terça-feira, 28 de junho de 2011

Criador da fertilização in vitro recebe homenagem da Coroa Britânica



O fisiologista britânico Robert Edwards, de 85 anos, agraciado mesmo que tardiamente com o prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 2010 pela criação da técnica pioneira de fertilização in vitro (FIV), foi um dos homenageados no aniversário de honra da monarca britânica Elizabeth II, pelos serviços prestados à biologia reprodutiva humana, como informa o portal da BBC.

Edwards criou a técnica de FIV em 1978, com a ajuda do ginecologista e obstetra Patrick Steptoe (1913 – 1988), usada até hoje nos procedimentos de reprodução assistida. Estima-se que mais de 4 milhões de pessoas por todo o mundo já nasceram graças à técnica. No Brasil, são mais de 5 mil por ano.

Falar e lembrar esse grande feito de Robert Edwards, que foi a consolidação da fertilização in vitro, por meio do nascimento de Louise Brown, é de vital importância para que o seu nome seja eternizado e reconhecido pelas próximas gerações. Sua determinação e pioneirismo são os responsáveis pelo que, sem sombra de dúvida, representa um marco para a comunidade científica e para a população mundial, uma vez que mudou de forma definitiva o destino dos casais inférteis.

Na FIV, o óvulo da mulher é retirado e fecundado em laboratório, em seguida, o embrião formado (ou embriões formados) é inserido na cavidade uterina, e começa a se desenvolver como um feto idêntico ao fertilizado de forma natural.

Maria Cecília Erthal
Diretora médica do Vida - Centro de Fertilidade da Rede D’Or


Confira a notícia no portal da BBC.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Acupuntura aumenta as chances fertilização in vitro



A fertilização in vitro (FIV) é a técnica mais comum para mulheres inférteis ou com dificuldade de engravidar. Como todo tratamento, mexe com o estado emocional, nervosismo e ansiedade do casal e principalmente da mulher. Para ajudar as futuras mamães, a acupuntura aparece como uma possível solução para relaxar e controlar o turbilhão de sentimentos que envolve todo o processo de gravidez. Apesar de ser um tratamento complementar, trabalhos internacionais sugerem beneficios da acupuntura na fertilidade, como destaca a matéria do portal iG.

Acupuntura aumenta as chances fertilização in vitro
Técnica ganha força nas clínicas brasileiras. Apesar de coadjuvante, trabalhos justificam eficácia para além do efeito placebo

Lívia Machado, iG São Paulo

Foram oito tentativas de Fertilização In Vitro, nome completo da FIV, até o nascimento das filhas gêmeas em 2009. Durante três longos anos a nutricionista L. A, 42, imaginou o rostinho das crianças a cada procedimento feito. Perdeu dois bebês, um na segunda tentativa – aos quatro meses de gravidez – e outro na quinta, com menos de 30 dias de gestação.

A técnica de transferência embrionária é uma das alternativas mais comuns para tentar converter infertilidade em gestação. O processo, porém, demanda investimento financeiro e, muitas vezes, acarreta um grande desgaste emocional.

O sonho da maternidade, nesses casos, parece impor a insistência. Antes de optar por outras formas de se realizar como mãe, muitas mulheres buscam alternativas coadjuvantes que possam elevar as chances individuais de eficácia da FIV.

A história facilmente se repete. A advogada L.T precisou ler sete resultados negativos de gravidez antes de confirmar a gestação de gêmeos. Hoje, aos 39 anos, ela curte uma gestação tranquila, após dois anos de incansáveis tentativas.

O berço

É nesse contexto desfavorável à saúde mental e física da mulher que a acupuntura ganhou espaço dentro das clínicas de fertilização. “Estava completamente desequilibrada, em um estado emocional terrível. Já tinha engordado mais de 7k por conta do tratamento. Não aguentava mais, precisava me reestruturar antes de recomeçar", recorda a nutricionista.

Inicialmente a procura pela acupuntura como tratamento complementar à fertilização partiu das próprias pacientes, a exemplo de A.L e L. T..

Segundo Artur Dzik, presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH), hoje a maioria das clínicas aposentou o ceticismo e passou a indicar o tratamento para reconfortar os casais. A aceitação, aponta ele, é quase sempre imediata.

