quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Infertilidade masculina atinge 10% dos casais brasileiros



Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que 10% dos casais brasileiros que desejam engravidar apresentam algum tipo de infertilidade. Durante muito tempo os empecilhos eram todos atribuídos às mulheres e só recentemente passaram a fazer parte do universo masculino. A infertilidade, de acordo com o médico urologista Sidney Glina, pode estar tanto em um quanto no outro, ou nos dois parceiros.

Estudos mostram que a infertilidade masculina na maioria dos fatores está relacionada à produção ou à disponibilidade de espermatozoides viáveis. “Infertilidade masculina não significa a impossibilidade definitiva de ter filhos, depois que surgiram à inseminação artificial e a fertilização in vitro. O diagnóstico benfeito é fundamental para a escolha do método mais indicado para superar essa dificuldade”, explica o urologista.

Para Sidney Glina, quando o homem recebe a notícia de que está infértil, na maioria das vezes não consegue isolar o fato de algum problema de ereção, entretanto, ele afirma que não há relação entre os dois. Os demais motivos que levam à infertilidade masculina estão as disfunções hormonais, infecções genitais, causas congênitas e fatores como uso de anabolizantes, tabagismo, consumo de maconha, cocaína e exposição à radiação, a temperaturas elevadas e à poluição ambiental. Doenças sexualmente transmissíveis e inflamações nos testículos, também podem ser outras causas.

No primeiro lugar do ranking das causas está a varicocele. “Que são varizes que aparecem no cordão espermático e podem atrapalhar a produção de espermatozoides. Essas varizes fazem com que a pressão testicular e intratesticular aumente. Entretanto, 60% dos portadores da doença não apresentam nenhuma alteração da fertilidade. Os outros 40% , em geral, são inférteis”, esclarece o urologista.

Diagnóstico da dificuldade em ser pai 

Por meio de tratamentos clínicos, procedimentos cirúrgicos e fertilização assistida, as chances de reverter um caso de infertilidade masculina são muito maiores atualmente, conforme Sidney Glina.

Para o diagnóstico o espermograma é um dos exames mais usados pelos médicos. Ele analisa as características do espermatozoide, permitindo verificar o potencial de reprodução do homem e o que pode ser feito para melhorá-lo. “O teste avalia desde o aspecto até a quantidade e as condições dos espermatozoides, podendo verificar como está a fertilidade do homem, além de, muitas vezes, apontar outros fatores da saúde reprodutiva masculina, como as condições da próstata ou a presença de infecções ocultas, por exemplo”, explica o urologista.

Normalmente este teste é realizado quando existe algum problema físico, imunológico ou genético, que possa alterar as condições espermáticas e/ou interferir na fertilidade do homem. Tudo isso é avaliado num exame clínico feito pelo urologista ou especialista em reprodução humana. “Por isso, o teste não tem uma periodicidade regular”, comenta o médico. Ele conta que o espermograma é realizado por meio de coleta de sêmen, após um período de abstinência sexual de três a cinco dias.

O médico lembra que, normalmente, são pedidos dois exames com 15 dias de intervalo entre eles. Se os resultados forem semelhantes em ambos há um diagnóstico. “Se houver alguma diferença entre as características do esperma estudado nas duas coletas, o médico pode solicitar uma terceira coleta, para não deixar nenhuma dúvida”, afirma.

Fertilidade x idade 

Se por um lado o aparelho reprodutivo feminino começa a sofrer alterações a partir dos 35 anos, por outro, a infertilidade masculina tem pouca associação com a evolução da idade. É sabido que a produção de espermatozoides vai diminuindo com o tempo, mas diversos especialistas apontam que até os 70 anos o homem pode ser pai com facilidade, principalmente se sua parceira tiver menos de 35 anos.

Conforme Glina, a idade do homem interfere pouco em sua capacidade de procriar. “O homem mais velho produz mais espermatozoides com alteração genética. Mas o impacto disto é bem menor na prole”, diz ao comparar com o efeito da idade na fertilidade feminina.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

6 dúvidas comuns sobre a fertilidade



Quando o assunto é a saúde feminina, em especial a fertilidade da mulher, existem muitas dúvidas e mitos que acabam direcionando os cuidados relacionados ao bem-estar para o lado errado. Isso porque, além de dificultar a concretização dos planos para a gravidez, as questões relacionadas à menstruação e à gestação também podem influenciar diretamente na qualidade de vida da mulher. Para esclarecer algumas dúvidas, a ginecologista Maria Cecília Erthal, listou os assuntos mais comuns que confundem a cabeça das mulheres. Veja abaixo!

1. Minha menstruação é regular. Logo, certeza que sou fértil.

A menstruação regular é um fator positivo para os ciclos ovulatórios, no entanto, outros fatores que não interferem na menstruação podem implicar na gestação e dificultar o processo, como problemas tubário/peritoneal, uterino, cervical ou mesmo sem nenhuma causa aparente.

2. Basta cuidar bem da saúde para não ter problema de fertilidade.

É fundamental ter uma alimentação saudável e praticar atividades físicas para alcançar maior qualidade de vida, no entanto, esses fatores não previnem todos os problemas que podem influenciar na fertilidade.

3. Já tive um filho. Não vou ter dificuldade de engravidar novamente.

Já ter um histórico de gravidez não é garantia de que não haverá uma infertilidade secundária ― quadro de infertilidade com histórico de gestação, que é tão comum quanto a infertilidade primária. As condições de saúde do casal se modifica com o tempo e a idade da mulher deve ser levada em consideração na hora de calcular as possibilidades de gravidez.

4. Somente as mulheres são inférteis.

A infertilidade pode acometer tanto homens quanto mulheres. E os casos estão basicamente na mesma proporção, por isso, ao apresentar dificuldades para engravidar, o casal deve passar por exames clínicos para identificar o impedimento e ambos são passíveis de tratamento, quando indicado.

5. Não vou procurar uma clínica de fertilidade porque a única técnica usada é a fertilização in vitro. Com isso, eu corro o risco de ter gravidez múltipla.

A fertilização in vitro não é a única alternativa usada em clínicas de reprodução humana assistida, uma vez que a inseminação intrauterina e o coito programado também estão disponíveis. No entanto, alguns casais podem nem ter indicação para essas técnicas e o tratamento mais indicado para restaurar a fertilidade pode ser um procedimento cirúrgico. O risco de gravidez múltipla também depende do número de embriões transferidos para a fertilização. Para minimizar essa taxa, basta transferir apenas um embrião.

6. Já recorri a uma clínica e o tratamento não deu certo. Meu caso não tem solução.

Muitos fatores estão envolvidos no sucesso da reprodução assistida e por mais que medicina reprodutiva evolua alguns deles ainda são desconhecidos. Por isso, a persistência é tão importante para o processo, assim como uma equipe de profissionais qualificado e um emocional estável.

Confira a matéria no site da revista Pense Leve

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Reprodução assistida dá chances a pais gays


Cada vez mais casais homoafetivos têm a chance de se tornar pais ou mães biológicos. E para realizar o sonho, não precisam viajar até os Estados Unidos, como os empresários Roberto Souza da Silva, 32 anos, e Marco Aurélio Lucas, 33, pais dos gêmeos Natalie e Valentin, que nasceram há três meses na Califórnia e foram batizados há 10 dias no Cristo Redentor, como o jornal O DIA mostrou. Uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), de novembro de 2013, prevê o acesso de casais homoafetivos às técnicas de reprodução assistida no Brasil.

A facilidade ampliou a procura nas clínicas especializadas em fertilização. “Recebemos de três a cinco casais homoafetivos por mês, inclusive vindos de outros países”, conta a médica Maria Cecília Erthal, diretora do Vida - Centro de Fertilidade da Rede D’Or, no Rio. No entanto, ainda esbarra em uma burocracia. Para registrar os filhos, os pais terão que entrar com uma ação judicial, diferentemente do que aconteceu com Beto e Marco, que já saíram dos Estados Unidos com a certidão de nascimento dos filhos reconhecida no Consulado do Brasil em Los Angeles — as crianças têm dupla cidadania (americana e brasileira).

"Administrativamente, a resolução do CFM admite o uso de técnicas reprodutivas, mas não há leis assegurando o registro. Estamos lutando para modificar isso”, diz a jurista Maria Berenice Dias, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM). A entidade pede agora a aprovação de uma resolução no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que filhos de uniões homoafetivas sejam registrados, como já prevê resolução da Corregedoria de Justiça do Mato Grosso, que autorizou registros no cartório, sem precisar de ação judicial. “Para entrar como pai ou mãe, tendo ou não material genético, precisa ainda da decisão judicial”, diz ela.

O tratamento completo de fertilização custa de R$ 15 mil a R$ 18 mil, muito abaixo do que é cobrado em outros países, onde o processo fica mais caro por envolver a contratação de “barrigas de aluguel” (como são chamados os úteros de substituição). “Lá fora, a receptora chega a receber 25 mil dólares (cerca de R$ 62,5 mil)”, disse Maria Cecília. No Brasil, a barriga de aluguel é permitida desde que seja comprovado laço de parentesco até o quarto grau com um dos integrantes do casal. A ideia, segundo ela, é evitar a “comercialização” do útero que vai gerar a vida.

Lei reconhece família homoafetiva 

Para o estilista Carlos Tufvesson, coordenador especial da Diversidade Sexual na Prefeitura do Rio, casos como o de Beto e Marco estão se tornando cada vez mais comuns, desde que o conceito de família foi reconhecido legalmente nas uniões homoafetivas. Isso ocorreu em 2011, com o voto do ministro Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal (STF), fundamental para ampliar os direitos dos homossexuais.

