quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Clamídia: uma ameaça à fertilidade feminina



Reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como a principal causa evitável de infertilidade, a clamídia é uma doença sexualmente transmissível muito comum. O grande problema, porém, é que grande parte das mulheres não se preocupa com ela. Transmitida pela bactéria Chlamydia trachomatis, é silenciosa e, na maioria das mulheres, não causa nenhum tipo de sintoma aparente. “São poucos os casos em que ela provoca febre, cansaço, sangramentos e dor durante a relação sexual”, explica Maria Cecília Erthal, especialista em reprodução humana e diretora-médica do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or.

Em grande parte das vezes, ela só dá as caras quando a infertilidade bate à porta. Isso acontece porque todo o processo infeccioso da doença pode obstruir as trompas e causar infertilidade, ou evitar que o óvulo fecundado chegue ao útero, originando uma gravidez tubária, que pode resultar no rompimento das trompas e iniciar o processo de hemorragia interna.

A médica explica ainda que os exames ginecológicos de rotina e o papanicolau não são capazes de detectar a doença, por isso é importante que você peça ao seu médico para investigar. “É necessário realizar exames para encontrar anticorpos no sangue, ou para descobrir fragmentos de DNA da doença no colo uterino para se realizar o diagnóstico da clamídia. E para manter um controle eficiente, o ideal é se consultar pelo menos duas vezes ao ano”, recomenda a profissional.

Sobre os tipos de tratamento, Maria Cecília explica que quando descoberta em fase inicial, o quadro de infertilidade pode ser revertido. Nos casos mais avançados, em que não é possível realizar o tratamento com medicamentos, a única alternativa para as mulheres que desejam engravidar é recorrer aos procedimentos de fertilização in vitro.

A especialista alerta que para evitar qualquer tipo de doença, a maneira mais eficaz de se proteger é usar camisinha em todas as relações sexuais.

Confira a matéria no portal da revista Boa Forma

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Cortar carboidratos pode aumentar a chance de concepção e nascimento durante tratamento de FIV


Desde que a humanidade existe, a preocupação com a alimentação é considerada fundamental tanto para a cura como para a prevenção de doenças. A dieta alimentar é sempre um assunto atual e frequentemente ocupa a capa das revistas semanais e mensais que anunciam uma nova dieta: que emagrece, a dieta do coração, ou da emoção e assim por diante. As dietas que melhoram a fertilidade não poderiam ser diferentes. Sempre surge algo novo que pode fazer a diferença. O próprio IPGO publicou recentemente o livro “Fertilidade e Alimentação” que procura dar orientações tanto para preservar como para manter a fertilidade. A dieta é importante em todos os aspectos e o equilíbrio e o peso ideal, são fundamentais para o bem estar.

Um estudo apresentado dia 06 de maio de 2013, durante o 61º Encontro Clínico Anual do Congresso Americano de Obstetras e Ginecologistas, mostrou que mulheres que reduziram a ingestão de carboidratos e aumentaram a ingestão de proteína, durante tratamento de fertilização in vitro, aumentaram significativamente a chance de concepção e nascimento de uma menina.

O pesquisador Jeffrey Russell, do Instituto de Medicina Reprodutiva Delaware em Newark foi quem apresentou os resultados. Segundo ele, dietas de carboidratos-carregados criam um ambiente oócito hostil mesmo antes da concepção ou implantação.

"Os ovos e embriões não estarão bem em um ambiente de alta glicose. Ao reduzir carboidratos e aumentar proteínas, você está banhando o seu óvulo de forma saudável, com suplementos nutritivos", disse ele.

O médico disse que o estudo surgiu após perceber a má qualidade dos embriões de mulheres jovens e saudáveis que conheceu por meio de seu programa de fertilização in vitro. "Nós não poderíamos descobrir o porquê. Elas não estavam acima do peso nem eram diabéticas", disse ele.

Foram 120 mulheres participantes do estudo, com 36 e 37 anos de idade e que completaram um registro alimentar de três dias. Para algumas, a dieta diária foi de 60% a 70% de hidratos de carbono. Elas comeram mingau de aveia no café da manhã, um pão no almoço e macarrão para o jantar, e nenhuma proteína.

As pacientes foram classificadas em dois grupos: aquelas cuja dieta média foi mais do que 25% de proteína e aquelas cuja dieta média era inferior a 25% de proteína. Não houve diferença no índice de massa corporal médio entre os dois grupos.

Houve diferenças significativas em resposta à fertilização in vitro entre os dois grupos. O desenvolvimento de blastocisto foi maior no grupo de alta proteína do que no grupo de baixa proteína (64% vs 33,8%), assim como as taxas de gravidez clínica (66,6% vs 31,9%) e taxas de nascidos vivos (58,3% vs 11,3%).

