sexta-feira, 6 de junho de 2014

Reprodução assistida no Brasil atinge 73% de sucesso e alcança padrão internacional


Se você não consegue engravidar pelos métodos naturais e está pensando em tentar a reprodução assistida, aqui vai uma boa notícia: a reprodução assistida no Brasil atingiu 73% de sucesso e alcançou qualidade internacional, que exige resultados entre 65% e 75%. A máxima foi constatada no 6º relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), elaborado e divulgado pela Anvisa.

Para chegar ao resultado, o relatório analisou os números de 2012 em três categorias: o número de embriões congelados no Brasil, a taxa de clivagem (divisão celular que dá origem ao embrião) e o número de embriões doados para pesquisas com células-tronco.

Em 2012, o número de embriões congelados no Brasil foi de 32.181, vindos de 91 clínicas de reprodução humana assistida. O estado de São Paulo reúne 42,2% dos congelamentos, seguido por Rio de Janeiro, Minas Gerais e Ceará.

Com relação à taxa de clivagem - célula que, se fecundada, dará origem ao embrião, a taxa nacional ficou em 93%. Número acima dos 80% correspondentes à média nacional. Em 2012, 93.320 embriões em estágio de divisão celular foram produzidos e 34.964 embriões foram transferidos para o útero das mulheres.

Já o número de embriões doados para pesquisas com célula-tronco foi de 315, em 2012. As doações vieram de quatro estados brasileiros: 281 embriões de São Paulo, 25 do Rio de Janeiro, cinco de Minas Gerais e quatro de Goiás. Desde 2005, através da Lei de Biossegurança, a doação de embriões é autorizada para fins acadêmicos. No entanto, algumas condições determinam a doação: os embriões devem ter sido congelados até 28/03/2005, completando três anos de congelamento; ou devem pertencer a categoria de inviáveis (que tiveram seu desenvolvimento interrompido por ausência de clivagem).

No processo de reprodução assistida, as mulheres que estão tentando engravidar recebem um medicamento que contribui para o desenvolvimento dos folículos ovarianos. Cada folículo libera um óvulo, com o qual os médicos, posteriormente, farão a fertilização.

Confira a matéria no site da revista Crescer

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Tomate pode aumentar a fertilidade dos homens em até 70%


O nutriente chave que dá aos tomates a coloração vermelha e brilhante pode aumentar a fertilidade dos homens. Essa foi a surpreendente constatação apontada por um novo estudo publicado pela Clínica Cleveland de Medicina Reprodutiva, em Ohio, nos EUA. A pesquisa mostra que o licopeno - sustância responsável por dar brilho e coloração ao fruto - pode aumentar a contagem de esperma em até 70%.

O trabalho é fruto de uma revisão de 12 estudos anteriores. Todos eles mostraram que além de aumentar a produção, o licopeno permite mais velocidade e reduz o número de espermatozoides anormais.

Ashok Agarwal, diretor da Clínica Cleveland, disse que a avaliação apontou que, de modo geral, todos os estudos indicaram que o licopeno beneficiou os órgãos reprodutores masculinos. Para fortalecer a tese, sua equipe já começou um ensaio com suplementos formados pela substância para homens com infertilidade inexplicada. Os resultados serão anunciados nos próximos anos.

A indicação da Clínica Cleveland tem sido bem recebida por especialistas da Grã-Bretanha. Simon Fishel, cofundador da primeira clínica de fertilização in vitro do mundo, em Cambridgeshire, disse que há trabalhos no país que também mostram que o licopeno reduz os danos ao esperma.

- Em alguns casos, a substância leva a uma redução da taxa de espermatozoides danificados. Em outros, promove uma melhora no movimento dos espermatozoides. A grande dificuldade agora é provar, nas próximas etapas do estudo, que a ingestão da substância aumenta as taxas de gravidez. Precisamos de um grande estudo para isso - apontou Fishel ao jornal britânico “Daily Mail”.

Outros estudos já realizados com o licopeno indicam novos grandes benefícios da substância. Entre eles, está a possibilidade de retardar ou mesmo barrar o avanço do câncer de próstata.

Confira a matéria no O Globo Online

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Químicos presentes em pasta de dente, protetor solar e sabonete podem causar infertilidade


Produtos químicos encontrados em itens de uso cotidiano, como pasta de dente, sabonete e protetor solar, além de brinquedos de plástico, estão causando infertilidade em homens, aponta uma nova pesquisa da Universidade de Copenhague, na Dinamarca. Eles alterariam padrões de comportamento dos espermatozoides e dificultariam sua penetração no óvulo.