“Diante da lei, tivemos nossos direitos adquiridos. Concluiu-se que o conceito de família é derivado pelo afeto e não pela procriação. E passaram a entender as uniões homoafetivas como família de fato e direito”, lembrou.

Segundo ele, a maioria dos casais gays que quer ter filhos biológicos é formada por mulheres, que buscam bancos de esperma porque não querem ter problemas legais na questão de posse. “Elas têm mais vontade de ser mães, mas tem aumentado também o número de homens querendo ser pais”. Por outro lado, é grande também o número de homossexuais que optam pela adoção. “Entendo quem queira ter filhos biológicos, mas família é amor”, diz ele.

Foto:  Maíra Coelho / Agência O Dia

Confira a matéria no site do Jornal O Dia

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Mitos e verdades sobre a fertilização


A dificuldade para ter filhos pode ser o grande pesadelo de um casal. Muitas mulheres acabam procurando ajuda médica, devido ao grande número de mitos em torno desse tema. Por isso, convidamos dois especialistas que respondem as cinco dúvidas mais comuns sobre fertilização.

1. Se um casal é sadio, ele sempre consegue engravidar no primeiro mês de tentativa? 
 Não. A primeira coisa que se deve saber é que um casal completamente sadio e decidido a ter filhos pode não conseguir no primeiro mês. As chances de isso acontecer, segundo o ginecologista especialista em medicina reprodutiva, Marco Melo, são de apenas 15 a 20%. “Após 12 meses, o casal terá aproximadamente 85-90% de chances de engravidar. “Caso isto não ocorra, aí sim é necessário procurar ajuda médica”, diz ele. 

2. Quando um casal não consegue, geralmente a culpa é da mulher? 
Não. Uma das principais inverdades nesse universo é a de que a mulher geralmente é responsável pelas dificuldades em ter filho. A verdade é que existe a mesma incidência entre os dois sexos. “Cada um responde por 40% das causas. Os outros 20% restantes podem ser motivos de infertilidade sem causa aparente”, explica o médico. Vale lembrar que, ao contrário do que muitos dizem, a mulher que usou anticoncepcional por muito tempo não desenvolve dificuldade para ser fecundada.

3. As chances de óvulo ser fecundado diminuem com a idade? 
Sim. As mulheres podem, ao longo do tempo, desenvolver dificuldade de engravidar. Quanto maior a idade, menores são as possibilidades de o óvulo ser fertilizado. “O que acontece é uma redução não só no número de óvulos, como também da sua qualidade”, explica Melo.

4. Homens que trabalham muito tempo sentados ou que ingerem muita vitamina A podem ficar estéreis? 
Não. “Os mitos não rondam apenas as mulheres”, comenta o médico. “Além disso, os populares afrodisíacos, como ovos de codorna e amendoins, estão totalmente descartados pela medicina como métodos de aumentar a fertilidade masculina”.

5. Técnicas modernas, como congelamento dos óvulos, podem funcionar? 
Sim. Hoje, algumas técnicas podem ajudar as mulheres que querem ter filhos mais tarde. Uma delas é a vitrificação dos óvulos, uma das maiores evoluções da reprodução assistida. “Esse procedimento em que os óvulos são congelados permite que as chances de sucesso sejam semelhantes às de uma mulher bem mais nova”, comenta o médico.

A médica especialista em reprodução humana assistida, Maria Cecília Erthal, diretora do Centro de Fertilidade da Rede D’Or, explica melhor esse método: “A técnica consiste em preservar os embriões dos cristais que podem se formar no seu interior depois do congelamento. Isso pode destruir células importantes do óvulo, o que não acontece quando utilizamos as substâncias específicas que evitam esses cristais. Depois de congelados da forma correta, os óvulos podem ser utilizados pela mulher tempos depois”.

Outro avanço da medicina nesse quesito é a PGS, Sreening Pré Implatacional. “Esse procedimento é feito a partir da retirada de uma célula do embrião para pesquisa. Dessa maneira conseguimos saber se existe alguma alteração genética, como a síndrome de Down, Edwards, Patau entre outras”, finaliza a médica.

Confira a matéria no portal iG

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Como engravidar de menino



Algumas atitudes teoricamente podem aumentar suas chances de engravidar de menino. Primeiro, é preciso que você entenda como é definido o sexo do bebê. “O óvulo tem o cromossomo X, enquanto o espermatozoide pode ter o cromossomo X ou Y. Se o espermatozoide tiver o X será menina, se tiver o Y será menino”, explica o ginecologista obstetra Paulo Gallo, diretor médico do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or do Rio de Janeiro e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Existem algumas diferenças entre o espermatozoide com o cromossomo X e aquele com o Y. “Os espermatozoides com o cromossomo Y são mais rápidos, mas morrem mais cedo. Enquanto os espermatozoides com o X são mais lentos, contudo vivem mais”, constata Gallo.

Por isso, alguém que quer engravidar de um menino pode tentar aumentar as chances disto acontecer tendo relações sexuais o mais próximo possível do momento da ovulação. Assim, existe a possibilidade do espermatozoide masculino chegar antes do feminino e fecundar o óvulo que já estará lá, o que irá resultar em um menino.

Contudo, é importante ressaltar que este método é apenas um auxilio, mas não há garantias. “Afinal, é muito difícil saber exatamente quando a mulher irá ovular”, diz Gallo.

Confira a matéria  no site Bebê & Mamãe

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Seis mitos sobre a fertilidade feminina



A fertilidade é um dos assuntos que mais geram dúvidas nos pacientes. Sabendo disso, a diretora-médica do Vida (Centro de Fertilidade da Rede D'Or), Dra. Maria Cecília Erthal, elaborou uma lista de seis mitos sobre a fertilidade feminina. Veja abaixo:

1 - Minha menstruação é regular. Logo, certeza que sou fértil. 

R: Não. O fato de ter menstruações regulares, nos fala a favor de ciclos ovulatórios, porém isso não significa fertilidade. Outros fatores, que não alteram o ciclo menstrual, podem estar implicados na dificuldade em engravidar, como o fator tubário/ peritoneal, fator uterino, fator cervical ou mesmo sem nenhuma causa aparente.

2 - Basta cuidar bem da saúde para não ter problema de fertilidade. 

R: Uma alimentação saudável e exercícios físicos são sempre bem-vindos e recomendados, mas isso não quer dizer que essas medidas sejam suficientes para não se apresentar problemas de fertilidade. Outros fatores, independentes de um estilo de vida saudável, podem estar envolvidos e comprometer a fertilidade.

3 - Já tive um filho. Não vou ter dificuldade de engravidar novamente.

R: Ter engravidado naturalmente uma vez não é garantia de que o mesmo acontecerá uma segunda vez. A infertilidade secundária (quando um casal não consegue engravidar, com história de gravidez anterior) é tão comum quanto a infertilidade primária (casal com dificuldade em engravidar, sem história de gravidez anterior). As condições de saúde do casal podem alterar com o passar do tempo e a idade da mulher, que já não é a mesma da primeira gravidez, é o fator mais importante a ser considerado quando se decide calcular as possibilidades de gravidez de um casal.

4 - Somente as mulheres são inférteis. 

R: Não. A infertilidade acomete tanto homens como mulheres, basicamente na mesma proporção. Em média, 30% dos casos de infertilidade são devidos ao fator masculino, 30% ao fator feminino, 15 - 30% aos fatores mistos e 10% são de causas desconhecidas. Se um casal apresenta dificuldade em engravidar, ambos devem passar por uma investigação clínica e ambos são passíveis de tratamento quando indicado.

5 - Não vou procurar uma clínica de fertilidade porque a única técnica usada é a fertilização in vitro. Com isso, eu corro o risco de ter gravidez múltipla. 

R: Não. A Fertilização In Vitro (FIV) não é a única técnica utilizada em clínicas de Reprodução Humana Assistida, existindo outras como Inseminação Intrauterina e coito programado. Alguns casais podem nem ter indicação para essas técnicas e apenas com uma determinada conduta clínica ou, eventualmente, com um procedimento cirúrgico pode ser possível restaurar a fertilidade.

Em relação à gestação múltipla, essa taxa varia de acordo com o número de embriões transferidos na Fertilização in vitro. Na inseminação intrauterina ou coito programado, essa taxa varia de acordo com o número de folículos em desenvolvimento. Se o casal não deseja ter uma gravidez múltipla, consegue-se minimizar esse risco, como por exemplo, transferindo apenas um embrião nos casos de FIV.

6 - Já recorri a uma clínica e o tratamento não deu certo. Meu caso não tem solução. 

R: As técnicas de Reprodução Assistida não são matemática. Uma série de fatores estão envolvidos e muitos deles ainda são desconhecidos. A medicina reprodutiva tem avançado muito nos últimos tempos e isso tem contribuido para cada vez mais, oferecermos o que há de melhor e mais atual para os casais inférteis.

É verdade que o tratamento, em alguns casos, é desgastante e algo frustrante, mas a perseverança muitas vezes leva à tão desejada gravidez. Confie no seu médico, esclareça as suas dúvidas e divida as suas angústias e medos. A caminhada pode ser longa, mas o objetivo final faz compensar qualquer esforço.