Quando a ingestão de proteína era superior a 25% da dieta e a de hidratos de carbono inferior a 40%, a taxa de gravidez clínica subia para 80%. Dr. Russell agora aconselha todas pacientes de fertilização in vitro para reduzir a ingestão de carboidratos e aumentar a ingestão de proteínas.

Ele porém frisa que não há restrição calórica e que este não é um programa de perda de peso, é um programa nutricional, enfatizando que não é sobre perder peso para engravidar, mas sobre alimentação saudável para engravidar.

Já outro estudo, apresentado durante encontro de 2012 na Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM), mostrou que pacientes de fertilização in vitro que mudaram para uma dieta de alta proteína e baixo carboidrato e depois passaram por outro ciclo, tiveram aumentadas suas taxas de formação de blastocisto de 19% para 45% e sua taxa de gravidez clínica de 17% para 83%.

Mesmo pacientes não-FIV com síndrome do ovário policístico têm melhorado as taxas de gravidez depois de fazer esta mudança de estilo de vida, observaram os pesquisadores.

Os médicos concordaram que estudos como esses demonstram quão pouco se sabe sobre o efeito de micronutrientes nas dietas sobre diversos aspectos da reprodução. Eles afirmam que os resultados mostram um campo aberto para pesquisas futuras e criam perguntas como se, por exemplo, é o carboidrato em geral ou os efeitos inflamatórios de glúten em carboidratos em grãos que são prejudiciais para os resultados de fertilização in vitro.

Enfim, para todos os casais que desejam engravidar e também para aqueles que não querem, boa dieta!

Fonte: Guia do Bebê

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Pouco conhecida, a clamídia é uma ameaça à fertilidade



Silenciosa e ainda pouco conhecida pelas brasileiras, a clamídia é uma ameaça à fertilidade feminina pois ela ataca o sistema reprodutor da mulher. Se não diagnosticada a tempo, pode diminuir significativamente as chances de engravidar naturalmente.

A doença sexualmente transmissível é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a principal causa evitável de infertilidade. Dados apontam que, a cada ano, são 92 milhões de novos casos de clamídia em todo o mundo, fora os que não são diagnosticados. Essa grande disseminação se deve ao fato de que, na maioria dos casos, a clamídia não apresenta sintomas aparentes ou, quando apresenta, pode ser confundida com uma infecção urinária. Além disso, os exames ginecológicos de rotina e o papanicolau não são capazes de detectá-la, por isso, é importante que a paciente peça ao seu médico para investigar a doença.

Quais são os sintomas? 

Se a pessoa for saudável, o organismo consegue combater os primeiros sintomas, fazendo com que a doença passe despercebida, por isso, é preciso ficar atento aos menores sinais. “São poucos os casos em que ela provoca febre, cansaço, sangramentos e dor durante a relação sexual”, explica a ginecologista Maria Cecília Erthal, mãe de Luciana e Giovanna, especialista em reprodução humana e diretora-médica do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or.

Nos casos agudos, ela causa infecção na pélve (peritonite) e pode haver sensação de queimação ao urinar, sintoma semelhante à sistite (infecção urinária).

Nos homens, além do incômodo ao urinar, a região acima dos testículos fica avermelhada e sensível e pode haver secreções no pênis.

Como detectar a doença?

Na fase aguda da doença, é possível detectar a bactéria ao colher uma cultura direto da secreção vaginal da mulher ou da secreção uretral do homem. Se o casal faz sexo anal, a cultura pode ser recolhida também do reto.

Se a doença não estiver na fase aguda, há exames específicos de sangue pra detectá-la.

Como tratar 

A clamídia pode ser tratada e curada com antibióticos recomendados por um médico.

O quadro de infertilidade é irreversível? 

Todo o processo infeccioso da clamídia pode obstruir as trompas ou evitar que o óculo fecundado chegue ao útero, causando uma gravidez tubária, que pode resultar no rompimento das trompas e iniciar uma hemorragia interna. “Esse é o quadro emergencial e uma intervenção cirúrgica se torna necessária. Na maioria dos casos a trompa acometida é retirada”, afirma a dra. Maria Cecília.

Nos homens, a clamídia causa inflamação nos testículos, o que leva à diminuição da produção dos espermatozóides, na quantidade e na qualidade deles.

Nos casos em que a progressão da doença não possibilita mais o tratamento com medicamentos, a única alternativa para as mulheres que desejam engravidar é recorrer aos procedimentos de reprodução humana. “Com as trompas obstruídas, a alternativa da medicina é a fertilização in vitro. O processo consiste em retirar os óvulos, fecundá-los em laboratório e transferir o embrião para o útero”, esclarece a médica.

Como se prevenir? 

Para prevenir a doença, a única forma é usar preservativos em todas as relações sexuais.

Confira a matéria no portal da Revista Pais e Filhos