“Nao podemos prometer que a acupuntura vai fazer diferença no resultado, mas é um método coadjuvante, não invasivo, não medicamentoso que ajuda bastante.”

Além de melhorar o estado emocional, baixando os índices de ansiedade e nervosismo das (possíveis) futuras mamães, a acupuntura, sustentam os especialistas na área, apresenta mecanismos de ação para além do efeito placebo, ou calmante.

"Ela ajuda a controlar a ansiedade e o nervosismo, reações comuns no perfil das mulheres que buscam a fertilização, mas também melhora a vascularização do sistema reprodutivo. É um tratamento que exige um perfil diferenciado de acupunturista. Esse profissional precisa ser médico e ter conhecimento na área de reprodução humana", pontua Ana Lúcia Beltrame, ginecologista e médica do Centro de Reprodução Humana do Hospital Sirio Libanês, em São Paulo.

Comprovação

Trabalhos internacionais mostram os benefícios da acupuntura na fertilidade. O primeiro deles foi publicado em 2002 por um médico alemão e apontava um bom índice de eficácia: 42% das mulheres que fizeram FIV e acupuntura tiveram resultado positivo (ultrassonografia com batimento cardíaco do feto), contra 26% de pacientes que optaram apenas pela FIV.

Décio Thima, ginecologista e acupunturista, apresentou o único estudo brasileiro publicado em âmbito internacional, em 2007, durante o Congresso Americano de Reprodução Humana. Os resultados nacionais também são positivos. Das 70 mulheres que fizeram FIV com acupuntura no dia da transferência do embrião para o útero, 51% engravidaram. O número foi bem menos representativo no grupo de 70 pacientes que não fizeram acupuntura: 26%.

Para Wilson Tadeu Ferreira, médico acupunturista e diretor da Associação Médica de Acupuntura, os números mostram que os efeitos não estão limitados a aspectos psicológicos, ou a crenças individuais.

“Não é efeito placebo, medicina da fé. Se a paciente fizer o tratamento, mesmo não acreditando na eficácia dele, o resultado não será afetado. Hoje temos meta-análises que apontam índices de eficácia acima dos 65%. O objetivo da técnica, na FIV, não é apenas equilibrar o lado emocional das pacientes.”

O principal mecanismo, explicam os especialistas, é o aumento do fluxo sanguíneo na região uterina. Os pontos estimulados pelas agulhas provocam vasodilatação principalmente nos órgãos da pelve, aumentando o fluxo de sangue do útero e dos ovários durante o tratamento de fertilização, principalemtne meia hora antres da transferência embrionária para o útero, e 30 minutos depois dela.

No dia da transferência, a sessão de acupuntura é voltada para implantação dos embriões. O recomendado, porém, é que as pacientes procurem a acupuntura antes de iniciar a FIV.

"A técnica ajuda a controlar a parte emocional e age no equilíbrio hormonal, favorecendo a fertilização desde o início", defende o ginecologista.

Ao aumentar o fluxo sanguíneo do ovário, melhora-se a qualidade dos óvulos. O aumento do fluxo de sangue no útero, por sua vez, favorece o endométrio, ensinam os médicos. "Hoje, podemos dizer que a técnica realmente aumenta a possibilidade de fertilização. Depende da mulher, e do estudo analisado.”, explica Thima.

A baixa qualidade do endométrio é uma das múltiplas causas de infertilidade na mulher. O endométrio é a camada que reveste a parede interna útero, a mesma que descama durante a menstruação, e onde o embrião se fixa para se desenvolver. Para que a fecundação ocorra, é preciso que o endométrio não seja irregular, nem fino.

“Ele é igual a uma cama. Se for bagunçada e desconfortável, ninguém terá prazer em deitar nela. Agora, se for aconchegante e quentinha, repleta de cobertores, todo mundo vai querer. Melhorando o fluxo sanguíneo, melhoramos o endométrio.”

Segundo o especialista, o endométrio “confortável” é fundamental para tornar a fecundação possível. “Na FIV, não adianta ter espermatozóides de boa qualidade se o endométrio não é bom. O tratamento pode ser usado para qualquer tipo de infertilidade, seja ela masculina ou feminina, é sempre feito na mulher.”