Confira a matéria no site SRZD

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Descubra se pode ser feito algo para aumentar a possibilidade de engravidar de gêmeos



“Como engravidar de gêmeos?”. Muitas mulheres se fazem essa pergunta, pois têm o desejo de engravidar de dois bebês ao mesmo tempo. Infelizmente, nada pode ser feito para aumentar as chances de uma gestação gemelar espontânea. “O que aumenta as possibilidades de ter gêmeos, tanto gêmeos univitelinos (idênticos) quanto bivitelinos (diferentes), é o histórico familiar. Então, quem é filho ou neto de alguém que é gêmeo tem mais chances de ter uma gestação gemelar”, explica o ginecologista obstetra Paulo Gallo, diretor médico do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or do Rio de Janeiro e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Casais que realizam tratamentos para engravidar têm maiores possibilidades de engravidarem de gêmeos bivitelinos. Mas o tratamento só deve ser buscado quando há dificuldades para engravidar e após recomendação médica. “É importante deixar claro que tomar remédios para a ovulação sem orientação de um médico é perigoso porque a mulher pode engravidar de trigêmeos ou quadrigêmeos”, ressalta Gallo.

Não pense que ter gêmeos é apenas fofura em dobro! A gestação gemelar é mais perigosa do que a normal porque há maior risco de prematuridade, malformações do feto e discordância de pesos entre os fetos. Para as grávidas, há mais chances de náuseas e vômitos no começo da gravidez, placenta prévia, atonia uterina pós-parto e estrias.

Confira a matéria no portal Bebê & Mamãe

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Trinta anos depois, como está a jovem que foi o primeiro bebê de proveta do país



Anna Paula Caldeira completa nesta terça-feira 30 anos. Seria um aniversário qualquer se ela não fosse o primeiro bebê de proveta do Brasil. Ela diz que não será “nada demais” a comemoração. Mas, pelo lado da ciência, reconhece tratar-se de uma data representativa. A partir deste procedimento, mais de 300 mil bebês nasceram no país pela fertilização in vitro (FIV). No mundo, são cinco milhões desde 1978, quando Louise Joy Brown nasceu no Reino Unido.

— Independente de ser o primeiro bebê de proveta, a verdade é que fazer 30 anos por si só já dá um frio na barriga — brinca Anna Paula, hoje nutricionista. — Tenho consciência do quanto isto é importante para a medicina, o quanto abriu portas. Mas sei que muitos ainda não conseguem ter um filho.

Anna Paula nasceu em São José dos Pinhais (PR), onde vive até hoje. Ela foi a primeira criança nascida por FIV também na América Latina. Sua mãe, a paranaense Ilza Caldeira, realizara uma ligadura de trompas uterinas e, por isso, não podia ter mais filhos. Foi quando procurou o médico Milton Nakamura (falecido em 1997), que testava a técnica, até então, sem sucesso.

— Uma paciente morreu durante o processo, e isso o marcou muito. Mas voltou a ter forças, investiu no sonho e acabou funcionando — lembra Isaac Yadid, diretor médico da Primordia Medicina Reprodutiva, que integrou a equipe de Nakamura.

TÉCNICA AVANÇOU, MAS SEM MILAGRE 

A técnica foi trazida para o Brasil pelo australiano Alan Trounson, responsável pelo nascimento de Zoe Leyland pouco antes da experiência brasileira, em 28 de março do mesmo ano. À época, a gravidez de Ilza foi mantida em sigilo pelas altas chances de insucesso. A foto só foi divulgada cinco dias depois do nascimento da menina saudável.

— O pesquisador trouxe o know how que não tínhamos. Mesmo assim, tudo era feito de maneira rudimentar e sem controle. Comparado à hoje, era um fundo de quintal completo — comenta.

Trinta anos depois, especialistas enumeram os avanços do FIV. Diretor-médico do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or, Paulo Gallo explica que a mulher precisava ser internada e tinha o abdome aberto para a retirada de óvulos, mas agora a aspiração deles é feita só com uma agulha por via vaginal e duração de cerca de 10 minutos. Ela recebe doses de hormônios para estimular a ovulação e produzir um número grande de óvulos, aumentando, assim, as chances de fertilização. Óvulos maduros e espermatozoides em tamanho e qualidade adequados são mantidos numa incubadora que simula as condições do corpo feminino. Com um microscópio, o embriologista seleciona as melhores células e induz a fecundação do embrião. Esse procedimento, conhecido como ICSI, beneficiou homens com espermatozoides de má qualidade.

— Além disso, era comum o nascimento de tri ou quadrigêmeos, porque muitos embriões eram implantados. Hoje podemos escolher os melhores e transferir um ou dois por vez — acrescenta Gallo.
Outras inovações são o teste genético dos embriões, que avalia o risco de doenças hereditárias; a gravidez em casais soro-discordantes (portadores de HIV e hepatite, principalmente). E o congelamento de espermatozoides, óvulos e embriões, para a pacientes com câncer, que temem perder a fertilidade, ou os que querem engravidar no futuro.

Mas não há milagre no tratamento, que gira em torno de R$ 15 mil, sem garantias de que vai funcionar. As chances de sucesso caem à medida que a mulher envelhece: aos 30 anos, elas estão em torno dos 60%; aos 43, não passam de 5%.

— A mulher precisa se conscientizar que existe uma finitude na capacidade de produzir óvulos — alertou Yadid.

— São inúmeros os avanços nos últimos anos, mas a idade ainda é o grande empecilho — completa Gallo.

Foto: Rafael Forte

Confira a matéria no site do Jornal O Globo

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Sangramento durante a amamentação é prejudicial ao bebê?



O que fazer quando o bebê mama leite com sangue? Essa pode ser uma dúvida recorrente para muitas mamães que passam pela situação de sangramento durante os primeiros dias de amamentação.

De acordo com o Dr. Cássio Sartório, do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or, essa situação pode acontecer em decorrência de uma síndrome chamada de “cano enferrujado”, caracterizada pelo aumento da vascularização dos alvéolos e dos mamários. Nessa situação, o leite pode variar da cor rosa claro para vermelho.

Outra situação que pode fazer com que o sangramento apareça durante a amamentação é a rachadura do mamilo. A diferença é que esta situação também pode representar o sinal doenças mais graves. Portanto, a mãe deve estar sempre atenta e fazer o acompanhamento médico constante.

Mas não há motivo para desespero! Por ser uma situação fisiológica, as mamães devem ficar atentas se o sangramento persiste ou caso haja fissuras ou sinais de inflamação, como dor, calor, rubor ou febre. “Vale a pena lembrar que esses sintomas podem surgir na amamentação e serem decorrentes apenas da amamentação. Na dúvida, deve-se sempre procurar o médico para avaliação”, explica. 

Além disso, ingerir o leite com sangue não é prejudicial para o bebê. Mesmo que inicialmente a criança estranhe o gosto, a amamentação deve ser contínua e estimulada, pois é muito importante para a saúde do bebê.

O único momento em que a amamentação deve ser evitada é em caso de infecção. Neste caso, o indicado é drenar a mama infeccionada para não acumular o leite e amamentar o bebê com a outra saudável. “Na maioria das vezes, o sangramento para nos primeiros dias ou semanas de amamentação, e é totalmente normal. Qualquer outro sintoma ou ferimento devem ser sempre relatados ao médico”, finaliza o doutor.

Fonte: Dr. Cássio Sartório, do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or

Confira a matéria no site Mamare

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Saiba o que pode ser feito para aumentar as chances de engravidar de menina


Algumas atitudes teoricamente podem aumentar suas chances de engravidar de menina. Primeiro, é preciso que você entenda como é definido o sexo do bebê. “O óvulo tem o cromossomo X, enquanto o espermatozoide pode ter o cromossomo X ou Y. Se o espermatozoide tiver o X será menina, se tiver o Y será menino”, explica o ginecologista obstetra Paulo Gallo, diretor médico do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or do Rio de Janeiro e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Existem algumas diferenças entre o espermatozoide com o cromossomo X e aquele com o Y. “Os espermatozoides com o cromossomo Y são mais rápidos, mas morrem mais cedo. Enquanto os espermatozoides com o X são mais lentos, contudo vivem mais”, constata Gallo.

Por isso, alguém que quer engravidar de uma menina pode tentar aumentar as chances disto acontecer tendo relações sexuais cerca de dois dias antes da ovulação. Assim, existe a possibilidade do espermatozoide masculino chegar primeiro, mas como não haverá óvulo, ele não fecundará e morrerá antes. Enquanto o espermatozoide feminino chegará depois, mas continuará vivo quando o óvulo chegar e o fecundará, resultando em uma menina.

Contudo, é importante ressaltar que este método é apenas um auxilio, mas não há garantias. “Afinal, é muito difícil saber exatamente quando a mulher irá ovular”, diz Gallo.

Confira a matéria no site Bebê & Mamãe

Foto: Getty Images

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Casos de gêmeos duplicam no mundo; especialistas explicam



Levantamento divulgado pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças, um órgão reconhecido na área da saúde, nos Estados Unidos, datado de 2012, mostrou que os nascimentos de gêmeos dobraram dos anos 1980 para cá. Essa é uma tendência mundial e que se verifica também no Brasil, diz o médico Wagner Rodrigues Hernandez, ginecologista e obstetra do setor de gestações múltiplas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

A princípio, parece fácil explicar esse aumento. "Dois terços devem-se aos tratamentos de reprodução assistida", diz o médico. É que, para aumentar as chances de gravidez, os especialistas costumam implantar mais de um embrião no útero. Contudo, mesmo o número de gêmeos nascidos naturalmente –o terço restante– tem aumentado e é especialmente esse fenômeno que os pesquisadores estão tentando desvendar.

De maneira geral, o nascimento de gêmeos não é um evento tão incomum: uma em cada 40 crianças que nasce no mundo é gêmea. Mas nesse grupo incluem-se dois diferentes tipos de gemelaridade: os gêmeos univitelinos, ou idênticos, que são formados a partir da divisão de um mesmo óvulo fecundado, e os bivitelinos, que nascem da fecundação de dois óvulos por dois espermatozoides e, portanto, não são idênticos, podendo até serem de sexos opostos.

