segunda-feira, 28 de março de 2011

Com quantos anos você vai entrar na menopausa? Pergunte à sua mãe!













Recentemente, a pesquisadora Nanette Santoro, diretora da Divisão de Endocrinologia Reprodutiva e Infertilidade da Escola de Medicina da Universidade do Colorado-Denver e membro da diretoria da Sociedade Americana para Medicina Reprodutiva, chegou a uma conclusão que ajuda a responder um dos questionamentos mais antigos e pertinentes das mulheres: quando vou entrar na menopausa?

Segundo a análise, publicada pelo portal O Globo e reproduzida abaixo, o fator mais importante para se determinar a data é a idade em que a mãe entrou na menopausa e como aliados na estimativa estão a análise de dados como fumo, sessões de quimioterapia, a realização de cirurgias nos ovários e a etnia da mulher.

Com quantos anos você vai entrar na menopausa? Pergunte à sua mãe!

LONDRES - Posso fazer reposição hormonal? E os efeitos colaterais? Melhor optar por suplementos de soja? Basta mencionar a palavra menopausa que todas estas dúvidas aparecem. A questão mais importante de todas, no entanto, que pode determinar a sua entrada nesta fase é: quando sua mãe entrou na menopausa?

- A menopausa está ligada à genética e é provável que a filha entre nesta fase na mesma idade que a mãe entrou - disse ao site WebMD Nanette Santoro, diretora da Divisão de Endocrinologia Reprodutiva e Infertilidade da Escola de Medicina da Universidade do Colorado-Denver e membro da diretoria da Sociedade Americana para Medicina Reprodutiva.

Esta conta nem sempre é verdadeira, já que cada mulher é um caso diferente, mas em média, além da genética há outros quatro fatores que podem influenciar esta mudança:

1. Cigarro: por causar danos aos ovários, pode antecipar em dois anos a entrada na menopausa.

2. Quimioterapia: também tóxica aos ovários, faz com que algumas mulheres entrem temporariamente na menopausa durante o tratamento. Se o ciclo menstrual se normalizar depois disso, a menopausa pode ser atrasada em um ano ou dois.

3. Cirurgia de ovário: quanto mais cirurgias, mais danos aos tecidos, segundo Marcelle Cedars, da Divisão de Endocrinologia Reprodutiva da Universidade da Califórnia. Se houver diagnóstico de endometriose, por exemplo, a recomendação é tentar a supressão hormonal, por exemplo, para evitar muitas cirurgias.

4. Etnia: mulheres hispânicas e negras entram na menopausa um pouco mais cedo, segundo Santoro. Já chinesas e japonesas entram na fase um pouco mais tarde que as caucasianas, que chegam lá por volta dos 51 anos, em média.

Confira a matéria na íntegra também acessando o portal do jornal O Globo.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Tratamento de fertilidade com três pais biológicos está em estudo na Inglaterra












Foi notícia em todo o mundo um tratamento de fertilidade desenvolvido para evitar algumas doenças hereditárias incuráveis causadas pelo mau funcionamento do DNA mitocondrial em que o bebê seria concebido por três pais biológicos.

A técnica, que pretende evitar alterações que levam a doenças como cegueira, surdez, encefalopatia, distrofia muscular, cardiomiopatia e diabetes, consiste em retirar o DNA nuclear do embrião e implantá-lo no óvulo de uma doadora, cujo núcleo foi retirado e descartado. O embrião resultante herdaria, então, o DNA nuclear ou os genes dos pais, mas o DNA mitocondrial da doadora.

Apesar de ser uma técnica similar a utilizada para clonagem, o objetivo é bem diferente. Trata-se de evitar problemas que atingem pelo menos 6.000 crianças ao ano só na Inglaterra, país que discute a liberação do procedimento.. Outras alternativas de tratamento para estas famílias seriam a terapia gênica por retrovírus, a nanomedicina ou a terapia por células tronco, todas elas ainda em experimentação e com perspectiva à longo prazo. Atualmente, a maioria dessas mulheres é orientada a não engravidar, ou, se assim o quiserem, que tenham apenas meninos, para evitar a transmissão do problema genético para gerações futuras.

Assim, a transfusão citoplasmática surgiu como uma alternativa palpável, já disponível, mas eticamente questionável. A técnica já está em uso comercial em animais há muito tempo (cerca de10 anos), principalmente na pecuária. E agora começa o questionamento ético quanto ao seu uso em humanos.