Para as mães que deram rosto às estatísticas, a crença é de que foi a acupuntura a responsável pelo "empurrãozinho extra" que faltava. O que foi inicialmente medida de desespero, hoje, é sinônimo de sucesso.

“A gestação está até mais tranquila graças a acupuntura. Não sinto enjôos e estou calma, extremamente feliz, à espera dos meus tão desejados bebês”, revela L. T

Confira a matéria no portal iG.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Gravidez após os 35 anos: quais os riscos?


Toda a gestação traz algum tipo de risco, mesmo que mínimo, tanto para a mãe, quanto para o feto. No entanto, somente um pequeno número delas é chamado de alto risco.

Diversos fatores podem desencadear uma gestação de alto risco. Alguns deles são: idade materna avançada (acima de 35 anos e, principalmente, acima de 40 anos), hipertensão arterial, diabetes, doenças cardíacas, renais, pulmonares, reumatológicas e autoimunes. Além disso, o uso de drogas lícitas ou ilícitas, entre elas o fumo, também traz maior risco para a mãe e o feto.

Porém, existem muitos mitos em relação à idade materna. A primeira coisa que toda mulher precisa ter em mente é que, mesmo depois dos 35 ou 40 anos, quando a gestante é saudável e não possui qualquer doença de base, a gestação costuma evoluir de forma bem mais satisfatória do que em mulheres jovens portadoras de algum desses fatores de risco.

Foi isso o que a matéria do Portal Zero Hora discutiu de forma bastante esclarecedora. Vale a pena ler.

Realmente as chances de engravidar naturalmente começam a diminuir com o avanço da idade e, a partir dos 35 anos, os riscos de defeitos genéticos no DNA do bebê aumentam. Por isso, assim que a mulher nessa faixa etária decide engravidar,o mais indicado é procurar um especialista para a realização de exames.

Mas, o mais importante é salientar que toda gestante, independente da idade, deve iniciar seu pré-natal o mais rápido possível, permitindo assim a avaliação e o diagnóstico precoce de fatores de risco até então desconhecidos e também permitindo o seu controle, garantindo uma gestação mais segura e sem atropelos.

Dr. Paulo Gallo
Diretor-médico do Vida Centro de Fertilidade da Rede D'Or


Gravidez tardia apresenta riscos, mas boa saúde e cuidados garantem gestação tranquila
Cada vez mais mulheres optam por engravidar após os 35 anos

Atualmente adiar a maternidade é uma decisão muito comum. Cada vez mais mulheres optam por engravidar após os 35 anos, seja por vaidade, estabilidade no relacionamento, motivos profissionais ou financeiros.

No entanto, é preciso saber que, quanto mais tarde acontecer a gestação, maiores são os riscos. Mesmo com os avanços na tecnologia médica, o ideal é que o projeto não ultrapasse os 40 anos, garantindo boa saúde à mãe e ao bebê conforme alerta a ginecologista Emanuelli Alvarenga da Silva.

Segundo a médica, a gestação avançada pode estar relacionada ao aparecimento de diversas complicações como doença crônica, hipertensão arterial, diabetes, abortamento, má formação fetal, doença cardíaca, renal, neurológica e pulmonar. Sangramento vaginal, parto prematuro e anormalidades também podem ocorrer.

— A partir dos 40 anos as chances de se gerar um bebê com síndrome de down é de 70% a 80% — explica.

É importante lembrar que cerca de 90% dos óvulos de uma mulher com mais de 40 anos apresentam defeito genético e que as probabilidades de engravidar naturalmente começam a diminuir a partir dos 27 anos e diminuem ainda mais com o avanço da idade.

O número de partos em mulheres com mais de 35 anos representam atualmente cerca de 48% e, é justamente a partir dessa idade, que os riscos começam a aparecer já que os ovários e óvulos vão perdendo a "qualidade".

Portanto, assim que a mulher se decidir pela gestação tardia, o ideal é procurar um médico para a realização de exames, avaliações e detecção de doenças que podem comprometer a gravidez. Diversos exames como ultrassonografia morfológica de primeiro e segundo trimestres permitem a visualização do feto com definição, detectando e descartando possíveis anomalias. Desta forma, se houver algo anormal é possível realizar uma investigação mais detalhada.