Os gêmeos univitelinos são bem mais raros e sua incidência tem permanecido constante na maioria dos países, em torno de 3,5 e 4 para cada mil nascimentos, segundo dados de pesquisa realizada pelo Laboratório de Genética da Universidade Católica de Pelotas, no Rio Grande do Sul. O que está aumentando significativamente são os gêmeos bivitelinos. E, para explicar esse aumento, diversos fatores estão sendo estudados.

Histórico familiar 

A mulher que tem gêmeos na família apresenta mais chance de gerar gêmeos não idênticos, afirma o urologista Jorge Haddad Filho, coordenador do Programa de Reprodução Assistida da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

"Presume-se que a predisposição a liberar dois óvulos seja uma herança ligada ao cromossomo X", diz o especialista. "O cromossomo X que carrega o suposto gene da superovulação pode vir do pai ou da mãe da mulher que vai engravidar", explica.

Segundo o obstetra Wagner Hernandez, quanto mais gêmeos a mulher tiver na família, maiores as chances de uma gravidez múltipla. A proximidade dos parentes que tiveram gêmeos também importa: "As relações de primeiro e segundo graus são as que mais aumentam as chances. Por exemplo, se a mulher tem uma irmã gêmea ou se a mãe dela tem uma irmã gêmea, há maior possibilidade de que ela venha a ser mãe de gêmeos".

No caso de gêmeos idênticos, a questão é mais controversa. Diversos estudos afirmam que a divisão de um óvulo em dois se dá por puro acaso, sem influência ambiental ou determinação genética. Contudo, um estudo recente realizado no município gaúcho de Cândido Godói indica o contrário. 

Conhecida como a "Cidade dos Gêmeos", com uma incidência de 10% na população geral, ela foi alvo de um estudo divulgado em 2011, feito por geneticistas da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). A pesquisa durou 17 anos e descobriu, no código genético da população local, uma variação do gene p53, que aumenta a chance de sobrevivência do embrião no útero.

Segundo os pesquisadores da UFRGS, em muitas gestações, as mulheres têm dois embriões, mas apenas um se desenvolve, o que acaba passando despercebido. No entanto, a variação genética encontrada poderia favorecer o desenvolvimento dos dois embriões.

A genética também seria a explicação para as diferenças já identificadas em estudos populacionais. "Mulheres afrodescendentes, em geral, são mais propensas a ter gêmeos, enquanto, entre as orientais, os gêmeos são mais raros", diz o obstetra Wagner Hernandez.

Idade da gestante 

"Mulheres após os 35 anos que engravidam espontaneamente possuem mais chances de terem gêmeos", diz Hernandez. Ele explica que isso acontece porque, em uma mulher mais velha, o estímulo para ovular precisa ser maior. Com isso, o organismo acaba produzindo mais FSH (o hormônio estimulador de folículos, as estruturas do ovário que contêm os óvulos) para garantir o desenvolvimento dos poucos folículos que restam. Então, aumenta a probabilidade de se produzir mais de um óvulo, em um mesmo ciclo.

Estudos clínicos confirmam a experiência prática dos consultórios. Uma pesquisa realizada na Universidade Vrije, na Holanda, em 2006, com um grupo de 500 mulheres, chegou à conclusão de que, no último estágio do ciclo reprodutivo da mulher, entre 38 e 48 anos de idade, há um aumento da predisposição à produção de óvulos múltiplos.

Índice de massa corporal 

Mulheres que apresentam um índice de massa corporal mais alto (acima de 30) também podem ter mais chances de gerar filhos gêmeos. A princípio, trata-se apenas de uma relação estatística, de explicação pouco conhecida.

Uma hipótese considerada pelos médicos é a de que mulheres obesas converteriam mais hormônios na gordura. "Elas estabeleceriam uma relação parecida com a das mães maduras, que têm níveis mais altos de FSH na corrente sanguínea e, por isso, teriam mais chances de produzir mais de um óvulo por ciclo", declara Hernandez.

Uso de anticoncepcional 

Após a interrupção do uso de pílula anticoncepcional, também haveria maior probabilidade de gestação gemelar. "Aconteceria mais ou menos o mesmo processo que ocorre com a mulher de idade mais avançada: o organismo enviaria mais hormônio para a corrente sanguínea, fazendo com que a mulher ficasse mais predisposta a ovular mais de um folículo", diz Hernandez.

Mas essa não é uma questão fechada. O médico Eduardo Zlotnik, coordenador do curso de pós-graduação em ginecologia e obstetrícia no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, discorda dessa tese. "Na verdade, o que pode ocorrer é que a mulher demore um pouco mais para voltar ao ciclo regular, apenas isso."

Ovários policísticos 

A obstetra Karla Giusti Zacharias, ginecologista da unidade do Itaim Bibi do Hospital São Luís, também na capital paulista‏, afirma que as mulheres que sofrem da síndrome do ovário policístico, uma disfunção hormonal que provoca irregularidades e falhas no ciclo menstrual, podem, eventualmente, produzir mais óvulos em um determinado ciclo.

O fenômeno poderia ocorrer, especialmente, no caso de mulheres que, em função da doença, precisam tomar medicamentos indutores de ovulação.

Altura da gestante 

"Mulheres mais altas também podem ter mais chances de engravidar de gêmeos", afirma Karla. O motivo seria o aumento da proteína IGF, abreviatura do termo em inglês "insulin-like growth factor" ou "fator de crescimento tipo insulina".

A médica cita uma pesquisa realizada nos Estados Unidos pelo obstetra Gary Steinman, do Centro Médico de Long Island. O levantamento mostrou uma relação entre a maior quantidade dessa substância no sangue e uma maior sensibilidade dos ovários ao FSH, o hormônio folículo-estimulante.

Nesse estudo, Steinman comparou as alturas de 129 mulheres que deram à luz gêmeos ou trigêmeos univitelinos ou bivitelinos (105 tiveram gêmeos e 24 tiveram trigêmeos) com a altura média das mulheres nos Estados Unidos. As mães de nascimentos múltiplos tinham, em média, cerca de 2,54 cm acima da estatura média.

Consumo de leite 

Gary Steinman também descobriu que as mulheres que consomem produtos de origem animal, especialmente laticínios, são cinco vezes mais propensas a ter gêmeos, se comparadas àquelas que fazem uma dieta vegana (sem produtos de origem animal).

A explicação também passa pelo aumento do IGF: a proteína é encontrada no leite de vaca e em outros produtos animais. Mas o que a pesquisa encontrou é uma probabilidade estatística e não um fator determinante, conforme alerta Haddad. "A relação não é tão direta e simples. Não podemos afirmar que, se a pessoa quiser ter gêmeos, então, basta tomar mais leite", diz o médico.

Os riscos da gravidez gemelar 

Apesar do fascínio que envolve os gêmeos, para os médicos, a notícia de uma gravidez gemelar é sempre motivo de preocupação. "Trinta por cento delas resultam em partos prematuros", diz o médico Eduardo Zlotnik, do Hospital Israelita Albert Einstein.

O risco é ainda maior quando os gêmeos dividem a mesma placenta, o que ocorre em cerca de 85% das gestações de bebês univitelinos (nas gestações de bivitelinos, ou seja, não idênticos, há, obrigatoriamente, duas placentas). "Quando há uma placenta só sustentando os dois bebês, um pode puxar o sangue do outro e atrapalhar o seu desenvolvimento", diz Zlotnik.

Segundo dados do Laboratório de Genética da Universidade Católica de Pelotas, a taxa de mortalidade logo após o parto é quatro vezes mais alta para gêmeos e seis vezes maior para trigêmeos.

 Além de prejuízos ao desenvolvimento do bebê, há, ainda, riscos de hipertensão e hemorragia para a mãe, que sofre a sobrecarga de uma gestação múltipla. Também já se verificaram maiores índices de depressão pós-parto nas mães de gêmeos. "A gravidez, por si só, é uma condição que exige bastante do organismo feminino. No caso de gêmeos, a atenção aos bebês e à mãe deve ser ainda maior", fala Zlotnik.

Confira a matéria no portal UOL

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Estudo feito em 750 mulheres entre 18 e 40 anos descobriu que taxa de gêmeos após esse tratamento também é menor



Pesquisadores da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, descobriram que o letrozole, remédio usado para evitar a reincidência do câncer de mama, é 30% mais eficaz para estimular a ovulação em comparação ao clomifeno, medicamento atualmente usado para esse fim.

A pesquisa, feita em 750 mulheres entre 18 e 40 anos, analisou o resultado do uso do letrozole e clomifeno ao longo de até cinco ciclos menstruais e provou que a taxa de gravidezes aumentou no uso do medicamento novo em relação ao antigo.

A droga é principalmente indicada para quem sogre da síndrome do ovário policístico (SOP) – um conjunto de sintomas que vão desde a androgenia (características masculinas, como pelos mais grossos), até a acne e menstruação irregular. Mesmo com a síndrome, algumas mulheres conseguem engravidar naturalmente, enquanto outras conseguem conceber somente quando mudam hábitos de vida, como perder peso, controlar o estresse e se alimentar corretamente.

No entanto, para um grupo de mulheres, essas medidas não funcionam, o que leva o ginecologista a receitar um medicamento para estimular a ovulação. São nesses casos que o letrozole se mostrou mais eficiente do comumente usado clomifeno.

A ginecologista especialista em reprodução humana do Vida, Centro de Fertilidade da Rede D’Or, Alessandra Evangelista, explica que o letrozole não é um medicamento novo: está no Brasil há algum tempo para evitar reincidência do câncer de mama. No entanto, a prescrição do novo uso poderá encontrar barreiras no preço: as doses do clomifeno giram em torno de R$ 30 a 50, enquanto o letrozole custa em média de R$ 200 a 400.