A medicina desde que foi inventada procura formas de curar e mudar a história natural das doenças, e essa mesma história pode se aplicar às doenças mitocôndriais. Porém, este tipo de notícia deveria vir sempre acompanhado de resultados dos testes com animais. Estamos começando a entrar em uma era em que se deseja produzir seres geneticamente modificados, o que não acredito ser ético testar em humanos. É preciso saber o efeito dessas técnicas por pelo menos duas gerações em diferentes mamíferos.

Confira uma matéria sobre o assunto no site do jornal O Globo.

Dra. Maria Cecília de Almeida Cardoso
Embriologista e chefe do laboratório do Vida - Centro de Fertilidade da Rede D’Or

sexta-feira, 18 de março de 2011

Centro de Fertilidade se transforma no mais moderno empreendimento do gênero no Rio de Janeiro

Na última terça-feira foram inauguradas as novas instalações do Vida - Centro de Fertilidade da Rede D'Or, no MDX Medical Center, na Barra da Tijuca. O evento contou com a participação de diversos convidados que puderam conferir a nova sede de 480m², com equipamentos de ponta e uma estrutura planejada para o conforto dos pacientes.

Entre os equipamentos adquiridos, o Dr. Paulo Gallo, ginecologista especializado em fertilidade e diretor clínico do centro, chama a atenção para uma nova incubadora que permite manipular cada caso sem interferir com o ambiente dos demais, permitindo o cultivo dos embriões em tensões de oxigênio semelhantes às que ocorrem no organismo humano, o que aumenta as chances de sucesso no tratamento.

“Além de garantir a segurança e a qualidade dos resultados, com a reforma primamos também pela humanização de todo o espaço, de maneira a oferecer o máximo de conforto e bem estar a todos os nossos pacientes e seus acompanhantes”, diz a especialista em fertilidade Maria Cecília Erthal, diretora clínica do Vida.

A jornalista Flávia Oliveira, do jornal O Globo, destacou a inauguração da nova sede em sua coluna de economia. Confira abaixo a nota publicada na última terça-feira, dia da inauguração.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Nova técnica de análise genética aumenta em até 66% as taxas de gravidez por fertilização in vitro

A mais moderna técnica que vem sendo utilizada pelas principais clínicas de Reprodução Assistida do mundo para aumentar a eficácia dos procedimentos de fertilização in vitro foi assunto no site do jornal Metro.

A Hibridização Genômica Comparativa (também conhecida pela sigla CGH, em inglês), diminui as chances de abortos espontâneos e má formação do feto e aumenta as chances de sucesso da fertilização em até 66%, segundo pesquisa da Universidade de Oxford.

O CGH já é bastante pesquisado e difundido em países da Europa e nos EUA, e começou a ser aplicado no Brasil nos últimos anos. Os especialistas Dra. Maria Cecília e Dr. Paulo Gallo falam sobre a técnica e como ela pode ajudar no processo de fertilização. Confira abaixo a matéria.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Estudo garante que estresse não interfere no tratamento para engravidar
















Foi destaque no portal do jornal O Estado de S. Paulo um estudo britânico sobre a influência do estresse no sucesso dos tratamentos de reprodução assistida.

O estudo original chamado "Emotional distress in infertile women and failure of assisted reproductive technologies: meta-analysis of prospective psychosocial studies" foi publicado este ano e analisou diversos trabalhos sobre o mesmo tema, chegando a essa conclusão.

O resultado da pesquisa é bastante positivo por um certo lado, pois tira o "sentimento de culpa" da paciente por não conseguir ficar relaxada. É muito difícil desconectar-se da ansiedade gerada por qualquer tratamento médico, principalmente os de infertilidade, patologia que, além dos danos orgânicos, também tem repercussões sociais. Saber que a ansiedade não vai interferir no resultado do seu tratamento pode até ser um gatilho para diminuir o próprio nervosismo... Isso pode até não aumentar as chances de gravidez, mas, com certeza, vai contribuir para uma maior qualidade de vida.

No entanto, é muito importante entendermos os critérios de avaliação do estresse por questionários e acho difícil correlacionar questionários a resultados biológicos. Não foram avaliadas taxas de abortamento ou, melhor que isso, taxas de bebê em casa. A conclusão do estudo pode ser boa para a paciente ouvir, mas não deve fazer o médico se descuidar da tentativa de tornar o processo o mais tranquilo possível.

Aqui no Vida, apesar de nunca termos conduzido um estudo criterioso sobre esse aspecto específico, frequentemente comentamos o quanto o bom astral de alguns pacientes provavelmente foi um aspecto favorável para o sucesso do tratamento.

Dra. Maria Cecília de Almeida Cardoso
Embriologista e chefe do laboratório do Centro de Fertilidade Vida Rede D’Or