Nas mulheres acima de 40 anos o desejo de engravidar pode ser ainda mais difícil caso esteja perto da menopausa. Por isso, a consulta ao médico torna-se extremamente importante para verificar todas as possibilidades, além de uma reprodução assistida.

— Mesmo que a decisão de engravidar seja por meio de reprodução assistida, os cuidados e recomendações são os mesmos, pois também há chances de gestação múltipla, que pode envolver outros riscos — esclarece Emanuelli.

Mas, se a futura mãe tiver a seu favor boa saúde, peso adequado, boa alimentação, vida saudável e cuidados pré-natais, as perspectivas de uma gestação sem riscos são as mesmas de uma gestante mais jovem.

Confira a matéria no Portal Zero Hora.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A gravidez de Irene é possível?















Tem certas coisas que acontecem nas novelas que acabam deixando a gente intrigado. É o caso da gravidez pouco usual escolhida pelos autores da novela Insensato Coração para a personagem de Fernanda Paes Leme: usar camisinhas jogadas no lixo para inseminar-se. O Dr. Paulo Gallo, diretor médico do Vida - Centro de Fertilidade da Rede D'Or, foi um dos especialistas ouvidos pelo portal iG para esclarecer o caso.

A gravidez de Irene é possível?

Personagem da novela Insensato Coração engravidou usando o sêmen de camisinhas tiradas do lixo

Chris Bertelli, Fernanda Aranda e Lívia Machado, iG São Paulo

Irene, personagem vivida pela atriz Fernanda Paes Leme na novela Insensato Coração, da Globo, saiu da trama no capítulo de ontem (2).

Antes de morrer ela contou a Pedro (Eriberto Leão) como conseguiu engravidar dele. A revelação deixou a audiência confusa: é possível uma mulher engravidar se inseminando com o conteúdo de camisinhas deixadas no lixo do banheiro?

Paulo Gallo, diretor médico do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or, no Rio de Janeiro –, diz que a gravidez de Irene na novela seria considerada extremamente rara na vida real.

“Seria preciso coincidências em série para que o processo tivesse êxito. É possível, porém improvável.”

Gallo explica que a camisinha com o sêmen precisaria ser retirada do lixo – como foi retratado na trama Insensato Coração – entre 30 minutos e uma hora após ter sido jogada fora. Neste período, também teria de ser realizada a inseminação manual, no exato dia fértil da mulher.

“Para se ter uma ideia, nas clínicas especializadas, um processo de inseminação cuidadoso, que faz uma capacitação do esperma colhido e injeta diretamente no útero da mulher, as chances de gravidez são de 15%. Neste procedimento clandestino, a possibilidade é muito mais reduzida.”

Artur Dzik, presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH), compara o feito de Irene a ganhar na loteria. "É fantasioso, mas não impossível. Conseguir engravidar dessa forma, é como ganhar uma bolada na loteria sozinho", brinca o especilista.

“Hoje em dia as camisinhas tem espermicidas e lubrificantes, substâncias que matariam a maior parte dos espermatozoides”, afirma o especialista em reprodução assistida Raul Nakano, da clínica Ferticlin.

Paula Fetteack, ginecologista especializada em reprodução assistida, do Grupo Huntington, endossa o coro dos especialistas. A médica também defende que a chance de engravidar com sêmen retirado de uma camisinha usada é muito pequena, mas existe.

Se levada a cabo na vida real, lembra ela, a prática poderia causar infecções, já que a camisinha teria sido retirada do lixo do banheiro – uma fonte de bactérias.

Para fertilização in vitro, esclarecem os médicos, o cenário muda. O sêmen pode ser utilizado em uma possível fertilização, mas vale ressaltar que nesses casos ele é processado e selecionado, o que garante um resultado mais satisfatório. Algumas clínicas têm até uma camisinha especial (sem espermicida) para que casais em processo de fertilização possam recolher o material em casa, com mais privacidade.