Ter um medicamento mais eficaz no mercado não invalida o uso do antigo, que, na grande maioria das vezes, é suficiente para fazer uma mulher engravidar. Acima de tudo, alerta a médica, é preciso investigar a causa da infertilidade.

A idade é um dos fatores que limitam a escolha de tratamentos. Alessandra explica que, em uma mulher com 25 anos, por exemplo, há tempo para que ela possa mudar hábitos de vida, perder peso e desestressar-se. Já se ela tem 35 anos, o tratamento deve ser mais rápido, uma vez que a taxa de fertilidade cai drasticamente após essa idade. A mulher deve tentar mudar os hábitos rapidamente e, se não conseguir engravidar, parte-se para o tratamento.

Menos gêmeos 

Um dos trunfos do letrozole é a menor taxa de nascimento de gêmeos. O estudo mostra que aproximadamente 10% das mulheres que foram estimuladas com clomifeno tiveram gêmeos. Para o letrozole, a taxa caiu para 3%. Segundo os médicos envolvidos com o estudo, conceber apenas um bebê a cada gravidez torna a gestação mais segura.

Disponível no Brasil, o uso do letrozole para estimular ovulação é o que se chama de “off label” – quando um medicamento para um determinado fim é usado para outro propósito. No entanto, como testes de segurança foram feitos para libera-lo para uso nos casos de câncer de mama, a aprovação de um órgão regulador de medicamentos para uma nova função do remédio pode vir mais rapidamente.

Foto: Thinkstock

Confira a matéria no portal iG

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Comer sete nozes todo dia ajuda homem a ser mais fértil



Incluir sete nozes por dia na dieta normal pode melhorar a contagem e a qualidade do esperma. Essa é a aposta de médicos da Azienda Ospedaliera Citta della Salute e della Scienza di Torino, na Itália, que estão testando a teoria num estudo com cem homens em tratamento para infertilidade.

Um grupo vai apenas adicionar as castanhas (nozes, avelãs, amêndoas e amendoins) à alimentação, enquanto outro diminuirá a ingestão de gordura saturada (cortando o consumo de carne processada e laticínios) e aumentará a de gorduras saudáveis, a partir de peixes oleosos e sementes. Os cientistas acreditam que ambas as estratégias podem melhorar a fertilidade.

— Nozes são ricas em ácidos graxos poli-insaturados, relacionados à qualidade e mobilidade dos espermatozoides, e vitamina E. Além de antioxidante, ela consegue diminuir a ocorrência de mutações nas células reprodutivas e melhora a ação dos hormônios masculinos — explica a nutricionista Aline Monteiro Labes, professora da pós-graduação em nutrição clínica da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

De acordo com a especialista, desintoxicar a dieta (como está fazendo um dos grupos) não só aumenta as chances de gravidez como também contribui para que o bebê gerado seja mais saudável.

No entanto, para o ginecologista, obstetra e fertileuta Paulo Gallo, diretor médico do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or, é difícil mensurar em cada pessoa o quanto uma boa alimentação influencia a fertilidade. Segundo ele, o que já está comprovado é que hábitos ruins prejudicam a produção de gametas, e isso afeta, sobretudo, homens que têm a contagem de espermatozoides no limite do normal.

— O fumo, a bebida alcoólica e uma dieta rica em gorduras podem piorar em até 30% a qualidade seminal — alerta Gallo, lembrando que a obesidade também reduz as chances de gestação espontânea.

Confira a matéria no site do jornal Extra

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

5 coisas que todo homem grávido precisa saber


Aqui, informações importantes que seu companheiro precisa saber – escritas por um pai para outros homens–grávidos:

*A grávida vai ficar mais emotiva – e não só com notícias que envolvam crianças, mas até com uma propaganda ou desenho animado. Sim, seria como uma TPM, mas ainda mais imprevisível...

*Vai falar sobre a louça suja ou a porta que ficou destrancada? Se não puder evitar, finalize a reclamação com um apelido carinhoso. Mas prefira frases seguras, como: “Claro que concordo com você”. Ou: “Sim, querida”.

*Sua mulher pode estar desconfortável com o próprio corpo e se achar feia. Então, nunca chame a sua mulher de “orquinha” ou qualquer outro apelido do gênero (mesmo que com muito carinho).

*É comum a grávida ter dificuldades para dormir por causa de algum mal-estar. Nessa hora, você tem que ser solidário e, de preferência, não dormir também (em geral, ela vai querer dividir a preocupação com você).

*No parto, sua função é ficar firme e não desmaiar. Depois, no pós-parto, seu papel é controlar o número de visitas ao recém-nascido.

Fonte: Diário de um Grávido (Mescla Editorial), de Renato Kaufmann

Confira a matéria no site da revista Crescer

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Veja técnicas que preservam a fertilidade de pacientes com câncer


Ao receber a notícia de que se está com câncer, muitas pessoas acham que o plano de ser mãe ou pai terá de ser esquecido. A preocupação faz sentido. Alguns quimioterápicos podem causar infertilidade e a radioterapia, dependendo de onde for aplicada, pode também afetar a função ovariana.

Mas existe solução. Hoje, já existem técnicas que preservam a fertilidade. A maioria delas envolve a criopreservação, que é o congelamento de óvulos ou sêmen, embriões, tecido ovariano ou testicular.

O importante é avisar o oncologista já no momento do diagnóstico, porque todo o processo deve ser feito antes do início do tratamento. Veja abaixo como funciona cada tipo de procedimento:

Congelamento de óvulos ou sêmen - É a técnica mais usada. “No caso das mulheres, congela-se 10 a 12 óvulos, dependendo do estímulo que a mulher receber”, explica a ginecologista Graciela Morgado

Esse estímulo a que ela se refere é a medicação dada para a mulher ovular e, então, ter seus óvulos retirados. Quanto mais nova a mulher for, maior será o sucesso do estímulo que ela vai receber. Os óvulos devem ser mantidos congelados e armazenados até o momento em que o tratamento contra o câncer terminar e a mulher desejar ser mãe.

Já para os homens, basta coletar o sêmen como acontece num exame de espermatograma. As taxas de sucesso dessa técnica giram em torno dos 40% para homens ou mulheres.

Congelamento de embriões - Para quem já tem um parceiro(a), outra opção é congelar os embriões, que posteriormente serão implantados no útero materno. Congela-se cerca de quatro embriões, com taxa de sucesso semelhante ao congelamento de óvulos ou sêmen.

Mas há um porém envolvendo essas duas técnicas. Como elas dependem de estímulos medicamentosos hormonais, alguns desses remédios podem “alimentar” o tumor em andamento e fazer com que ele cresça mais em um curto período de tempo. Quando o oncologista avalia esse risco e não indica a indução de ovulação, outro procedimento entra em cena: o congelamento do tecido ovariano.

Congelamento do tecido ovariano - Maria Cecília Erthal, especialista em reprodução humana da Clínica Vida, centro de fertilidade da rede D’Or do Rio de Janeiro, explica que essa é ainda uma técnica experimental, usada quando há risco de avanço do câncer pela estimulação da ovulação e também em meninas pequenas, que estão com câncer e ainda não começaram a ovular. “Faz-se uma cirurgia por videolaparoscopia, como uma biópsia, e extrai-se uma parte do tecido”, explica a médica.

O mesmo vale para meninos ainda crianças: extrai-se parte do tecido testicular para preservação da fertilidade, técnica igualmente experimental. A taxa de sucesso de gravidezes por essa técnica é menor do que a de congelamento de óvulos em embriões.

A polêmica em torno dessa técnica está por que não se sabe se o tecido retirado (cerca de dois centímetros), ao ser implantado novamente, carregará ou não as células cancerosas. "E se o câncer já tinha afetado o tecido no momento da coleta? Há esse risco", explica a médica, informando que esse procedimento é feito quando não resta outro.

"Por mais que se estude os fragmentos de células para descobrir as cancerosas, se estudar todo o tecido, você o destroi e não sobra nada para congelar. Para estudar é preciso colocar fixadores, corantes, e isso faz com que ele não viva mais", explica a especialista.

Nem todo tratamento causa infertilidade 

Graciela explica que alguns quimioterápicos não causam infertilidade e, inclusive, podem até serem usados durante uma gravidez. Mas, como sempre, cada situação é individual e o oncologista é o profissional que vai decidir o melhor a ser feito.

Quando a quimioterapia não afeta os ovários, a mulher continua ovulando durante o tratamento. No caso dos medicamentos que alteram a função ovariana, é como uma menopausa precoce. Algumas mulheres, porém, voltam a ovular naturalmente depois do tratamento, mas, segundo a ginecologista, existe o risco de o óvulo estar com alguma alteração genética. O mesmo vale para os homens: depois de uma quimioterapia que afeta sua função reprodutiva, o sêmen pode sofrer alterações genéticas.

A radioterapia só prejudica os óvulos quando é feito na região da pelve ou na região dos testículos. “Na mulher, essa radioterapia é normalmente feita no câncer de útero, por exemplo”, diz a médica.

Quando o risco de falência dos órgãos reprodutores é iminente por causa da radioterapia, há ainda outra saída: esconder o ovário. Essa técnica, chamada de transposição de ovários, consiste em uma cirurgia videolaparoscópica em que o ovário é “descolado” do local em que se encontra e escondido atrás do útero ou um pouco acima da pelve, mantendo a irrigação sanguínea do local. Depois do câncer tratado, outra cirurgia traz o ovário para o lugar original.

