segunda-feira, 25 de abril de 2011
Após transplante inédito na Europa, mulher estéril dá à luz
No último dia 8 de março, uma mulher estéril pode dar à luz uma criança através da realização de um transplante de tecido ovariano da irmã gêmea. A técnica foi utilizada pela primeira vez no mundo e o feito se destaca por sua realização através de uma intervenção cirúrgica muito pequena e por se tratarem de duas irmãs que sofriam de uma anomalia cromossômica rara, conhecida como Síndrome de Turner.
Em uma matéria publicada pelo portal Terra e reproduzida abaixo, é possível compreender como uma das irmãs, que sofria com uma menopausa precoce como consequência da doença, pode recuperar seu ciclo normal após o transplante e engravidar naturalmente. O acontecimento se destaca como uma importante façanha para a medicina reprodutiva e dá margem a possíveis novos acontecimentos e análises importantes, inclusive para o campo da reprodução assistida.
Após transplante inédito na Europa, mulher estéril dá à luz
Um transplante de tecido ovariano, realizado pela primeira vez na Europa, permitiu a uma francesa estéril dar à luz um bebê. De acordo com o doutor Guy Kerbrat, ginecologista do Hospital de Parly II-Le Chesnay, nos arredores de Paris, a menina Victoria nasceu com 2,850 kg, por cesariana, no dia 8 de março. O parto foi realizado em uma instituição privada de saúde. "Mãe e bebê estão bem", disse o médico neste sábado.
"É a primeira vez no mundo em que é feito um transplante deste tipo entre gêmeas que sofrem de síndrome de Turner (anomalia cromossômica que afeta uma em cada 2,5 mil mulheres)", afirmou o professor Jacques Donnez, ginecologista da Universidade Católica de Louvain, em Bruxelas, que realizou o transplante através de um "mini incisão" no abdome. Também é a primeira vez que se realiza uma intervenção deste tipo na Europa, segundo ele.
Em 2008, Susanne Butscher, 39 anos, deu à luz uma menina em Londres depois de passar por um transplante de ovário procedente de sua irmã gêmea, mas a operação foi realizada nos Estados Unidos pelo doutor Sherman Silber, que posteriormente permitiu outros quatro nascimentos com um transplante entre gêmeas idênticas, informou Donnez. Os transplantes entre gêmeas idênticas não precisam de um tratamento contra rejeição.
A paciente francesa sofria com uma menopausa precoce devido à síndrome de Turner, com ausência de ovários. Mas poucos meses após o transplante, a paciente recuperou seu ciclo normal e depois ficou grávida naturalmente, sem recorrer à fertilização in vitro, disse o ginecologista de Bruxelas.
Confira a matéria na íntegra acessando o site Terra Notícias.
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