Os cientistas sustentam que esse foi o primeiro estudo a comprovar o efeito de substâncias artificiais na fertilidade masculina. Segundo eles, um em cada três produtos químicos encontrados em itens de uso doméstico afetam o comportamento dos espermatozoides.

— Pela primeira vez conseguimos mostrar uma ligação direta entre a exposição aos desreguladores endócrinos de produtos industriais e os efeitos adversos na função do espermatozoide humano — disse Niels Skakkebaek, professor do hospital da Universidade de Copenhague, ao “Independent”.

O estudo mostra que, ao serem expostos aos produtos, os espermatozoides apresentam menor potência de nado e antecipam a liberação de uma enzima necessária para sua penetração no óvulo. Os cientistas acreditam também terem conseguido mostrar que existe um “efeito coquetel”, quando várias substâncias trabalharam juntas para afetar a fertilidade.

— Na minha opinião, os nossos resultados mostram claramente que devemos nos preocupar, já que alguns desreguladores endócrinos são possivelmente mais perigosos do que se pensava anteriormente. No entanto, vamos ver em estudos clínicos futuros se os nossos resultados podem explicar a redução da fertilidade em casais, muito comum na sociedade moderna.

Em artigo publicado na revista da Organização Europeia de Biologia Molecular (Embo, na sigla em inglês), Skakkebaek afirma ter desenvolvido uma nova maneira de testar o impacto desses produtos químicos no esperma humano. Segundo ele, isso vai permitir que as autoridades regulatórias decidam quando proibir ou restringir o uso de determinados produtos.

A pesquisa foi parte de uma investigação mais ampla sobre os chamados desreguladores endócrinos, produtos químicos que há vários anos têm sido associados com a diminuição do número de espermatozoides e a infertilidade masculina.

Cerca de 30 dos 96 produtos químicos encontrados em manufaturados de uso doméstico apresentaram efeito direto sobre uma proteína do espermatozoide, que controla a sua capacidade motora e a liberação da enzima que auxilia a sua penetração no óvulo.

— Em fluidos do corpo humano, não se encontra alguns poucos produtos químicos particulares, mas um coquetel de químicos bastante complexo, com muitas substâncias de desregulação endócrina diferentes e em concentrações muito baixas. Nós tentamos imitar essa situação em nossas experiências — contou Timo Strünker, outro autor da pesquisa. — Quando misturados os produtos do coquetel, apesar da concentração extremamente baixa de seus ingredientes, provoca grandes e consideráveis respostas ​​no esperma. Assim, as misturas (químicas) complexas cooperam para interferir na função do esperma. Isto não havia sido mostrado anteriormente.

Alguns pesquisadores acreditam que esses produtos químicos imitam o hormônio sexual feminino, estrogênio, ou, em alguns casos, inibem o androgênio, um dos hormônios sexuais masculinos.

Os desreguladores endócrinos são consumidos em larga escala ao redor do mundo, seja pela ingestão de alimentos e bebidas contaminados com eles ou pela absorção através da pele, no caso do protetor solar e do sabão.

Confira a matéria no Globo on line

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Cientistas revelam segredo que faz óvulo atrair espermatozoide


O elemento-chave do óvulo, que permite ao espermatozoide reconhecê-lo e fixar-se a ele na primeira etapa da fecundação, foi identificado ao final de uma dezena de anos de pesquisas, segundo estudos publicados na revista científica Nature.

Esta descoberta pode levar a uma melhora nos tratamentos de infertilidade ou ao desenvolvimento de novos anticoncepcionais, afirmam os cientistas.

Para que haja fecundação, é preciso que óvulo e espermatozoide se acoplem.

Este reconhecimento recíproco e sua capacidade de se prenderem um ao outro, primeiro passo para a sua fusão e formação do embrião, depende da presença de proteínas e de sua interação.

Cientistas japoneses descobriram em 2005 a proteína que faz este papel no espermatozoide, denominada Izumo (em alusão a um santuário japonês que celebra o casamento), mas sua equivalente no óvulo permanecia um mistério, que acaba de ser desvendado. 

Pesquisadores do Wellcome Trust Sanger, na Grã-Bretanha, anunciaram a descoberta da proteína situada na membrana do óvulo, apelidada de Juno em inglês, em homenagem à deusa da fertilidade.

Camundongos machos, cujos espermatozoides careciam de Izumo, são inférteis.

Segundo o estudo de Gavin Wright e seus colegas, as fêmeas destituídas da proteína receptora Juno também são estéreis e seus óvulos deficientes, incapazes de se fundir com o espermatozoide normal para formar um ovo. As observações indicam que a interação entre Juno e Izumo é essencial para a fecundação normal entre os mamíferos.

Os pesquisadores sugerem, ainda, que a proteína Juno, que desaparece rapidamente após a acoplagem, desempenha um papel no bloqueio que evita a fusão com um espermatozoide suplementar.