Confira a matéria no portal iG

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Inscrições abertas para o V Simpósio de Fertilidade

Não perca nosso próximo simpósio, que acontece no dia 13 de setembro, no Rio. O evento, voltado para o público médico, é gratuito e discutirá um dos temas presentes no dia a dia dos ginecologistas que mais prejudicam a fertilidade feminina: a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP). Confira a programação e se inscreva!

Veja aqui como se inscrever!







segunda-feira, 21 de julho de 2014

Congelamento de Óvulos O que é e como é feito



CONGELAMENTO DE ÓVULOS: PARA QUE SERVE E SEUS BENEFÍCIOS

O organismo feminino funciona como um relógio biológico e indica que, entre 25 e 30 anos, é a fase mais propícia para engravidar, pois é o período mais fértil da mulher. Após essa faixa etária, a produção de óvulos vai diminuindo. Estudos apontam que aos 35 anos, a fertilidade feminina alcança a metade de chance apresentada aos 25 anos e, aos 40 anos, a possibilidade é a metade confirmada aos 35 anos. “Por isso, a paciente que pretende engravidar após os 30 anos pode recorrer ao congelamento de óvulos”, diz o ginecologista Joji Ueno .

O QUE É E COMO É FEITO O CONGELAMENTO DE ÓVULOS? 

O especialista explica que o congelamento de óvulos, também chamado de vitrificação, ocorre a partir do armazenamento das células que, no futuro, poderão ser fertilizadas em laboratório. “A técnica consiste em estimular o ovário feminino por meio de medicamentos para que haja uma produção extra de óvulos que serão ser extraídos com o manuseio de uma agulha específica guiada por ultrassonografia”, relata. O ideal é que o congelamento seja feito até os 35 anos pois, a partir dessa idade, existe uma diminuição expressiva da qualidade dos óvulos, o que pode comprometer o resultado final.

Os óvulos são tratados para que possam ser congelados, sendo que podem ficar armazenados por tempo indeterminado. “Esses óvulos ficam em recipientes isolados termicamente”, acrescenta. Ao decidir engravidar, a mulher pode solicitar o descongelamento dos óvulos que, irão passar pelo processo de Fertilização In Vitro (FIV), ou seja, serão fertilizados em laboratório e, quando for confirmada a formação dos embriões, estes poderão ser depositados no útero da paciente. “Vale ressaltar que a gravidez só é confirmada após testes específicos realizados após ser feita essa transferência. Portanto, o congelamento não é garantia de que realmente irá ter um filho”, completa o ginecologista.

Estudos recentes apontam que apenas 10% dos óvulos são perdidos durante o processo de congelamento. O método foi aperfeiçoado nos últimos anos e oferece, em média, 40% de chance de a mulher engravidar. “O risco de aborto obedece à mesma orientação para a fertilização natural, ou seja, mulheres mais velhas têm risco maior”, pontua o especialista. Com relação ao risco de gestação múltipla, o médico sugere que uma forma de atenuar essa possibilidade é restringindo o número de embriões transferidos para o útero da paciente.

BENEFÍCIOS DO CONGELAMENTO DE ÓVULOS 

No caso de desejo ou necessidade de preservar a fertilidade, como, por exemplo, pacientes com câncer que necessitam de radio ou quimioterapia, ou em casos de mulheres que desejam postergar a gravidez por motivos pessoais. Segundo Ueno, além das mulheres que pretendem adiar a gravidez, o método também pode ser uma boa opção para mulheres que serão submetidas a algum tipo de cirurgia em que parte do tecido ovariano será retirada, paciente com possibilidade de menopausa precoce ou até mulheres que terão de ser submetidas a tratamentos oncológicos, como quimioterapia ou radioterapia devido ao diagnóstico de câncer. “Neste último caso, o congelamento precisa ser feito antes do início do tratamento para não comprometer as células”, finaliza o médico.

O Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or lembra que caso a mulher desista de guardar os óvulos congelados estes devem ser descartados ou doados de forma anônima. A doação de gametas ( óvulos e espermatozóides ), por determinação do Conselho Federal de Medicina, tem que ser sempre anônima.

As indicações para o congelamento de óvulos são:

1) Mulheres solteiras com pouco menos de 35 anos preocupadas com a diminuição progressiva de sua fertilidade.- Esse é um dos principais motivos que levam as mulheres a procurar o congelamento de óvulos e deve ser divulgado para que elas não percam o momento certo de realizar esse procedimento.

2) Mulheres com histórico familiar de menopausa precoce: Essa é uma indicação muito importante, principalmente para as que não pretendem engravidar antes dos trinta anos.

3) Fertilização in Vitro: Para as mulheres que tem óvulos congelados e estão com mais de 40 anos, vale muito mais a pena descongelar e fazer a fertilização in vitro com esses óvulos – que, com certeza, tem mais qualidade –, aumentando a chance de gravidez, como também diminuindo a chance de abortos e gestação com risco de alterações cromossômicas como, por exemplo, a síndrome de Down.

4) Mulheres que serão submetidas a tratamentos oncológicos.: Como tem aumentado a incidência de câncer em pessoas jovens e ainda sem filhos e, ao mesmo tempo, com o avanço das terapias oncológicas, o que se observa cada vez mais é um numero maior de pessoas que sobrevivem. A preservação da fertilidade se tornou um procedimento muito importante nessas situações. É de extrema importância que os oncologistas ofereçam esse tratamento para os pacientes com câncer, que vão se submeter à radio e ou quimioterapia, inclusive por que a perspectiva de constituir a prole reforça para essas pessoas a esperança da cura.

Confira a matéria no site Acertei Saúde

terça-feira, 15 de julho de 2014

Alimentos processados: a verdade vai muito além da embalagem


Os alimentos processados fazem parte cada dia mais das nossas vidas. Com a correria do dia-a-dia somos forçados a fazer uso de uma alimentação industrializada e mais prática. Infelizmente, somos induzidos por propagandas muito bem elaboradas que tentam nos convencer de que os alimentos prontos ou pré-preparados, além de práticos, são saudáveis e saborosos. É muito mais fácil abrir uma caixinha de suco e beber a ter que higienizar as frutas, descascá-las e batê-las no liquidificador. Claro que, na prática, ainda tem a louça depois do suco pronto.

Alimentos prontos, além da praticidade, também têm o poder de viciar. Isso mesmo. Eles ativam sensações de prazer. Porém, não possuem nutrientes e ainda são acrescidos de conservantes, corantes, edulcorantes, sabores artificiais, etc. Em alguns casos, como o do suco que usei como exemplo, as fibras são retiradas para que as mesmas não atrasem o processo de produção e envase. E para não perder a consistência depois de processados, os sucos são acrescidos de pectina, um espessante que dará ao suco uma aparência de natural e encorpada. Sem contar que o uso do espessante fará com que a quantidade de fruta seja propositalmente menor. Neste mesmo exemplo, posso citar também a quantidade de açúcar que apesar de ser muito grande, não é tão perceptível por conta da adição de acidulantes.

Alguns aditivos estão diretamente ligados ao ganho de peso e obesidade. Dentre eles podemos citar o xarope de milho, a glucose e o glutamato monossódico. A ingestão descontrolada destes aditivos provoca compulsão. Um estudo feito recentemente mostra que a redução dos anúncios de alimentos industrializados e fast foods durante a programação infantil diminuiria em cerca de 18% a obesidade nestas crianças. Alimentos processados contribuem para problemas digestivos, desejos incontroláveis e doenças crônicas. A flora bacteriana intestinal sofre agressão por parte dos alimentos processados, além de não se reproduzir por falta de alimentos naturais.

Estudos comprovam que uma dieta rica em alimentos processados podem levar a problemas de memória, alterações de humor e até depressão. Alimentos processados estão ligados diretamente a pressa e falta de tempo. Quem nunca se alimentou fazendo outra tarefa? Por essa razão, perdemos o contato com o apetite natural e acabamos comendo além do necessário e sem prestar a devida atenção no alimento que estamos ingerindo. Este hábito, além de causar obesidade, pode interferir no processo digestivo.

Alguns alimentos processados são privados de importantes nutrientes e vitaminas. Mesmo comendo uma grande quantidade de calorias a pessoa poderia ainda continuar desnutrida se optar por uma dieta abundante em alimentos industrializados. Estudos em animais mostram que, ao longo de três gerações, uma dieta deficiente provoca a interrupção da reprodução. Hoje, a infertilidade está aumentando e afetando cerca de 7,3 milhões de pessoas nos EUA e no Brasil cerca de 15 milhões de casais.

Algumas dicas para melhorar a qualidade da alimentação: 

1- Procurar fazer as refeições em casa;

2- Caso não consiga comer em casa, tente levar a sua comida para o trabalho ou faculdade;

3- Quando se alimentar fora de casa, procure pratos menos elaborados, como saladas e carnes cozidas e grelhadas;

4- Quando for cozinhar, tente usar ingredientes mais saudáveis. Fazendo trocas já estamos nos beneficiando;

5- Evite sucos e refrigerantes durante as refeições;

6- Tente fugir das sobremesas;

7- Coma frutas após o almoço. A vitamina C promove melhor aproveitamento do ferro consumido;

8- Evite barras de cereais e biscoitos, mesmo os integrais. Prefira as castanhas, nozes e amêndoas. Elas promovem saciedade e possuem vitaminas importantíssimas;

9- Beba mais água. Ela ajuda a eliminar as toxinas do organismo; 1

0- O prazer de comer um alimento processado não é maior do que o benefício de resistir ao mesmo. Pense nisso.

Luciane Peixoto – Nutricionista

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Injeções de testosterona afetam fertilidade masculina


Recomendada para homens com carência de testosterona, a terapia de reposição feita com injeções trimestrais do hormônio normaliza as taxas da substância no organismo, além de devolver a disposição, aumentar a libido, melhorar o humor e promover ganho de massa muscular. Por conta disso, muitos indivíduos saudáveis usam o medicamento sem indicação, sem saber que isso prejudica a fertilidade.

A diminuição da produção de espermatozoides — que pode chegar a zero — é um efeito colateral da testosterona de depósito, como a droga é conhecida. O problema afeta até pacientes que fazem a terapia hormonal com orientação médica. É o caso de X., de 48 anos. Há quatro, ele iniciou o tratamento para combater o desânimo, o excesso de sono e a falta de apetite sexual.

— O meu humor voltou como em um passe de mágica. Todos aqueles sintomas desapareceram e o principal, o desejo sexual, normalizou — conta X., que, no entanto, não conseguia engravidar a esposa e não entendia o motivo.

Segundo o ginecologista, obstetra e fertileuta Paulo Gallo, diretor médico do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or, homens que desejam ser pais devem conversar com o urologista para tentar tratamentos alternativos à reposição de testosterona.

Programa é reversível, diz especialista

De acordo com Gallo, baixas taxas de testosterona se devem ao processo de envelhecimento ou a fatores como traumas no testículo e caxumba:

— De três a seis meses após a interrupção do tratamento com testosterona de depósito, a produção de espermatozoides volta ao normal. Ou seja, a princípio, o problema é reversível, mas não se pode garantir que um homem que use o medicamento por muito tempo, sem prescrição, não tenha prejuízos em longo prazo. Não existem estudos sobre isso.

Segundo o urologista Fernando Lorenzini, membro do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia e médico da Universidade Federal do Paraná, pacientes que necessitam da reposição hormonal e querem ser pais devem fazer uso de remédios que vão tentar estimular a produção de testosterona pelo próprio organismo.

— O tratamento é individualizado para cada caso —diz.

Confira a matéria no site do jornal Extra

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Mais amorosos e protetores: o que acontece no organismo dos homens depois de se tornarem pais


Sempre se fala em toda a reviravolta que ocorre no organismo da mulher durante e após a gestação: afinal, ela carrega o bebê em seu ventre por nove meses e, depois, ainda vive a experiência de amamentá-lo. Mas e os homens? Saiba que a paternidade também traz alterações na química corporal deles. Seja a produção de certos hormônios ou a modificação na estrutura do cérebro, tudo é programado para que os laços com a criança e com a mãe sejam estreitados. O novo pai aprende que tem uma nova posição no mundo: irá cuidar de um outro ser e amá-lo assim que o conhecer.

A partir do fim da gestação até os primeiros meses de vida da criança, uma substância chamada ocitocina será produzida e liberada em maior quantidade no organismo masculino. E é isso que fortalece, desde o início, o vínculo do pai com o bebê. O comportamento passa a ser de maior zelo e cuidado em relação ao filho. Há também o aumento de dois neurotransmissores: a serotonina e a dopamina. Parecem nomes difíceis, mas o sentido deles é incrível – são responsáveis pela sensação de bem-estar, de felicidade e de plenitude. Depois de nove meses de expectativa, o pai se sentirá completo ao conhecer a criança.

E quando o bebê começa a chorar, de repente? A reação do homem tende a ser mais rápida e significativa depois da paternidade. Isso porque há mudanças na estrutura do cérebro que deixam os cinco sentidos (olfato, paladar, audição, tato e visão) aguçados. “O novo pai fica mais atento a tudo o que ocorre ao redor de sua família. Assim que detecta o que é potencialmente nocivo para a criança, já elabora uma resposta rápida para defendê-la”, explica Ricardo Monezi, pesquisador do Instituto de Medicina Comportamental da Unifesp (SP). A produção de testosterona, por exemplo, passa a variar mais depois que a mulher dá à luz. Quando o homem está numa situação que julga perigosa, a liberação do hormônio dispara, para que esteja preparado e proteja sua “cria”. Mas, quando está em casa, segurando o filho calmamente no colo, a testosterona se reduz e o pai fica menos agressivo e mais próximo à criança.

Há ainda uma alteração no sistema límbico, uma parte do cérebro relacionada às emoções: a tendência é que o homem fique sensível. Em casos extremos, essa ternura se exacerba a tal ponto que há o crescimento do tecido mamário e a produção de uma substância líquida na glândula da região, como se o homem fosse amamentar. Claro que, nessa situação, é preciso procurar ajuda médica - há um distúrbio da hipófise, glândula que pode provocar a alteração da prolactina (hormônio que, nas mulheres, auxilia na produção do leite). É uma patologia chamada de pseudociese, ou “falsa gravidez”.

Juntinhos 

É importante saber que todas as mudanças no organismo masculino dependem do grau de envolvimento do pai com o bebê. “A convivência é essencial. Compartilhar experiências e passar momentos juntos são atos importantes para reforçar o vínculo familiar”, diz Monezi. Dar papinha, ajudar na hora do banho e conversar colocando-se na altura dos olhos do filho são pequenos gestos, mas que ajudarão na construção do sentimento de aproximação. Mais para frente, demonstrar interesse pelo que ocorre na escola e nas atividades de lazer também são exemplos de boa convivência.

Mas e se o pai não morar na mesma casa que o bebê? Não se preocupe. Basta sempre ter o cuidado de tornar cada momento em que passarem juntos como algo intenso e especial. É preciso trocar a palavra "quantidade" por "qualidade". Dá para ficar mais próximo da criança, mesmo se a frequência de visitas não for tão grande quanto a que você deseja. E não podemos desprezar os benefícios da tecnologia: os celulares, o Skype e as redes sociais permitem que pai e filho conversem, troquem fotos, gravem mensagens de voz e até joguem à distância. Monezi aconselha: “Faça um resgate da infância e vire criança também na hora da brincadeira. Isso reforça o vínculo com a família e com a própria vida".

Confira a matéria no site da Revista Crescer

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Altos níveis de estresse prejudicam fertilidade dos homens, diz estudo


Homens estressados podem ter menos chances de terem filhos. Essa é a conclusão de um estudo publicado na revista "Fertilidade e Esterilidade", que ligou altos níveis de carga emocional a baixos índices de fertilidade.

A pesquisa observou o comportamento de 193 homens, com idades entre 38 e 49 anos. Cada um estimou o quão estressados eles estavam e revelaram eventos de suas vidas que poderiam contribuir para o estresse. Foi constatado que fatos cotidianos que elevam as cargas emocionais afetam a qualidade do sêmen, mesmo quando outros fatores foram levados em conta, como problemas de saúde e índices históricos de fertilidade do paciente.

Na publicação, o pesquisador-chefe do estudo, Pam Factor-Litvak, disse que o estresse afeta características físicas do espermatozoide. "Homens que se sentem estressados ​​são mais propensos a ter menores concentrações de esperma em sua ejaculação, e os esperma também têm mais chances de serem disformes ou com mobilidade baixa", disse.

No entanto, foram os estresses relacionados ao trabalho os responsáveis por diminuir os níveis de testosterona e afetar a saúde do sistema reprodutor masculino. Homens desempregados, por exemplo, apresentaram qualidades inferiores do sêmen em relação aos com emprego fixo.

Confira a matéria no site do jornal O Globo

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Altas taxas de colesterol prejudicam a fertilidade; saiba evitar



Uma pesquisa publicada no periódico da Sociedade Americana de Endocrinologia aponta que as altas taxas de colesterol estão prejudicando a fertilidade de homens e mulheres. O trabalho, realizado com cerca de 270 casais, notou que aqueles que demoraram a engravidar apresentavam altos índices da substância. Os pesquisadores perceberam que basta que um dos parceiros apresente os problema para dificultar a concepção.

De acordo com Tatiana Rom, nutricionista clínica do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or, muitos estudos já provaram que a má alimentação tem impacto no envelhecimento celular e na qualidade reprodutiva.

– Hormônios que atuam tanto no sistema reprodutor dos homens quanto no das mulheres precisam de gordura para desempenhar o seu papel pelo organismo. A questão é que o colesterol alto demais ou muito baixo prejudica este metabolismo e interfere diretamente na qualidade de óvulos e espermatozoides – afirma Tatiana Rom.

A nutricionista explica que o colesterol não é sempre vilão. A presença da substância no organismo é essencial na produção de hormônios e enzimas, fundamentais no bom funcionamento do organismo. O importante é manter as taxas em equilíbrio, sem sobrecarregar o sangue com a gordura, que acaba se acumulando nas paredes das artérias e aumenta o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Como controlar o colesterol 

Para equilibrar as taxas da substância, a nutricionista recomenda ingerir as gorduras de boa qualidade presentes nos seguintes alimentos:

- nozes, castanhas e amendoim sem sal
- abacate, açaí, coco e água de coco naturais
- sardinha e atum enlatados
- farinha de linhaça e aveia, acompanhando frutas e iogurtes ou adicionadas nos sucos naturais

Devem ser evitados o consumo excessivo de carnes vermelhas, frituras, embutidos e alimentos ricos em gordura como pipoca de microondas. Para auxiliar a redução das taxas de colesterol, a especialista indica o consumo de fibras presentes em legumes, frutas e verduras, além de temperos como o alho, que auxiliam na limpeza do sangue e eliminação do excesso de gordura.

Confira a matéria no Jornal Extra online

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Reprodução assistida no Brasil atinge 73% de sucesso e alcança padrão internacional


Se você não consegue engravidar pelos métodos naturais e está pensando em tentar a reprodução assistida, aqui vai uma boa notícia: a reprodução assistida no Brasil atingiu 73% de sucesso e alcançou qualidade internacional, que exige resultados entre 65% e 75%. A máxima foi constatada no 6º relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), elaborado e divulgado pela Anvisa.

Para chegar ao resultado, o relatório analisou os números de 2012 em três categorias: o número de embriões congelados no Brasil, a taxa de clivagem (divisão celular que dá origem ao embrião) e o número de embriões doados para pesquisas com células-tronco.

Em 2012, o número de embriões congelados no Brasil foi de 32.181, vindos de 91 clínicas de reprodução humana assistida. O estado de São Paulo reúne 42,2% dos congelamentos, seguido por Rio de Janeiro, Minas Gerais e Ceará.

Com relação à taxa de clivagem - célula que, se fecundada, dará origem ao embrião, a taxa nacional ficou em 93%. Número acima dos 80% correspondentes à média nacional. Em 2012, 93.320 embriões em estágio de divisão celular foram produzidos e 34.964 embriões foram transferidos para o útero das mulheres.

Já o número de embriões doados para pesquisas com célula-tronco foi de 315, em 2012. As doações vieram de quatro estados brasileiros: 281 embriões de São Paulo, 25 do Rio de Janeiro, cinco de Minas Gerais e quatro de Goiás. Desde 2005, através da Lei de Biossegurança, a doação de embriões é autorizada para fins acadêmicos. No entanto, algumas condições determinam a doação: os embriões devem ter sido congelados até 28/03/2005, completando três anos de congelamento; ou devem pertencer a categoria de inviáveis (que tiveram seu desenvolvimento interrompido por ausência de clivagem).

No processo de reprodução assistida, as mulheres que estão tentando engravidar recebem um medicamento que contribui para o desenvolvimento dos folículos ovarianos. Cada folículo libera um óvulo, com o qual os médicos, posteriormente, farão a fertilização.

Confira a matéria no site da revista Crescer

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Tomate pode aumentar a fertilidade dos homens em até 70%


O nutriente chave que dá aos tomates a coloração vermelha e brilhante pode aumentar a fertilidade dos homens. Essa foi a surpreendente constatação apontada por um novo estudo publicado pela Clínica Cleveland de Medicina Reprodutiva, em Ohio, nos EUA. A pesquisa mostra que o licopeno - sustância responsável por dar brilho e coloração ao fruto - pode aumentar a contagem de esperma em até 70%.

O trabalho é fruto de uma revisão de 12 estudos anteriores. Todos eles mostraram que além de aumentar a produção, o licopeno permite mais velocidade e reduz o número de espermatozoides anormais.

Ashok Agarwal, diretor da Clínica Cleveland, disse que a avaliação apontou que, de modo geral, todos os estudos indicaram que o licopeno beneficiou os órgãos reprodutores masculinos. Para fortalecer a tese, sua equipe já começou um ensaio com suplementos formados pela substância para homens com infertilidade inexplicada. Os resultados serão anunciados nos próximos anos.

A indicação da Clínica Cleveland tem sido bem recebida por especialistas da Grã-Bretanha. Simon Fishel, cofundador da primeira clínica de fertilização in vitro do mundo, em Cambridgeshire, disse que há trabalhos no país que também mostram que o licopeno reduz os danos ao esperma.

- Em alguns casos, a substância leva a uma redução da taxa de espermatozoides danificados. Em outros, promove uma melhora no movimento dos espermatozoides. A grande dificuldade agora é provar, nas próximas etapas do estudo, que a ingestão da substância aumenta as taxas de gravidez. Precisamos de um grande estudo para isso - apontou Fishel ao jornal britânico “Daily Mail”.

Outros estudos já realizados com o licopeno indicam novos grandes benefícios da substância. Entre eles, está a possibilidade de retardar ou mesmo barrar o avanço do câncer de próstata.

Confira a matéria no O Globo Online

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Químicos presentes em pasta de dente, protetor solar e sabonete podem causar infertilidade


Produtos químicos encontrados em itens de uso cotidiano, como pasta de dente, sabonete e protetor solar, além de brinquedos de plástico, estão causando infertilidade em homens, aponta uma nova pesquisa da Universidade de Copenhague, na Dinamarca. Eles alterariam padrões de comportamento dos espermatozoides e dificultariam sua penetração no óvulo.

Os cientistas sustentam que esse foi o primeiro estudo a comprovar o efeito de substâncias artificiais na fertilidade masculina. Segundo eles, um em cada três produtos químicos encontrados em itens de uso doméstico afetam o comportamento dos espermatozoides.

— Pela primeira vez conseguimos mostrar uma ligação direta entre a exposição aos desreguladores endócrinos de produtos industriais e os efeitos adversos na função do espermatozoide humano — disse Niels Skakkebaek, professor do hospital da Universidade de Copenhague, ao “Independent”.

O estudo mostra que, ao serem expostos aos produtos, os espermatozoides apresentam menor potência de nado e antecipam a liberação de uma enzima necessária para sua penetração no óvulo. Os cientistas acreditam também terem conseguido mostrar que existe um “efeito coquetel”, quando várias substâncias trabalharam juntas para afetar a fertilidade.

— Na minha opinião, os nossos resultados mostram claramente que devemos nos preocupar, já que alguns desreguladores endócrinos são possivelmente mais perigosos do que se pensava anteriormente. No entanto, vamos ver em estudos clínicos futuros se os nossos resultados podem explicar a redução da fertilidade em casais, muito comum na sociedade moderna.

Em artigo publicado na revista da Organização Europeia de Biologia Molecular (Embo, na sigla em inglês), Skakkebaek afirma ter desenvolvido uma nova maneira de testar o impacto desses produtos químicos no esperma humano. Segundo ele, isso vai permitir que as autoridades regulatórias decidam quando proibir ou restringir o uso de determinados produtos.

A pesquisa foi parte de uma investigação mais ampla sobre os chamados desreguladores endócrinos, produtos químicos que há vários anos têm sido associados com a diminuição do número de espermatozoides e a infertilidade masculina.

Cerca de 30 dos 96 produtos químicos encontrados em manufaturados de uso doméstico apresentaram efeito direto sobre uma proteína do espermatozoide, que controla a sua capacidade motora e a liberação da enzima que auxilia a sua penetração no óvulo.

— Em fluidos do corpo humano, não se encontra alguns poucos produtos químicos particulares, mas um coquetel de químicos bastante complexo, com muitas substâncias de desregulação endócrina diferentes e em concentrações muito baixas. Nós tentamos imitar essa situação em nossas experiências — contou Timo Strünker, outro autor da pesquisa. — Quando misturados os produtos do coquetel, apesar da concentração extremamente baixa de seus ingredientes, provoca grandes e consideráveis respostas ​​no esperma. Assim, as misturas (químicas) complexas cooperam para interferir na função do esperma. Isto não havia sido mostrado anteriormente.

Alguns pesquisadores acreditam que esses produtos químicos imitam o hormônio sexual feminino, estrogênio, ou, em alguns casos, inibem o androgênio, um dos hormônios sexuais masculinos.

Os desreguladores endócrinos são consumidos em larga escala ao redor do mundo, seja pela ingestão de alimentos e bebidas contaminados com eles ou pela absorção através da pele, no caso do protetor solar e do sabão.

Confira a matéria no Globo on line

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Cientistas revelam segredo que faz óvulo atrair espermatozoide


O elemento-chave do óvulo, que permite ao espermatozoide reconhecê-lo e fixar-se a ele na primeira etapa da fecundação, foi identificado ao final de uma dezena de anos de pesquisas, segundo estudos publicados na revista científica Nature.

Esta descoberta pode levar a uma melhora nos tratamentos de infertilidade ou ao desenvolvimento de novos anticoncepcionais, afirmam os cientistas.

Para que haja fecundação, é preciso que óvulo e espermatozoide se acoplem.

Este reconhecimento recíproco e sua capacidade de se prenderem um ao outro, primeiro passo para a sua fusão e formação do embrião, depende da presença de proteínas e de sua interação.

Cientistas japoneses descobriram em 2005 a proteína que faz este papel no espermatozoide, denominada Izumo (em alusão a um santuário japonês que celebra o casamento), mas sua equivalente no óvulo permanecia um mistério, que acaba de ser desvendado. 

Pesquisadores do Wellcome Trust Sanger, na Grã-Bretanha, anunciaram a descoberta da proteína situada na membrana do óvulo, apelidada de Juno em inglês, em homenagem à deusa da fertilidade.

Camundongos machos, cujos espermatozoides careciam de Izumo, são inférteis.

Segundo o estudo de Gavin Wright e seus colegas, as fêmeas destituídas da proteína receptora Juno também são estéreis e seus óvulos deficientes, incapazes de se fundir com o espermatozoide normal para formar um ovo. As observações indicam que a interação entre Juno e Izumo é essencial para a fecundação normal entre os mamíferos.

Os pesquisadores sugerem, ainda, que a proteína Juno, que desaparece rapidamente após a acoplagem, desempenha um papel no bloqueio que evita a fusão com um espermatozoide suplementar.

"Como outros avanços na biologia, esta descoberta levanta questões e abre novas pistas", revelou o especialista Paul Wassarman, da Escola de Medicina Monte Sinai, em Nova York, em um editorial da revista. Ele afirmou que falta determinar o papel eventual da falha de funcionamento da proteína na infertilidade feminina.

Segundo Wassarman, a proteína Izumo revelou ser uma boa candidata para o desenvolvimento de uma vacina contraceptiva. Mas acrescentou que o conhecimento detalhado da estrutura tridimensional do complexo formado por Juno e Izumo facilitará a preparação de pequenas moléculas que podem vir a impedir sua acoplagem no desenvolvimento de um anticoncepcional.

Confira a matéria no site D24 am