quarta-feira, 29 de abril de 2015

Mulheres ignoram efeitos do envelhecimento sobre a fertilidade



Não é de hoje a luta das mulheres pelos mesmos direitos que os homens em relação às condições de trabalho. Buscando independência socioeconômica, o número de mulheres chefiando a família tem aumentado, levando muitas vezes ao adiamento da gravidez. Ou seja, o planejamento familiar passa a ser pensado somente quando a mulher está próxima dos 40 anos, e não durante seu período mais fértil.

Segundo o IBGE, a taxa de fecundidade da população na década de 1970 era de 5,8 filhos, enquanto que hoje caiu para 2,1 filhos. Esse tipo de declínio é extremamente alarmante e pode causar danos sociais severos. Dessa maneira, muitos casais sonham em ter filhos mas, devido à idade da mulher, a família não pode ser formada. Algumas pessoas até desenvolvem doenças e síndromes psíquicas e depressões, o que pode muitas vezes levar ao divórcio.

Um estudo publicado em 2002 informou que cerca de 1200 executivas norte-americanas não tinham noção do impacto que o envelhecimento causa na capacidade reprodutiva feminina. A fertilidade da mulher passa a diminuir de forma gradativa a partir dos 25 anos.

Os óvulos são formados ainda na fase intrauterina. Isso mesmo: um feto possui cerca de 7 milhões de óvulos. A mulher os vai perdendo gradativamente ao longo do nascimento, puberdade e fase adulta. 

Quando a mulher chega aos 40 anos, 80% dos gametas restantes já começam a apresentar alguma anormalidade, ou tendência a apresentar algum problema. Isso faz com que ela tenha apenas 5% de chance de engravidar. E, aos 45 anos, as chances são de apenas 1%.

A gravidez não acontece de forma tão simples quanto parece. Os casos de infertilidade estão presentes em cerca de 15% a 20% dos casais. Dentro desse universo, 35% está relacionado às mulheres, 35% aos homens, 20% aos dois e, nos 10% restantes, o problema é desconhecido. 

Dois dos métodos mais famosos e eficazes para contornar o problema é a fertilização in vitro e transferência de embriões. Quanto mais cedo a mulher procurar por esse tipo de tratamento, maiores são as chances de sucesso. Além disso, é possível diagnosticar possíveis alterações genéticas e cromossômicas nos embriões antes deles serem implantados no útero.

Muitas ONGs incentivam o planejamento familiar. Porém, a dificuldade em engravidar também se tornou um problema público, e resulta em danos à qualidade de vida da sociedade como um todo. Existem alternativas para quem pensa em uma gravidez mais tardia, mas a população deve ser informada quanto a elas.

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quinta-feira, 9 de abril de 2015

Pesticidas de frutas e legumes podem agravar problemas de infertilidade masculina



Um estudo realizado nos EUA vem confirmar o que já se sabia de estudos anteriores, sobre a exposição a pesticidas (por razões de trabalho, por exemplo), mas desta vez focando-se no seu consumo.

Os investigadores publicaram agora um novo estudo na revista Human Reproduction que afirma que, para além da exposição, o consumo de frutas e vegetais de produção não biológica (e com elevados níveis de pesticidas) pode provocar uma contagem de espermatozóides baixa e esperma com menor qualidade.

O estudo foi realizado com 338 amostras de esperma de 155 homens que receberam tratamento numa clínica de fertilidade de Boston entre 2007 e 2012. A dieta dos participantes no estudo foi avaliada com base na frequência de consumo e legumes e frutas. Estes foram catalogados em 2 grupos diferentes (níveis "alto" e "baixo a moderado"), segundo os índices de resíduos de pesticidas que apresentam, com base nas diretivas do Programa de Dados sobre Pesticidas (PDP) do Departmento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Entre os legumes e as frutas com menor índice de resíduos de pesticidas estão as ervilhas, os feijões, as cebolas e as toranjas. Pimentos, espinafres, morangos, maçãs e pêras são alguns dos que têm mais resíduos de pesticidas.

Os homens que afirmaram comer menos frutas e legumes com elevados índices de resíduos de pesticidas tinham um valor de contagem de esperma total bastante superior (49%) ao valor dos que disseram comer mais.

No entanto, os investigadores reforçam que estes resultados foram obtidos em homens que já tinham problemas de infertilidade diagnosticados. O consumo de frutas e legumes não deve ser reduzido drasticamente, porque isso traria outras consequências.

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quarta-feira, 1 de abril de 2015

Muito sexo pode atrapalhar quem quer engravidar. Entenda



Pressão psicológica é outro fator importantíssimo na luta pela gestação


Recentemente, no reality show Keeping Up With The Kardashians, a socialite Kim Kardashian afirmou que foi alertada pelo seu médico de que estaria fazendo sexo demais com o marido, o rapper Kanye West, na tentativa de uma segunda gravidez.

Parece estranho pensar que excesso de relações sexuais – exatamente aquilo que é preciso ocorrer para que as mulheres engravidem – possa acabar frustrando as tentativas de aumentar a família. Segundo a diretora-médica do Centro de Fertilidade da Rede D'Or, Maria Cecília Erthal, do ponto de vista médico, ao tentar engravidar, não é necessário transar todos os dias, pois o sêmen fica mais fraco, perdendo a eficácia. “Eles não se recompõem de uma maneira rápida”, explica.

Portanto, a indicação dos especialistas é que o casal tenha de três a quatro relações sexuais durante o intervalo que compreende do décimo ao 16º dia do ciclo menstrual, que corresponde ao período fértil. “Um dia sim outro não é suficiente. No mês seguinte, eles devem tentar da mesma forma”, orienta Maria Cecília.

Uma orientação importante que pode ajudar a mulher a identificar melhor seu período fértil é observar a vinda daquela secreção gelatinosa e transparente que ocorre cerca de 48 a 24 horas antes da ovulação. Além disso, atualmente, existem exames que podem identificar o momento com mais precisão.

Outros vilões contra a gravidez


Outro problema pode ser a pressão psicológica. “Vida sexual não é só para reprodução. Os dois precisam estar interessados. Quando é forçado, por obrigação, não é prazer e amor. Isso interfere sim na vida do casal”, aponta Maria Cecília. E, se você já teve um filho, não deve se preocupar com o mito de que a probabilidade de uma nova gestação é menor. “Ao contrário, dizem que ela abre as portas da fertilidade. É como se o útero tivesse aceitado a situação da gravidez”, conta a médica.

Quando procurar ajuda

A partir do momento em que o casal foca nas tentativas de engravidar, parando com os métodos contraceptivos, os especialistas afirmam que, se a gestação não acontecer em seis meses, é necessário procurar o médico. “Isso deve acontecer não visando um tratamento, mas, sim, uma investigação”, alerta. Essa indicação é válida para os casais com mais de 30 anos. “Se for mais jovem, pode esperar um ano”, indica.

Os especialistas lembram ainda que o ácido fólico (vitamina que pertence ao complexo B e evita a malformação fetal) deve ser introduzido na rotina feminina três meses antes do início das tentativas. Com tranquilidade e aumento na qualidade de vida (diminuição da cafeína, álcool e nicotina), a gestação virá de forma natural. Para se ter mais um bebê, o planejamento não deve ser só financeiro. “É bom fazer os exames básicos, tomar as vacinas certas e se planejar”, fala Maria Cecília.

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