseguir tratá-lo por meio de transplante de medula. Como a família não conseguia um doador compatível, resolvera utilizar a técnica de CGH (a mesma adotada pelos pais de Maria Clara) para buscar um filho que pudesse ajudar o irmão. Tiveram gêmeos, e com o sangue do cordão umbilical conseguiram células-tronco para fazer o transplante do filho mais velho. Por fim, Carlos, como forma de agradecimento, doou uma soma considerável para as pesquisas genéticas por CGH em anemia falciforme na África.

Vale a pena conferir em detalhe as matérias do jornal Estado de São Paulo e do Jornal Nacional,  que tratam do tema e ajudam a entender melhor como a ciência tem auxiliado enormemente famílias que desejam ter filhos ou ajudar seus filhos a ter uma vida mais longa ou com mais saúde.

Dr. Cássio Sartorio
Especialista em reprodução assistida do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Cientistas dão passo significativo no tratamento da infertilidade masculina


Que alegria fazer o primeiro post de 2012! Que este seja um ano bem especial para todos nós!

Recentemente, o portal G1 anunciou que cientistas na Alemanha e em Israel conseguiram produzir esperma em laboratório (leia a matéria aqui). Lembrei-me do nosso post de 1º de setembro de 2011 (http://tinyurl.com/6sl8ob2), em que fiz um pequeno texto comentando a matéria que divulgava a descoberta de um grupo de pesquisadores da Universidade de Kyoto: “Produção de espermatozóides a partir de células tronco de camundongos”. Que bom que existem muitos grupos de cientistas ao redor do mundo contribuindo para novos avanços na área da Reprodução Assistida! Os estudos ainda estão sendo realizados com modelos animais, mas acredito ser o início da realização do sonho de pai biológico, que hoje parece impossível ao homem que não produz espermatozóides. Sem falar na possibilidade de uma mulher obter uma produção verdadeiramente independente.

Falando sobre fertilidade masculina, recentemente li um artigo bem interessante. Na verdade, preocupante, sobre a piora da qualidade seminal ao longo dos anos.

Um estudo, analisando amostras seminais de 14.947 homens normais provenientes de 61 centros diferentes, indicou que houve uma diminuição de aproximadamente 50% na concentração espermática no período de 1938 a 1990. Apesar de termos que considerar a falta de padronização entre os diferentes serviços e os erros dela decorrentes em um período tão extenso, a verificação da diminuição da concentração espermática ao longo dos anos é um fenômeno que não pode ser ignorado. Hoje, aproximadamente 10% a 12% de toda a população masculina que procura uma clínica de Reprodução Assistida apresenta redução grave da concentração (abaixo de 5 milhões de espermatozóides/ml) ou azoospermia (ausência de espermatozóides no sêmen).

O artigo também chamava a atenção para o alarmante crescimento na incidência de câncer de testículo, o qual está aumentando na proporção de 2% a 4% ao ano em homens com idade inferior a 50 anos. Tenho visto um grande número de jovens que procuram a clínica para realizar congelamento de sêmen, pois serão submetidos a tratamentos oncológicos. Ainda bem que cada vez mais oncologistas se conscientizam da importância de oferecer esta orientação ao paciente, pois as drogas quimioterápicas e a radiologia podem ser bastante prejudiciais às gônadas (testículos e ovários) e comprometerem a fertilidade de homens e mulheres que se submetem a tratamentos contra câncer.

Pois é, atenção, homens! O estudo foi bem claro: a fertilidade de vocês está ameaçada. Então, aproveitando o início do ano e o clima de novos planos, sugiro que o cuidado com a qualidade seminal esteja na sua lista (independente se o seu espermograma já apresentar alguma alteração). Para facilitar, preparei uma listinha com alguns vilões da fertilidade masculina:

- temperatura elevada próximo aos testículos (trabalho próximo a motores, fornos, uso de laptops no colo)
- tabagismo, alcoolismo, maconha e outras drogas
- obesidade
- anabolizantes
- trauma testicular
- varicocele
- infecções do trato genital
- toxinas do meio ambiente (pesticidas, solventes)
- metais pesados (chumbo, cromo, mercúrio, cobalto, cádmio, cromo, alumínio, lítio, arsênico)

Fernanda Couto Ferreira
Biomédica do Vida - Centro de Fertilidade da Rede D'Or