segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Resistência de mulheres ao tratamento de fertilidade pode estar na genética



















Uma variação genética pode ser a responsável pelas baixas taxas de fertilidade de algumas mulheres, o que pode ser um indício do porquê elas têm menor propensão a boas respostas com relação aos estímulos de hormônios ovarianos. A descoberta foi feita por uma equipe da Universidade de Yale, que concluiu que algumas mulheres apresentam um hormônio incomum em células vizinhas ao oócito.

Segundo eles, o receptor anormal faz com estas mulheres não respondam ao hormônio intitulado FSH, que recebem nos tratamentos corriqueiros de infertilidade e que busca estimular a criação de novos oócitos. O estudo é notável na área, pois, após as análises, torna-se mais fácil diagnosticar e descobrir novos tratamentos para mulheres que sofrem da anomalia genética.

Confira abaixo a matéria publicada no portal Isaude.net.

Resistência de mulheres ao tratamento de fertilidade pode estar na genética

Equipe descobriu que algumas mulheres possuem um hormônio receptor anormal em células vizinhas ao ovócito

Recente descoberta abre caminho para a identificação de mulheres resistentes ao tratamento de fertilidade. Pesquisadores da Universidade de Yale descobriram que algumas mulheres carregam uma variação genética que as torna sub-férteis e menos propensas a responder ao estímulo de hormônios ovarianos durante o tratamento.

A descoberta foi anunciada na 26ª Reunião Anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, em Roma, nesta terça-feira (29). Maria Lalioti, e sua equipe, descobriram que algumas mulheres possuem um hormônio receptor anormal em células vizinhas ao oócito. Este receptor anormal prejudica a função normal dos receptores, fazendo com que as mulheres afetadas não respondam bem ao hormônio folículo estimulante (FSH), dado às mulheres durante o tratamento de fertilidade para estimular a produção de mais de um oócito.

"Quando uma mulher se submete à fertilização in vitro, ela recebe um medicamento chamado hormônio folículo estimulante para produzir mais de um ovócito, que é a produção normal de cada mês. Células chamadas células da granulosa, que circundam o ovócito, ao receber o FSH, excretam outros fatores que alimentam o ovócito" , disse Lalioti, professora assistente do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Ciências Reprodutivas na Universidade de Yale.

Ela explica, ainda, que as células da granulosa têm proteínas em sua superfície, chamadas receptores de FSH (ou FSHR), que furam o hormônio e, em seguida, transmitem sinais para o interior da célula. " Quando nós olhamos uma parte dessas células da granulosa em laboratório, vimos que em algumas mulheres que produziram poucos ovócitos, houve alguns receptores em que faltava um pedaço de proteína".

A descoberta do mecanismo por trás da má resposta de algumas mulheres jovens ao FSH ajudará pesquisas futuras e o tratamento dessas mulheres. "Nossa descoberta explica por que essas mulheres têm uma menor resposta ao FSH. Atualmente, o FSH é o único medicamento usado para estimular a resposta do ovário, mas uma vez que outros medicamentos que podem ignorar o receptor FSH sejam disponíveis, eles poderão ser testados nessas mulheres".

Pesquisas futuras examinarão os mecanismos de sinalização do FSH dentro da célula e vão mostrar como algumas drogas poderão ultrapassar os problemas criados pela anormalidade genética.

Veja no site Isaude.net.

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