terça-feira, 17 de novembro de 2015

Embriões congelados não influenciam na prematuridade e no peso de recém-nascidos, aponta estudo

Foto: Maria Grover/ Thinkstock/ Getty Images

A ideia de que bebês gerados por meio de técnicas de reprodução assistida tendem a nascer antes do tempo e com baixo peso é bastante disseminada no mundo da ciência. Uma das polêmicas envolvidas nessa discussão é a comparação entre embriões frescos e aqueles que são congelados e mantidos em laboratório. Nos últimos anos, estudiosos de vários países vêm investigando se a taxa de gravidez, a duração da gestação e o desenvolvimento da criança dentro da barriga são influenciados por cada um desses procedimentos. E uma pesquisa que traz boas notícias para esse debate foi apresentada no 71º Congresso da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, que aconteceu em outubro nos Estados Unidos.

No trabalho, cientistas italianos e espanhóis do Instituto Valenciano de Infertilidade (IVI) recrutaram 360 mulheres que engravidaram por meio da fertilização in vitro (FIV) com a doação de óvulos. Todas elas deram à luz pelo menos dois filhos, em diferentes gestações, sendo que um deles veio de um embrião fresco e o outro de um congelado. Após avaliar diversos fatores que poderiam interferir na evolução da gravidez - como a origem do óvulo, a técnica de congelamento e a ordem em que as crianças foram geradas -, os especialistas concluíram não havia diferença entre o peso ao nascer e a idade gestacional dos irmãos.

"Ao longo de toda a pesquisa, controlamos fatores fenotípicos, clínicos e de laboratório que poderiam influir nessa relação, mas não encontramos nenhum que fosse determinante para estabelecer uma preferência na hora de transferir para o útero embriões frescos ou congelados", comemora Daniela Galliano, diretora do IVI Roma e principal autora da investigação. A diretora do IVI São Paulo, Silvana Chedid, acrescenta que os resultados são muito positivos e reforçam a segurança da técnica conhecida como "vitrificação", na qual os embriões são congelados em nitrogênio líquido a uma temperatura de -196º. Segundo as especialistas, portanto, o estudo é de grande utilidade para os casais que enfrentam a infertilidade e recorrem à medicina reprodutiva para realizar o sonho de gerar um bebê. 

Veja a matéria no portal M de Mulher.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Pensando em engravidar? Que tal cuidar da sua saúde?


Diversos estudos mostram a importância de bons hábitos para os futuros papais na hora de planejar a gravidez. A seguir, confira algumas dicas rápidas que farão toda a diferença nesse momento:

• Evite fumar. O tabaco é repleto de substâncias químicas que diminuem a chance de engravidar e atrapalham o bom funcionamento do organismo.

• Faça exercícios regularmente.  Além de diminuir o estresse, a atividade física diária ajuda na manutenção do peso e melhora qualidade dos espermatozoides.

• Evite bebidas alcoólicas e refrigerantes. Essas bebidas diminuem a absorção de nutrientes que são importantes para a formação do embrião e diminuem a fertilidade.

• Evite contaminantes ambientais como o BPA, presente em alimentos e bebidas aquecidos em recipientes plásticos. Prefira vidros e porcelana na hora de esquentar ou colocar alimentos quentes para consumo. O BPA prejudica a saúde. 

Por Tatiana Rom
Nutricionista do Vida - Centro de Fertilidade da Rede D'Or

terça-feira, 10 de novembro de 2015

O que você pode fazer para ajudar seu corpo a funcionar melhor?


• Dê preferência por alimentos orgânicos. Você pode encontrá-los em qualquer feira ou supermercado do bairro.

• Coma no mínimo três frutas e quatro tipos de verduras e legumes diferentes ao dia.

• Beba pelo menos 2 litros de água por dia.

• Evite doces, refrigerantes, frituras e álcool.

• Não fique longos períodos sem se alimentar.

Por Tatiana Rom
Nutricionista do Vida - Centro de Fertilidade da Rede D'Or

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Alimentação e fertilidade


O que muitos casais não sabem é que uma boa alimentação, além de melhorar a qualidade de vida, influencia no desenvolvimento do feto. Portanto, para quem pensa em engravidar ou para quem já está com um bebê a caminho é melhor ficar atento.

Um bom funcionamento do intestino garante a boa absorção dos nutrientes, fator essencial para estar saudável. Você pode fazer isso consumido iogurte, frutas, vegetais e alimentos integrais. A aveia é uma excelente fonte de fibra e faz uma saborosa combinação com as frutas. Já as frituras, alimentos com excesso de conservantes e corantes, refrigerantes e café, podem piorar o funcionamento do intestino e devem ser evitados. Assim como o cigarro e o álcool.

O ácido fólico é um item indispensável. Promotor da renovação celular, o nutriente faz parte da família da vitamina B e é importante desde a fecundação até o fim da gestação, pois ajuda na formação do sistema nervoso do feto. A soja, o fígado orgânico, vegetais verde-escuros como espinafre, agrião e couve, levedo de cerveja e feijão preto são alimentos ricos em ácido fólico. A quantidade ideal para consumo deve ser de até 1000mcg /dia.