Confira a matéria no portal iG.

sábado, 4 de junho de 2011

JB entrevista Dr. Paulo Gallo sobre excesso de peso e infertilidade

Recentemente, uma pesquisa norte-americana comprovou a importante ligação entre a obesidade e os níveis de infertilidade mundiais. De acordo com o estudo, níveis críticos de sobrepeso da gestante podem, inclusive, provocar infertilidade nas gerações futuras.

O Jornal do Brasil do último fim de semana abordou o assunto em uma reportagem explicativa que contou com a participação do diretor médico do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or, Dr. Paulo Gallo. Segundo o especialista, a obesidade é um fator de risco para a fertilidade, já que o excesso de peso provoca aumento na produção de insulina que, por sua vez, altera a produção dos hormônios ovarianos, diminuindo a probabilidade de se engravidar.

Mais um PESO na balança

Pesquisa nos Estados Unidos sugere que mulheres obesas possam gerar filhos inférteis

Por Luisa Bustamante

Além das complicações mais comuns ligadas ao excesso do peso, um estudo da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, mostra que a obesidade pode, também, provocar infertilidade nas gerações futuras. A pesquisa foi publicada na revista Endocrinologye revela que a complicação estaria ligada ao baixo nível do hormônio grelina – responsável pelo regulamento da fome e também pelo nosso crescimento.

No Brasil, a obesidade cresceu nos últimos anos e hoje já é vista como um problema de saúde pública. Segundo os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, 48,1% da população brasileira está acima do peso, e 15% são obesos. Há cinco anos, a proporção era de 42,7% para excesso de peso e 11,4% para obesidade. As mulheres ainda representam menores taxas – 44,3% têm sobrepeso, contra 52,1% dos homens.

O professor Paulo Gallo, diretor do centro de fertilidade Vida, e professor do Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, diz que a obesidade já é conhecida como um fator de risco para a fertilidade. Segundo ele, o excesso de peso provoca aumento na produção de insulina, que por sua vez altera a produção dos hormônios ovarianos, diminuindo a possibilidade de engravidar.

– Sabemos também que as mulheres obesas têm seis vezes mais chances de sofrer um aborto do que as demais – revela. – Quando uma obesa engravida, seu excesso de insulina também é transmitido para o bebê. Brasileiros trocam o feijão pelo refrigerante

Segundo o professor, o excesso de insulina no bebê é que provocaria infertilidade no futuro, mas ainda faltam estudos para comprovar isso.

De acordo com Hugh Taylor,médico de ciência reprodutiva e autor do estudo conduzido pela Universidade de Yale, ainda que a pesquisa tenha sido feita com ratos de laboratório, o resultado poderia ser expandido para as mulheres.

– Nosso estudo sugere que o baixo nível do hormônio grelina poderia afetar o desenvolvimento do útero nas filhas das mulheres obesas – explica. – Elas poderiam, então, se tornar menos férteis quando adultas.

O endocrinologista Antônio Minuzzi, explica que a abundante presença de receptores (onde os hormônios se ligam e agem) da grelina em órgãos sexuais dos obesos já chama atenção dos médicos.

– Sabemos que os obesos podem ter problemas relacionados à reprodução, e a grelina também estimula a produção de hormônio do crescimento e tem relação direta com a fecundação – conta. – Esta pesquisa chama a atenção para mais uma complicação da obesidade – ou seja, além da hispertensão e diabetes, a infertilidade nos filhos.

Alimentação e sedentarismo

Ainda segundo a pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, a obesidade segue em expansão no Brasil: 14,2% dos adultos não fazem nenhuma atividade física no tempo livre, e 30,2% dos homens e 26,5% das mulheres assistem televisão por mais de três horas ao dia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a prática de 30 minutos de atividade física pelo menos cinco vezes por semana.

Para piorar, os brasileiros consomem menos arroz com feijão do que há cinco anos. O número de adultos que comem feijão pelo menos cinco dias por semana é de 66,7%. Em 2006, este número era de 71,9%.

A pesquisa aponta ainda que somente 18,2% dos brasileiros adultos consomem cinco porções diárias ou 400 gramas de frutas e hortaliças, quantidade recomendada pela OMS. O levantamento mostra que 34,2% se alimentam de carnes vermelhas gordurosas ou de frango com pele; e 28,1% consomem refrigerantes cinco vezes ou mais na semana.

Clique nas imagens para ver a matéria na íntegra: