quarta-feira, 25 de abril de 2012

Jovem paciente com câncer preserva sua fertilidade




Foi publicada uma crônica muito interessante, no site do New York Times, de uma jovem escritora de 22 anos que está  se confrontando com uma doença potencialmente letal, a leucemia. Apesar da pouca idade, Suleika Jaouad conseguiu ter um olhar adiante e vislumbrar um futuro.  Essa esperança de que exista um futuro, é amparada pelo seu desejo de preservar sua fertilidade contra os efeitos nocivos das drogas que vão salvar sua vida. O congelamento de óvulos é uma opção segura e, na atualidade, temos uma chance de sobrevivência dessas células de até 90%, a criopreservação, que chega a 90%.  Trata-se de um seguro. Caso a mulher consiga engravidar espontaneamente, esses óvulos podem ser descartados, o que não acontece como  os embriões, que não podem ser descartados e que são objetos de muitas discussões éticas e religiosas. O câncer vem atingindo, cada vez mais, um número maior de pacientes jovens e a criopreservação dos gametas, óvulos e espermatozoides deve ser uma opção oferecida pelo próprio oncologista, antes de procedimentos e drogas esterilizantes. Lembramos também que é uma excelente opção para as mulheres que desejam postergar a gravidez por motivos pessoais,  tais como razões profissionais ou a falta de um parceiro até aquele momento de suas vidas. O ideal é que o congelamento de óvulos ocorra até os 35 anos, com o objetivo de ter um número adequado de óvulos, visando, também, a boa qualidade dessas células.

Dra. Maria Cecília Erthal
Diretora médica do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or

Confira o texto “Life, Interrupted: A Yong Cancer Patient Faces Infertility” no nytimes.com: http://nyti.ms/I6idzN

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