Para os futuros papais a vitamina E é um grande aliado, pois melhora a mobilidade dos espermatozoides. Para as futuras gestantes, além de melhorar a parede do útero, a vitamina garante uma placenta mais forte. Azeite, gérmen de trigo, nozes, agrião e couve são boas fontes dessa vitamina.

O ômega 3 ajuda o espermatozoide a entrar no óvulo, além de auxiliar no desenvolvimento cognitivo do bebê. Incorpore ao seu cardápio semente e óleo de linhaça, além de sardinha, atum e salmão.

Zinco, esse com certeza é considerado o mineral mais importante quando se fala em concepção. Encontrado nos espermatozoides em grandes quantidades, o zinco é fundamental para um óvulo saudável, principalmente quando associado com a vitamina B6. Mas o casal deve ficar atento, o consumo de álcool em excesso e antiácidos pode diminuir a quantidade de zinco no organismo e dificultar sua absorção. Alimentos fontes: carnes, ostras, gérmen de trigo e fígado de galinha.

A vitamina C, por ser um potente antioxidante, previne e protege o organismo de substâncias tóxicas, favorecendo a qualidade dos óvulos. Estudos mostram que ela ajuda também na mobilidade e concentração dos espermatozoides. Consumir um copo de suco de laranja assim que for preparado ou três frutas por dia, asseguram boas quantidades desse nutriente.

Selênio, assim como a vitamina C, funciona como importante oxidante e é encontrado em grandes quantidades no sêmen. Consumir duas castanhas-do-Brasil por dia é o recomendado.

O beta caroteno é encontrado em todas as frutas e legumes de cor alaranjada, como abóbora, laranja, cenoura e mamão, e pode ser encontrado também no óleo de fígado de bacalhau. O nutriente é importante para a produção de espermatozoides.

Mulheres anêmicas tem menor chance de engravidar, assim como aquelas que estão com peso muito abaixo do indicado, pois a carência de ferro diminui a ovulação. Nesse caso, coma muitos vegetais verdes escuros, carnes magras, ovos, e folhas de beterraba.

Beba muita água durante o dia, no mínimo 2 litros. Ela é essencial para que reações químicas aconteçam no seu organismo de forma adequada. Controle seu peso, pois tanto o excesso quanto o baixo peso interferem negativamente na ovulação. Evitar o consumo de carboidratos simples como farinhas brancas e doces podem ajudar na concepção.

Como pode se ver cada alimento tem sua característica e função. Não existe formula mágica ou um superalimento que atue de forma isolada, daí a necessidade de hábitos saudáveis e uma alimentação rica e variada, que vai fornecer ao organismo diferentes nutrientes de fundamental importância para garantir seu bom funcionamento.

Por Tatiana Rom
Nutricionista do Vida - Centro de Fertilidade da Rede D’Or

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Mulheres com ovários policísticos têm mais risco de gerar filhos ansiosos



Médicos pesquisadores ao redor do mundo concluíram uma pesquisa com ratos que mostra que mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) apresentam mais chances de terem filhos excessivamente ansiosos. Os cientistas também descobriram que as meninas que têm mães com a síndrome estão expostas a um risco aumentado de desenvolver a mesma doença. Já os meninos tendem a sofrer mais com obesidade e resistência à insulina.

A pesquisa foi conduzida por instituições de vários países, como a Universidade de Gotemburgo, na Suécia; a Universidade do Chile; e a Universidade do Colorado, nos EUA. Os resultados foram publicados na edição de ontem da revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS).

A Síndrome dos Ovários Policísticos é uma desordem caracterizada pela secreção excessiva de hormônios androgênios — como a testosterona feminina — e uma atividade anormal de produção de insulina, que afeta até 17% das mulheres no mundo. Como consequência do problema, elas têm mais risco de desenvolver sintomas de ansiedade e depressão.

Testosterona na gravidez

Estudos anteriores mostraram que mais de 60% das mulheres com SOP são, ao longo da vida, diagnosticadas com pelo menos uma desordem psiquiátrica, tal como depressão profunda ou transtorno alimentar. Tentativas de suicídio também são sete vezes mais comuns em mulheres com SOP do que naquelas sem a síndrome.

Durante a gravidez, essas mulheres apresentam índices ainda mais altos de testosterona. Além de esse excesso aumentar o risco de as próprias mães desenvolverem transtornos de humor, aumenta a chance de elas transmitirem isso para os filhos. Para chegar a essa conclusão, os cientistas deram a ratinhas doses elevadas de testosterona feminina na fase pré-natal e observaram que a prole nascia com mais tendência a transtornos.

Os mecanismos que levam ao desenvolvimento dessa síndrome ainda são mal compreendidos pelos cientistas. Apesar de existir a hipótese de uma base genética para a doença, os pesquisadores sugerem que a SOP se origina durante o desenvolvimento fetal.

Segundo eles, o excesso de androgênios no ambiente intrauterino de mulheres que têm a doença afeta as funções endócrina e reprodutiva dos fetos. Isto aumenta a possibilidade de a criança desenvolver a síndrome nos ovários, no caso das meninas. E faz também com que, independentemente da herança genética ou do gênero, o bebê seja mais ansioso e até depressivo.

Veja a matéria no site do jornal O Globo.