"Como outros avanços na biologia, esta descoberta levanta questões e abre novas pistas", revelou o especialista Paul Wassarman, da Escola de Medicina Monte Sinai, em Nova York, em um editorial da revista. Ele afirmou que falta determinar o papel eventual da falha de funcionamento da proteína na infertilidade feminina.

Segundo Wassarman, a proteína Izumo revelou ser uma boa candidata para o desenvolvimento de uma vacina contraceptiva. Mas acrescentou que o conhecimento detalhado da estrutura tridimensional do complexo formado por Juno e Izumo facilitará a preparação de pequenas moléculas que podem vir a impedir sua acoplagem no desenvolvimento de um anticoncepcional.

Confira a matéria no site D24 am

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Exame para checar infertilidade poderá ser feito em casa


Homens com suspeita de infertilidade poderão ganhar uma alternativa aos exames em clínicas especializadas, considerados constrangedores por muitos pacientes. Cientistas americanos desenvolveram um kit portátil capaz de avaliar a qualidade do esperma sem sair de casa.

O resultado do ‘espermograma doméstico’ é revelado em poucos minutos. A invenção dos pesquisadores Greg Sommer e Ulrich Schaff estará no mercado a partir de 2015. Segundo eles, um em cada cinco homens tem baixa contagem de esperma, o que pode prejudicar a concepção. “É um diagnóstico portátil, fácil de usar, com a precisão de um teste de laboratório clínico”, diz Sommer.

Os cientistas estão desenvolvendo ainda um aplicativo de celular para que os homens possam levar os resultados ao médico. Paulo Gallo, diretor-médico do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or, acredita que o kit deverá avaliar volume da ejaculação, além de qualidade e quantidade de espermatozoides por mililitro. “O kit vai ajudar homens que suspeitam da infertilidade, mas têm vergonha de ir à clínica fazer o espermograma”.

Confira a matéria no site do jornal O Dia

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Investigadores realizam nova técnica para melhorar reprodução assistida



Uma equipa internacional de investigadores provou em pacientes uma nova técnica que melhora os resultados da reprodução assistida, eliminando os embriões "geneticamente não normais" antes de transferência para o útero dos cromossomas.

A investigação realizada em 43 mulheres, publicados na revista BioMed Research International, consiste na análise genética dos 23 cromossomas do embrião antes de o transferir para o útero, reduzindo os fracassos, "uma vez que a transferência de um só embrião geneticamente normal é suficiente".

Com recurso à nova técnica, 68 por cento das mulheres participantes na investigação que praticaram a inseminação 'in vitro' engravidaram.

Anteriormente, sem esta técnica, as mulheres sofreram três ou mais fracassos em anteriores tentativas.

O director da Clínica MARGen de Granada, Jan Tesarik, explicou à Efe que, no geral, as mulheres acumulam nos ovários anomalias cromossomáticas.

O estudo genético pré-implantação dos embriões permitirá descartar aqueles que não são "geneticamente não normais", adiantou o clínico, que integra a equipa de investigadores.

No presente, usa-se na maioria dos casos a técnico 'in situ', que, por norma, analisa de três a sete cromossomas diferentes.

Tesarik referiu que o genoma humano está formado por 23 pares de cromossomas e sublinhou que "as anomalias podem estar em qualquer deles".

Dos embriões analisados com este novo método, 46 por cento resultaram geneticamente normais, apenas em duas pacientes nenhum embrião era normal.

"À parte do seu indiscutível interesse clínico, este trabalho abre um debate sobre a regulação e legislação que respeita à aplicação de análises genéticas na reprodução assistida. Parece-me razoável aplicar esta técnica em todos os casos 'in vitro', para evitar o sofrimento inútil das mulheres depois de um fracasso", sustentou.

 Lusa/SOL

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quarta-feira, 9 de abril de 2014

Endometriose dificulta as chances de engravidar


A endometriose está presente em 10 a 20% das mulheres. O problema ocorre quando o tecido que reveste a parede interna do útero cresce também fora do órgão e isto leva a dificuldade de implantação do embrião.
A endometriose pode diminuir as chances de conceber de diferentes maneiras. “Os problemas para engravidar podem vir da obstrução tubária, nas trompas, da endometriose provocar a produção de substâncias que vão dificultar a implantação do embrião ou levar a morte dos espermatozoides, entre outras complicações”, conta o ginecologista obstetra Paulo Gallo, diretor médico do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or do Rio de Janeiro e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Felizmente, a endometriose possui tratamento que irá possibilitar a gestação.

Foto: Getty Images

Confira a matéria no site Bebê & Mamãe